Ninguém gostaria de ter de enfrentar uma guerra nuclear. Nos anos 1960, a Crise dos Mísseis Cubanos levou o mundo à beira de uma, mas a humanidade até agora conseguiu evitar um evento potencial de extinção.
O inverno nuclear é um conceito teórico. Os cientistas acreditam que caso ocorra uma guerra nuclear, quantias imensas de cinzas serão lançadas à estratosfera, que por sua vez serão espalhadas pelo planeta pelos ventos, bloqueando o sol e fazendo a temperatura cair.
As colheitas vão morrer, e em seguida os animais. O colapso na cadeia alimentar poderá levar á extinção da raça humana.
O inverno nuclear poderá durar anos, ou mesmo décadas, e, enquanto ele existir, qualquer humano que tenha sobrevivido à guerra nuclear não vai poder restabelecer a civilização. A única maneira de garantir a sobrevivência da raça humana é ter um manual de sobrevivência a um inverno nuclear. Confira:
1 – Mude-se para o campo
Quem vai sobreviver às explosões iniciais de um inverno nuclear é algo decidido pela localização geográfica.
Estimativas feitas durante os anos 1960 indicaram que se a Rússia lançasse um ataque total aos Estados Unidos, entre 100 e 150 milhões de pessoas morreriam nas primeiras explosões – mais de dois terços da população norte-americana na época.
As principais cidades ficariam totalmente inacessíveis, tanto pela explosão quanto pela radioatividade que a acompanharia. Ou seja, se você vivesse em uma cidade, provavelmente estaria condenado. Mas se vivesse no campo, teria pelo menos uma chance moderada de sobreviver ao início do inverno nuclear.
2 – Abandone suas crenças religiosas
Esta dica (e a imagem) podem ser controversas, mas existem várias razões bem sólidas pelas quais as crenças religiosas podem vir a atrapalhar os esforços de um potencial sobrevivente de uma guerra nuclear.
Primeiro, ir para a igreja todo domingo não vai ser a prioridade número um depois de um holocausto nuclear. E, falando mais sério, para sobreviver, podem ser necessários atos que muitas pessoas religiosas (e morais) poderão considerar impensáveis.
A mentalidade do sobrevivente terá que ser definitivamente maquiavélica: o mundo vai ser de quem pegar primeiro, e qualquer problema moral ficará em segundo plano, em relação a sobreviver a qualquer custo.
Se a religião proíbe certos alimentos, será necessário abandonar estas restrições de dieta e comer o que estiver disponível.
3 – Execute ou solte seus bichos de estimação
Você sobreviveu ao impacto inicial e agora é um ateu vagando pelos campos. E agora? Sabe o seu bichinho de estimação? Ele precisa de comida, água e cuidados, e não vai ter muito amor por aí durante um inverno nuclear. Você não vai viver muito se cada naco de comida tiver que ser dividido com o Rex.
Quem tiver sangue-frio pode pensar em executar e devorar seus bichos de estimação, já que os alimentos vão ser bastante escassos. A maioria das pessoas, entretanto (eu espero), vão achar isto revoltante, então simplesmente deixe seu bichinho ir por aí no mundo, uma opção menos sociopata.
Pensando seriamente, novamente, quem sobreviver ao inverno nuclear terá que abandonar qualquer esperança de salvar seu peixinho dourado. Para os pequenos animais, a melhor opção talvez seja livrar-se deles, em vez de consumi-los – isto vai poupá-los de morrer lentamente de fome no futuro.
4 – Proteja-se
Hora de um pouco de ciência: caso ocorram múltiplas explosões nucleares em grandes cidades, quantias enormes de cinzas e fumaça densa resultante dos incêndios serão jogadas na estratosfera, impedindo que a luz solar atinja a superfície do planeta por anos ou mesmo décadas.
As temperaturas irão cair drasticamente, e condições glaciais se manterão indefinidamente. Em outras palavras, a necessidade de roupas aquecidas não poderá ser subestimada. Se você não tiver nenhum casaco apropriado, terá que procurar.
Infelizmente, as condições perpétuas de congelamento não são as únicas preocupações. Os cientistas acreditam que a camada de ozônio vai ser destruída, o que significa que quantias imensas de radiação ultravioleta vão atingir a superfície do planeta, causando mortes por câncer de pele.
Para minimizar estes problemas, evite dormir ao relento, e sempre use algum tipo de capuz para proteger o rosto do frio e dos raios UV.
