Esse pulsar, conhecido como SXP 1062, está girando muito lentamente, o que sugere uma idade avançada. Mas o pulsar não é tão antigo quanto parece, porque a estrela provavelmente explodiu menos de 40 mil anos atrás, de acordo com os pesquisadores.
Pulsares são criados após explosões de supernovas, quando restos de uma estrela que entrou em colapso se tornam tão densos que prótons e elétrons se ligam formando uma estrela de nêutrons.
Devido à conservação de momento angular, as recém-formadas estrelas de tamanho extremamente pequeno giram muito rápido. Elas são chamadas de pulsares porque essa rotação faz com que a luz apareça pulsando em intervalos regulares.
Astrônomos se sentem com sorte por ter detectado a SXP 1062. “Não são muitos os pulsares que já foram observados dentro de suas remanescentes de supernova, e este é o primeiro exemplo claro disso na Pequena Nuvem de Magalhães (uma das galáxias satélites da Via Láctea)”, afirmou Vincent Hénault-Brunet, líder do estudo da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido.
A equipe de Hénault-Brunet usou o telescópio espacial Chandra, da NASA, e o observatório XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia, para detectar os raios-X emitidos pela SXP 1062.
A maioria dos pulsares gira muito rapidamente, com alguns deles fazendo centenas de rotações por segundo. Mas SXP 1062 está girando apenas uma vez a cada 18 minutos, aproximadamente.
O aspecto mais interessante deste pulsar é possivelmente seu período extremamente longo, de 1.062 segundos, que está intrigando cientistas. Ele é um dos pulsares mais lentos já registrados. Pulsares que giram lentamente são particularmente mais difíceis de detectar. Apenas alguns com períodos mais longos do que alguns milhares de segundo foram observados até agora.
Como os pulsares ficam mais lentos à medida que envelhecem, a rotação lenta de SXP 1062 parece implicar em uma idade avançada, em contraste com o remanescente de supernova bastante recente que o rodeia.
Alguma coisa fez SXP 1062 desacelerar mais rápido do que o normal? Será que ele nasceu girando mais lentamente do que outros pulsares conhecidos? Essas perguntas permanecem sem resposta, mas a solução pode estar nas informações já recolhidas, mas ainda não analisadas inteiramente.
O plano dos cientistas agora é estudar as informações dos raios-X para descobrir a variabilidade do sistema com maiores detalhes e aprofundar a pesquisa do espectro óptico para investigar as propriedades da estrela companheira. [MSN]
Fonte: http://hypescience.com/misterio-rara-estrela-giratoria-revela-contradicao-no-universo/
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