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A beleza do lago Bacalar, de acordo com Claudio Del Valle, vai além dos sete tons brilhantes de azul, que variam do turquesa vivo ao cobalto profundo.
Na verdade, diz o guia turístico local, a lagoa mexicana tem até 100 metros de profundidade — no fundo abriga a prova de vida mais antiga do planeta.
Del Valle, que passou anos a levar grupos àquele local para tours de stand-up paddle, explica que o mais importante ao visitar o longo e estreito lago próximo à fronteira com Belize é não deixar rastos.
“Graças ao stand-up paddle, tive a oportunidade de explorar a maior parte da lagoa… era tão única, tão majestosa, tão bonita”, disse.
“A claridade da água dá-lhe esta coloração única do azul ao verde. Era delicioso apreciar”, continuou. No entanto, o “Lago das Sete Cores” está sob grave ameaça e pode não só mudar permanentemente de cor, como também levar à destruição de uma antiga população de estromatólitos, um fóssil vivo que antecede os humanos, dinossauros e até mesmo as plantas.
Del Valle mudou-se para Bacalar em 2017, após o terremoto de magnitude 7,1 em Puebla, que o deixou com stresse pós-traumático, em busca de um ambiente mais tranquilo.
E ficou maravilhado com o que encontrou. “Era o paraíso”, disse.
“Cada nascer e pôr do sol era inacreditável, cada um era único. Mas agora vejo o que está a acontecer e isso parte o meu coração”, acrescentou Valle.
O Lago Bacalar está a caminho de um desastre ecológico, segundo Luisa Falcón, ecologista microbiana da Universidade Nacional Autónoma do México, em Mérida.
Em novembro de 2015, a agência federal de proteção ambiental do México emitiu um alerta de poluição para o lago.
O problema atingiu o seu ápice em junho de 2020, quando a tonalidade do Lago Bacalar se tornou castanha escura. Mas, se nada for feito, o dano pode ir muito além da tonalidade da água, alerta Falcón.
Bacalar abriga o maior recife de microbialita de água doce do mundo — estruturas semelhantes a rochas formadas por milhares de micróbios que fazem a precipitação de minerais carbonáticos.
“Os microbialitos de Bacalar têm uma idade que varia entre décadas e mais de 9 mil anos”, disse.
Mas a contraparte fóssil viva do microbialito, os estromatólitos, que data de “aproximadamente 3,5 bilhões de anos”, torna a população de Bacalar a mais antiga evidência de vida na Terra.
Os estromatólitos assemelham-se a uma couve-flor — grandes estruturas bege “acolchoadas” que crescem no fundo de calcário da lagoa. Parecem uma rocha, mas na verdade estão vivos.
O sedimento deposita-se milímetro a milímetro, com o auxílio de organismos fotossintetizantes chamados cianobactérias, até que as estruturas se transformam num monte rochoso subaquático que pode ser visto na superfície de águas rasas.
Os estromatólitos parecidos com couve-flor ainda existem apenas em alguns lugares do mundo — e a população de Bacalar revela uma história que parou no tempo, como a temperatura ou a composição geoquímica da água há milhões de anos.
Isso porque preservam as condições físico-químicas da água no seu processo de sedimentação incrivelmente lento.
Essencialmente, os estromatólitos também ajudam a reciclar elementos. Os micróbios que compõem um estromatólito retiram carbono do CO2 do ar e depositam-no no carbonato do fundo do lago para o armazenar.
Como as árvores, os estromatólitos melhoram ativamente nosso meio ambiente. Mas o problema é duplo, disse Falcón.
É que lago é alimentado por um rio subterrâneo de 450 km que faz parte da maior caverna e sistema de túneis aquáticos do mundo ao longo da península de Yucatán.
O que é bom para os estromatólitos — acredita-se que a rocha carbonática dos túneis os faça crescer mais do que o normal, se proliferando na superfície da lagoa.
Mas os ambientes cársticos, em que a água subterrânea flui por meio de fraturas e sistemas de cavernas interconectados a corpos de água, também deixam os estromatólitos mais vulneráveis a mudanças rio acima.
E o desmatamento da floresta tropical rio acima da lagoa aumentou “exponencialmente” na última década devido a práticas agrícolas insustentáveis, explicou Falcón.
Isso levou a um aumento nos sedimentos, pesticidas e fertilizantes que chegam à água durante a estação de chuva.
A composição da água está a mudar — e algas e moluscos estão a multiplicar-se a um ritmo acelerado. Até agora, nenhuma pesquisa mostrou que as comunidades microbialitas podem se recuperar dos danos ambientais no curto prazo.
https://zap.aeiou.pt/lago-abriga-mais-antiga-forma-de-vida-428443
Um novo estudo sugere que os cometas de outros sistemas estelares, como o Borisov 2019, passam perto do Sol com mais frequência do que se pensava.
De acordo com o site Live Science, o estudo, baseado nos dados recolhidos quando o Borisov passou pela Terra a uma distância de cerca de 300 milhões de quilómetros em 2019, sugere que a Nuvem de Oort pode estar cheia de objetos que nasceram em torno de outras estrelas.
