quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Rússia não consegue estabelecer contato com sonda enviada a Marte

Espaçonave permanece perdida na órbita terrestre. Para especialistas, chances de recuperar sonda são mínimas

A Rússia não conseguiu retomar o programa de exploração planetária desde a queda da União Soviética

Os russos ainda não conseguiram estabelecer contato com a sonda interplanetária Fobos-Grunt. A espaçonave permanece perdida na órbita terrestre. "Nas últimas horas, os especialistas do centro de comando de terra realizaram várias tentativas, mas a sonda não responde e são cada vez menores as possibilidades de êxito", disse um dos engenheiros da missão à agência de notícias russa Interfax

A Fobos-Grunt, lançada na terça-feira a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, devia chegar a Marte, mas uma falha ainda não esclarecida deixou a sonda, de 13,5 toneladas, perdida na órbita terrestre.

A fonte, que pediu anonimato, acrescentou que as chances de conseguir reaver a sonda e enviá-la a Marte são muito pequenas. As tentativas de retomar o controle da sonda foram realizadas na noite de quarta-feira, quando o aparelho estava na zona de visibilidade das estações de acompanhamento russas.

A Roscosmos, agência espacial russa, declarou que há possibilidades de recuperar o aparelho. Isso porque a sonda conserva todo o combustível e os propulsores não se esgotaram.
No entanto, alguns especialistas se mostram cada vez mais pessimistas sobre o destino da sonda. "Para mim, a Fobos-Grunt está perdida", declarou o general Vladimir Uvárov, que já foi responsável pelos assuntos espaciais das Forças Armadas da Rússia.

"Parece que estamos diante de uma falha mais séria", destacou o militar em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal russo Rossíiskaya Gazeta.

O lançamento da Fobos-Grunt devia marcar o início de uma missão de 34 meses que incluía o voo a Fobos, uma das duas luas de Marte, o pouso em sua superfície e, finalmente, o retorno à Terra de uma cápsula com 200 gramas de amostras do solo do satélite marciano.

O projeto, com um custo de US$ 170 milhões, tinha como objetivo estudar a matéria inicial do sistema solar e ajudar a explicar a origem de Fobos e Deimos, a segunda lua marciana, assim como dos demais satélites naturais do Sistema Solar.

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