domingo, 27 de maio de 2012

Conselho de Segurança se reúne em emergência após massacre na Síria

Órgão da ONU marcou encontro para discutir ataque que matou mais de 90.
Inglaterra e França propuseram declaração condenando o massacre.



O Conselho de Segurança da ONUanunciou que se reunirá em Nova York às 14h30 locais (15h30 de Brasília) deste domingo (27) para abordar o massacre na Síria, disseram diplomatas, enquanto a Rússia tenta adiar a divulgação de um comunicado sobre a matança.

Inglaterra e França propuseram uma declaração condenando o massacre na localidade síria de Hula, onde entre sexta-feira e sábado morreram ao menos 92 pessoas, muitas delas crianças.

O ataque ocorreu na sexta-feira (25) e, segundo ativistas, foi comandado por forças do governo, o que gerou a consternação internacional.

Neste domingo, o governo sírio rejeitou qualquer responsabilidade no massacre, atribuindo sua autoria a supostos grupos terroristas.
Mulher que faz parte da missão de observadores da ONU conversa com homens no sábado (26) diante dos corpos de vítimas do massacre em Hula (Foto: Reuters/Houla News Network)

Mais de 13.000 pessoas, em sua maioria civis, morreram violentamente na Síria desde meados de março de 2011, quando começou a revolta contra o regime de Bashar al-Assad, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) também neste domingo.

'Batalha de libertação'
O líder opositor sírio Burhan Ghaliun convocou uma "batalha da libertação" contra o regime de Bashar al-Assad até que a ONU decida empreender uma ação "sob o capítulo 7" que permita uma intervenção militar.

Ghaliun, que renunciou à chefia do Conselho Nacional Sírio (principal força opositora), justificou esta ação "a menos que a comunidade internacional assuma suas responsabilidades sob o capítulo 7" do Conselho de Segurança da ONU."Convoco o povo sírio a travar uma batalha de libertação e dignidade, contando com suas próprias forças, com os rebeldes mobilizados em todo o país e nas brigadas do Exército Livre Sírio", declarou em uma coletiva de imprensa em Istambul.

Repercussão
As mortes tiveram repercussão internacional. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e o emissário internacional Kofi Annan, consideraram o ocorrido uma violação "espantosa e terrível" do direito internacional.

Além da França, que já havia exigido ação sobre o plano de paz da Síria na manhã deste sábado (26), o Reino Unido também apelou a uma "resposta internacional forte" em relação à Síria. O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, exigiu no sábado (26) uma "resposta internacional forte" para o "massacre" de Hula e anunciou a intenção de solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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