A 150 anos-luz da Terra, ele está na chamada 'zona
habitável' da estrela EPIC 201367065, ou seja, a uma distância que
permite água líquida na superfície
Concepção artística de exoplaneta: nova descoberta é considerada a mais promissora até agora na busca de mundos semelhantes à Terra(ESO/L. Calçada/VEJA)
Três novos planetas situados fora do Sistema Solar foram descobertos por cientistas americanos, a partir de dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa. Um deles está na chamada "zona habitável" de sua estrela, isto é, a uma distância que permitiria a existência de água líquida em suas superfícies. Essa condição é indispensável para a potencial existência de vida, de acordo com os astrônomos.
Concepção artística de exoplaneta: nova descoberta é considerada a mais promissora até agora na busca de mundos semelhantes à Terra(ESO/L. Calçada/VEJA)
Três novos planetas situados fora do Sistema Solar foram descobertos por cientistas americanos, a partir de dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa. Um deles está na chamada "zona habitável" de sua estrela, isto é, a uma distância que permitiria a existência de água líquida em suas superfícies. Essa condição é indispensável para a potencial existência de vida, de acordo com os astrônomos.
Liderado por pesquisadores das universidades do Arizona, da
Califórnia e do Havaí, o novo estudo foi financiado pela Nasa e pela
Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês). O artigo foi
submetido à revista Astrophysical Journal, mas ainda não tem data para ser publicado.
Na primeira semana de janeiro, outro grupo dos Estados Unidos
anunciou a descoberta de oito planetas na zona habitável de suas
estrelas, com distâncias da Terra variando entre 475 e 1100 anos-luz.
Além deles, os dados do Kepler já levaram à descoberta de mais de mil
planetas.
Perto da Terra - A nova descoberta, no entanto, é
considerada a mais promissora até agora na busca de planetas semelhantes
à Terra. Os três novos objetos estão na órbita da estrela EPIC
201367065, que fica a cerca de 150 anos-luz da Terra. De acordo com os
autores do estudo, essa distância, considerada pequena em escala
astronômica, permitirá pela primeira vez o estudo de um planeta da zona
habitável com os instrumentos e tecnologias atuais.
As dimensões dos novos planetas são 110%, 70% e 50% maiores que as da
Terra. O menor deles, que tem a órbita mais distante de sua estrela,
recebe níveis de radiação luminosa semelhante à que nosso planeta recebe
do Sol, de acordo com Erik Petigura, um estudante de pós-graduação da
Universidade da Califórnia em Berkeley. Ele descobriu os planetas no dia
6 de janeiro, quando realizava uma análise computacional dos dados do
Kepler. Segundo Petigura, há uma possibilidade real do planeta mais
externo ser rochoso, como a Terra, o que significa que ele poderia ter a
temperatura certa para a formação de oceanos de água líquida.
A estrela EPIC 201367065, segundo os autores, é uma anã-vermelha que
tem aproximadamente a metade do tamanho e da massa do Sol e, portanto,
emite menos calor e luz. A maior parte dos planetas descobertos pela
missão Kepler, até agora, são envolvidos por uma espessa atmosfera rica
em hidrogênio, que são provavelmente incompatíveis com a vida.
Exoplanetas, isto é, os planetas fora do Sistema Solar, são
descobertos às centenas atualmente, embora os astrônomos fiquem na
dúvida sobre a possibilidade de algum deles realmente ter condições
semelhantes às da Terra. Segundo Andrew Howard, da Universidade do
Havaí, a nova descoberta ajudará a resolver essa questão. O próximo
passo será estudar as atmosferas do novo planeta com o telescópio Hubble
e outros observatórios, para descobrir quais elementos existem em sua
atmosfera. "Aprendemos no ano passado que planetas com o tamanho e a
temperatura da Terra são comuns na Via Láctea. Também descobrimos alguns
planetas do tamanho da Terra que parecem ser feitos dos mesmos
materiais que predominam no nosso planeta, como pedra e ferro", disse.
Fonte: http://issoeciencia6.blogspot.pt/
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