5 – Arme-se
Se você vive em um país onde armas são facilmente obtidas e sua posse é legal, não deve ser difícil se armar contra ladrões ou possíveis canibais. Em condições de desespero, muitos sobreviventes vão roubar comida de outros sobreviventes, para evitar a fome.
Saquear a loja de armas locais pode ser uma opção viável para quem estiver nos Estados Unidos (ou outro país com controle de armas significativo), mas cuidado com o dono da loja armado.
Caso contrário, use algum tipo de faca para se proteger. Nos meses seguintes às detonações iniciais, a caça ainda será possível, por que os animais ainda não terão morrido de fome. Estoque o que puder de carne nos primeiros dias.
6 – Aprenda a reconhecer canibais
À medida que os animais grandes forem extintos, é inevitável que os humanos recorram ao canibalismo para sobreviver. Provavelmente todo mundo vivo vai ter que considerar o canibalismo em algum ponto, se estiver faminto e encontrar um “cadáver saudável”.
Se você topar com outros sobreviventes, talvez eles tentem te ajudar ou te devorar, o que torna indispensável saber como diferenciá-los.
Pessoas que comem carne humana tendem a sofrer dos sintomas de Kuru, uma contaminação do cérebro que pode causar alguns sintomas facilmente discerníveis.
Por exemplo, se a pessoa caminha balançando de um lado para o outro e com dificuldade de caminhar em linha reta, provavelmente é uma boa ideia fugir, por que ela está bêbada ou tem Kuru.
Outros sintomas incluem tremores incontroláveis, e explosões de riso em ocasiões não apropriadas. O Kuru não pode ser tratado e a morte ocorre cerca de um ano depois de contrair a doença. Então não coma carne humana, com ou sem inverno nuclear.
7 – Viaje sozinho
Os introvertidos estarão em vantagem em um ambiente pós-apocalíptico, pelo menos comparados com os que vão direto no celular sempre que se encontram sozinhos.
Ter uma família, especialmente com crianças, não é uma boa ideia, considerando a dificuldade para encontrar comida.
Ignore o clichê de gangues de bandidos viajando por aí, como as que Hollywood apresenta em filmes como “A Estrada” e “O Livro de Eli”; estes grupos não conseguiriam encontrar alimento suficiente para se manter a longo prazo.
Isto não quer dizer que você deva abandonar (ou canibalizar) sua família, mas encontrar um grupo grande para se juntar não é uma opção realista para quem quer evitar morrer de fome.
8 – Coma insetos
A diminuição drástica de luminosidade e chuva durante um inverno nuclear deve tornar impossível plantar alimentos, o que por sua vez deve tornar extintos muitos animais pela falta de comida.
Em consequência, insetos como formigas, grilos, vespas, gafanhotos e besouros são as criaturas com mais chance de sobreviver a longo prazo.
Eles também são fontes fantasticamente densas de proteínas para ajudar a manter os músculos: um gafanhoto tem a maior porcentagem, com 20g de proteína a cada 100g de inseto. Grilos por outro lado são ricos em zinco, e formigas são fontes fantásticas de cálcio.
Mesmo que os insetos possam não ser tão saborosos quanto uma porção de galinha frita, pelo menos é melhor que morrer de fome.
9 – Saqueie
Talvez esta seja uma das poucas diversões em um ambiente pós-apocalíptico: entrar em um shopping center e pegar tudo que te agradar sem receio de sofrer qualquer castigo.
Mas não fique muito alegre; esvaziar a caixa registradora vai ser algo inútil, com o colapso da civilização. Em vez disso, foque-se em quebrar as máquinas de refrigerante e de lanches.
Você também pode examinar as caixas de lixo se estiver muito faminto, ou então recolher os enlatados se estiver em boa saúde.
Além disso, é importante pegar roupas que ajudem a manter o calor. Em países sem restrições à venda de armas, pode ser que você também encontre armas para se defender.
10 – Evite as áreas de impacto
A imagem acima mostra a cidade fantasma de Prypiat, cidade que foi evacuada devida a contaminação radioativa no desastre de Chernobyl em 1986.
A catástrofe causou 31 mortes imediatas por envenenamento radioativo e centenas de casos de câncer devido à exposição. Até hoje, a cidade não é habitável: os níveis de radiação são altos demais para alguém passar por lá sem correr perigo.
Depois de um holocausto nuclear, os níveis de radiação nos locais de impacto serão bem altos. Qualquer um que se aventure nas grandes cidades que foram bombardeadas irá sofrer envenenamento radioativo e perecer rapidamente.
fonte:http://hypescience.com/10-dicas-fundamentais-para-sobreviver-a-um-inverno-nuclear/