O Projeto de Prioridades Globais da Universidade de Oxford (no original,
“Global Priorities Project”) compilou uma lista de catástrofes,
naturais e autoinfligidas, que poderiam matar 10% ou mais da população
humana.
A lista também indica a probabilidade destas catástrofes acontecerem dentro dos próximos cinco anos.
Os riscos mais prováveis incluem guerra nuclear e pandemias (naturais e
artificiais), seguidos por desastres decorrentes das mudanças
climáticas, geoengenharia e inteligência artificial.
O relatório também abarcou eventos de baixa probabilidade, mas alto impacto, como asteroides e erupções super vulcânicas.
Podem acontecer
O Projeto de Prioridades Globais define um risco catastrófico global
como “eventos ou processos que levariam à morte de cerca de um décimo da
população do mundo, ou que tenham um impacto comparável”.
Estes riscos são qualitativamente distintos de riscos existenciais,
graves o suficiente para acabar com todos os seres humanos, ou seja, levar a nossa extinção.
Embora não sejam tão apocalípticos, riscos catastróficos ainda possuem consequências globais graves.
O pesquisador Sebastian Farquhar e seus colegas advertem que alguns
destes perigos são mais propensos a acontecer do que imaginamos, mas os
governos não estão fazendo o que é necessário para mitigar os riscos, ou
controlá-los em caso de realmente acontecerem.
Porque já aconteceram
Riscos catastróficos globais são raros, mas ocorrem. Por exemplo, a
praga de Justiniano de 541-542 dC matou até 17% da população do mundo.
Mais recentemente, a gripe espanhola de 1918-1919 matou 10% da população
do mundo, o que superou o número de mortos da Grande Guerra que a
precedeu.
Estes eventos são improváveis de acontecer em qualquer década, o que explica por que tendem a receber pouca atenção.
Mais e menos prováveis
Os pesquisadores acreditam que os riscos mais prováveis para os próximos
cinco anos são pandemias naturais, guerra nuclear e pandemias
artificiais, além de riscos ainda desconhecidos. Os menos prováveis são
catástrofes por mudança climática, por inteligência artificial, por
falha de geoengenharia, por impacto de asteroide e por erupção de um
supervulcão.
De fato, as chances de impacto de asteroide ou erupção supervulcânia são
extremamente pequenas – por exemplo, as chances de um asteroide colidir
com a Terra é de cerca de 1 em 1.250 para cada século, enquanto
supervulcões entram em erupção cerca de uma vez a cada 30.000 a 50.000
anos.
Por outro lado, as pandemias naturais e causadas por seres humanos são,
definitivamente, de alto risco e probabilidade. Nossa civilização
globalizada está espalhando doenças mais rápido do que nunca, e nossas
biotecnologias estão criando mutações (como do vírus da gripe H5N1).
Tecnologias como CRISPR – ferramenta de edição de genes que é barata e
fácil de usar -aumentam a chance de um grupo com intenções violentas,
como Estado Islâmico, transformá-las em uma coisa horrível.
Soluções
Para lidar com esses problemas iminentes, os autores do relatório
propõem uma série de soluções, incluindo tratados de não proliferação
nuclear, aumento do planejamento para lidar com pandemias graves,
esforços para reduzir as emissões de carbono e investigações sobre os
riscos colocados por inteligências artificiais e biotecnologias.
Fonte: http://ufosonline.blogspot.pt/