sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Temperatura bate recordes de 150 anos em Sydney

As temperaturas em Sydney atingiram hoje os níveis mais altos desde o recorde registado há 150 anos, depois da agência de governo australiana alertar para o aumento da intensidade e da frequência das ondas de calor no futuro. 

 

 Enquanto uma onda de frio sem precedentes alcançou a Rússia e o Leste europeu, e o Médio Oriente sofreu com as piores tempestades de Inverno numa década, na Austrália os bombeiros lutam para apagar os incêndios florestais no calor sufocante do Verão.
Sydney, a maior cidade da Austrália, ultrapassou o recorde anterior de maior calor com temperaturas a atingir os 45,8 graus Celsius. O último recorde de 45,3 C foi registado em Janeiro de 1939.
«Este é um dia histórico para Sydney. Não vimos um dia como este na história de Sydney», afirmou o meteorologista do Weather Channel, Dick Whitaker.
Este é o recorde mais recente, pois a Austrália vive sob uma onda de calor sufocante que afecta 70% do vasto país e criou o que os especialistas chamam de uma «redoma de calor» sobre o interior do país.
O Instituto de Meteorologia indicou que a onda de calor tem afectado grandes parte do território australiano desde o final de 2012, e o recorde de Sydney registado pelo Observatory Hill - onde a temperatura é medida desde 1859 - foi justamente esta última.
«O recorde de temperaturas não se limitou a Sydney, com recordes registados ao longo da costa», anunciou o instituto.
«A mais alta temperatura bateu o recorde na grande área de Sydney com 46,5 graus Celsius em Penrith», acrescentou.
O calor escaldante segue um longo período de um clima excepcionalmente quente espalhado pela Austrália. O país teve o dia mais quente já registado a 7 de Janeiro, com uma média de temperatura máxima a bater os 40,33 graus.
O clima extremo, que inflamou os incêndios de florestas na última semana, também levou o instituto do clima do governo a aumentar a escala de temperatura ao introduzir novas cores para cobrir as subidas nas previsões.
Num determinado ponto na última semana, o centro do país foi identificado pela cor roxa no mapa da agência de previsão meteorológica, uma nova cor que sugere temperaturas acima de 50 graus Celsius.
A temperatura recorde de todos os tempos do país é 50,7 graus, registada em Janeiro de 1960, em Oodnadatta, estado do sul da Austrália.
A onda de calor sem precedentes deixou em alerta a Comissão do Clima, que emitiu um novo relatório sobre o evento climático do último fim de semana.
O documento destaca que as mudanças climáticas contribuíram para as condições extremas de calor e para tornar os incêndios florestais ainda piores.
«A dimensão, a extensão e a severidade da actual onda de calor não tem precedentes nos registos de medições», indicou o relatório.
«Apesar de o país sempre ter tido ondas de calor, dias quentes e incêndios florestais, as mudanças climáticas estão a acentuar o risco de ondas de calor maiores, mais frequentes e dias mais extremos de calor, bem como a exacerbar as condições dos incêndios nas florestas», lê-se no documento.

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=611117

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