Na verdade, os autores da investigação sugerem até que esta nuvem, uma espécie de repositório de asteroides, cometas e outros fragmentos no nosso Sistema Solar mais distante, pode conter mais material interestelar do que doméstico.
“Com base na distância em que o Borisov foi detetado, estimámos a abundância local implícita de cometas interestelares, tal como a abundância de objetos semelhantes ao Oumuamua foi calibrada pela deteção do próprio Oumuamua“, explicou ao site Space.com Amir Siraj, estudante de Astronomia da Universidade de Harvard e autor principal do estudo publicado, a 23 de agosto, na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
O chamado método de Poisson, usado por esta equipa de astrónomos, calcula a probabilidade de um evento acontecer num intervalo fixo de tempo e espaço desde o último evento.
Tendo em consideração a força gravitacional do Sol, Siraj e o co-autor do estudo Avi Loeb, astrónomo na mesma universidade norte-americana, foram capazes de estimar a probabilidade de um cometa interestelar se aproximar da Terra. A dupla descobriu que o número de cometas interestelares que passam pelo Sistema Solar aumenta com a distância do Sol.
“Concluímos que, nos confins do Sistema Solar, e mesmo considerando as grandes incertezas associadas à abundância de objetos parecidos com o Borisov, os cometas interestelares transitórios devem superar os objetos da Nuvem de Oort (cometas do nosso próprio Sistema Solar)”, acrescentou Siraj.
Então, porque é que os astrónomos ainda só viram um cometa interestelar? A resposta está na tecnologia. Os telescópios só há pouco tempo se tornaram poderosos o suficiente para serem capazes de localizar estes corpos pequenos, mas extremamente rápidos.
https://zap.aeiou.pt/cometas-interestelares-visitam-sistema-solar-mais-frequencia-428079
A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a monitorizar uma nova variante do SARS-CoV-2, a Mu, identificada pela primeira vez em janeiro na Colômbia. A estirpe, denominada B.1.621, continua a ser uma “variante de interesse”.
De acordo com a agência France-Presse, que cita um relatório da OMS, a variante tem mutações que podem indicar resistência às vacinas, mas são necessários mais estudos. “A variante Mu tem uma constelação de mutações”, que indicam propriedades potenciais para “escapar à imunidade”, continua.
O surgimento em 2020 de variantes com risco agravado levou a OMS a caracterizá-las como “de interesse” ou “preocupantes”, adotando as letras do alfabeto grego para nomeá-las e facilitar a sua identificação para o público em geral.
Quatro foram classificadas pela OMS como “preocupantes”, incluindo a Alfa (presente em 193 países) e a Delta (170 países – em Portugal tem uma prevalência de 100%), e outras cinco como “de interesse”, caso da Mu.
Essa última foi detetada pela primeira vez na Colômbia em janeiro e, desde então, noutros países sul-americanos e europeus. “Embora a prevalência global da variante Mu entre os casos sequenciados tenha diminuído e atualmente seja inferior a 0,1%, a sua prevalência na Colômbia (39%) e no Equador (13%) aumentou constantemente”, disse a OMS.
A “epidemiologia da variante Mu na América do Sul,” nomeadamente em circulação ao mesmo tempo que a variante Delta, “será monitorizada” para que seja possível detetar eventuais alterações, frisou.
https://zap.aeiou.pt/oms-vigia-mu-variante-colombia-equador-428547
Pesquisadores em Volgogrado, na Rússia, descobriram mais de uma dúzia de objetos em forma de disco, incluindo um que tem mais de quatro metros de diâmetro.
De acordo com especialistas, essas rochas em forma de disco contêm tungstênio, um metal de alta densidade usado em tecnologia militar. O tungstênio é notável por sua robustez, especialmente pelo fato de ter o ponto de fusão mais alto de todos os elementos. A dureza e a alta densidade do tungstênio dão a ele aplicações militares em projéteis penetrantes.
O grupo responsável pela descoberta foi o Kosmopoisk e, de acordo com um site russo, Kosmopoisk é um grupo de pesquisa de OVNIs e criptozoologia que estava realizando escavações no distrito de Zhirnovsky, Volgogrado. Embora os pesquisadores tenham tropeçado em rochas em forma de disco no passado, esta é a primeira vez que uma rocha em forma de disco com tais proporções foi desenterrada.
Vadim Chernobrov, responsável pela escavação, disse:
“Já tínhamos encontrado mais de uma dúzia desses discos, a maioria deles com um diâmetro de cerca de um metro; em Kuzbass nós desenterramos um objeto em forma de disco com um diâmetro de quase dois metros. Mas esta nova rocha em forma de disco ‘gigante’ é único e impressionante.”
A forma do disco de quatro metros, que é extremamente semelhante às interpretações modernas de OVNIs, deu aos caçadores de OVNIs e ovniólogos muito o que falar.
