As potencialidades dos antibióticos estão esgotadas: os vírus tornam-se cada vez mais resistentes e os métodos de tratamento habituais já não são eficazes. Os cientistas alertam que, se não forem descobertos novos remédios, o mundo poderá se deparar com uma catástrofe global.
Atualmente, pesquisadores de todo o
mundo estão desenvolvendo novas modificações de antibióticos, tentando
reforçar seu efeito. Mas, por enquanto, estas tentativas não têm tido
sucesso. As bactérias já aprenderem a adaptar-se a tudo, diz Nikolai
Bespalov, perito em farmacologia:
“Qualquer
microrganismo desenvolve com o passar do tempo uma certa resistência em
relação a antibióticos e quaisquer outras substâncias que influenciam
sua vitalidade. Por isso, no processo de adaptação, alguns
microrganismos produzem substâncias que destroem os antibióticos. Em
tempos, a penicilina foi largamente aplicada, salvando muitas vidas –
foi o primeiro antibiótico no mundo, que hoje não se utiliza mais,
porque se tornou ineficaz”.
Contudo, não são apenas
as bactérias a adaptarem-se a novas condições. A imunidade humana também
está ganhando maior resistência em relação a infeções e vírus. Este
processo, denominado como guerra entre o mundo dos humanos e o mundo das
bactérias, continua há biliões de anos. Agora a humanidade está
vencendo esta guerra, mas não se pode excluir que algumas doenças
esquecidas há muito possam voltar sob uma nova forma, destaca Nikolai
Bespalov:
“É provável que estas doenças voltem,
porque as pessoas mortas pela peste eram enterradas em tempos em
cemitérios especiais. Após os anos 90, na Rússia e em outros países do
mundo estes cemitérios deixaram de ser vigiados. Foram lavrados,
inundados e destruídos. É provável que os micróbios possam aparecer
novamente e propagar-se. Para além disso, estas estirpes são guardadas
em laboratórios e não se exclui que, em resultado de um erro, de um
atentado terrorista ou por outras causas elas possam encontrar-se em
liberdade”.
Ao mesmo tempo, não se deve esquecer que
as pessoas aprenderam também a curar a maioria de doenças perigosas. Por
exemplo, para se defender da peste ou da varíola, cuja reincidência é
prognosticada por alguns cientistas, é necessário introduzir novamente
uma vacinação obrigatória, afirma Elena Volskaya, perita em mercado
farmacológico:
“A peste e a varíola são as doenças
que podem ser combatidas pelas vacinas e não pelos antibióticos. Se os
pais concordarem com a vacinação dos seus filhos, será excluída em cem
por cento a possibilidade de estas doenças reaparecerem”.
Mas
as vacinas podem proteger apenas contra as doenças conhecidas. Para
desenvolver uma vacina contra novos vírus, são necessários grandes meios
e anos de pesquisas clínicas. Como destacam peritos da Voz da Rússia,
muito depende também da própria pessoa. É necessário reforçar sua
própria imunidade. Por outro lado, com o aparecimento de primeiros
sintomas da doença, é necessário dirigir-se obrigatoriamente a um
médico: até as enfermidades mais perigosas podem ser tratadas
eficazmente na etapa inicial.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2013_03_06/Antibioticos-ja-nao-sao-capazes-de-combater-doencas/
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