Além de especulações sobre a natureza dos objetos misteriosos que foram desenterrados, o recém-encontrado ‘OVNI’ em forma de disco foi transportado para o museu Zhirnovsky, onde os cientistas o estão estudando, tentando descobrir sua idade e a composição exata de seu material. No entanto, muitas pessoas permanecem céticas sobre os objetos, sugerindo que estes podem ser o resultado da erosão natural e não são o resultado de ‘seres alienígenas’ que visitaram a Terra no passado distante.
Anteriormente, outro misterioso objeto em forma de disco foi descoberto na Rússia por uma empresa de mineração perto da cidade de Belovo, localizada na Bacia de Kuznetsk. O misterioso disco de 1,2 metros foi localizado a uma profundidade de 40 metros, sugerindo que poderia ser muito antigo. Os arqueólogos realizaram vários testes e concluíram que este disco perfeitamente circular de 1,2 metros foi algo feito pelo homem em um passado distante.
Seria possível que esses objetos misteriosos sejam “monumentos” criados pelo homem antigo de representações do que viram no passado? Ou é possível, como sugerem os céticos, que esses objetos em forma de disco sejam produto da erosão natural?
Se eles forem o resultado de erosão natural … como você explicaria as grandes quantidades de tungstênio?
Esses objetos em forma de disco certamente continuarão a alimentar o debate entre caçadores de OVNIs, ovniólogos e céticos.
https://www.ovnihoje.com/2021/09/01/russia-sao-encontrados-dezenas-de-objetos-em-forma-de-disco-contendo-tungstenio/
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A temporada de furacões do Atlântico norte está em plena atividade e 16 anos após o desastre provocado pelo furacão Katrina, volta a chamar a atenção com a chegada do furacão Ida, que pegou em cheio a costa da Louisiana, no mesmo local da tragédia de 2005.
A imagem time-lapse mostrada foi registrada pelo satélite GOES-16, localizado a 36 mil km de altitude, onde permanece estacionado e sincronizado com a rotação da Terra.
No centro da Imagem, dentro do Golfo do México vemos o furacão Ida, que chegou a tocar a costa estadunidense com ventos de categoria 4, de 250 km/h.
A força de Ida foi tão grande que chegou a inverter o fluxo do rio Mississipi durante quatro horas, de acordo com informações divulgadas pela imprensa local.
O estado da Louisiana ainda se recupera dos furacões Laura e Delta, que em 2020 atingiram a costa do estado, lembrando que em 2005, Katrina devastou a costa de New Orleans deixando um rastro de 1800 mortos e bilhões de dólares em danos materiais.
Para ver imagens em tempo quase real desta região do Atlântico, conhecida como setor das tempestades severas, acesse aqui nossa página de imagens de satélites e veja a chegada e ação dos furacões que atingem neste momento o Golfo do México, Caribe e costa dos Estados Unidos.
https://www.apolo11.com/noticias.php?t=Imagens_de_satelite_mostram_furacao_Ida_no_setor_das_tempestades_severas&id=20210830-110944
Cientistas descobriram o 2021 PH27, o asteróide com a órbita mais rápida do Sistema Solar: 113 dias terrestres.
De acordo com o site Live Science, este asteróide, chamado 2021 PH27, completa uma volta ao Sol a cada 113 dias terrestres. Trata-se do período orbital mais curto de qualquer objeto conhecido do Sistema Solar, com exceção de Mercúrio (88 dias).
Porém, o asteróide faz um percurso muito mais elíptico do que o planeta e, portanto, fica consideravelmente mais perto da nossa estrela – cerca de 20 milhões de quilómetros quando está mais próximo, em comparação com os 47 milhões de quilómetros de Mercúrio.
Durante esta passagem tão próxima, a superfície do 2021 PH27 fica quente o suficiente para conseguir derreter chumbo – cerca de 500 graus Celsius –, estima a equipa de cientistas responsável pela sua descoberta.
Segundo o mesmo site, este grande contacto com a gravidade do Sol também faz com que o asteróide experiencie os maiores efeitos da relatividade geral de qualquer objeto conhecido do Sistema Solar. Tais efeitos manifestam-se como uma leve oscilação na sua órbita elíptica.
Esta órbita, aliás, faz com que o asteróide não vá ser estável a longo prazo. Os investigadores consideram que provavelmente irá colidir com o Sol, Mercúrio ou Vénus, daqui a alguns milhões de anos, se não for desviado do seu percurso atual por uma interação gravitacional primeiro.
A equipa estima que o 2021 PH27 tem cerca de um quilómetro de largura e que se terá originado no cinturão de asteróides principal entre Marte e Júpiter, tendo sido depois “chutado” por interações gravitacionais com um ou mais planetas.
No entanto, destaca o Live Science, o seu percurso orbital é inclinado em 32 graus em relação ao plano do Sistema Solar. Tal inclinação sugere que pode ser também um cometa extinto que nasceu no Sistema Solar mais distante, tendo sido depois capturado numa órbita mais próxima depois de passar por Marte, pela Terra ou outro planeta rochoso.
https://zap.aeiou.pt/asteroide-orbita-mais-rapida-sistema-solar-427343
Um enorme iceberg que no ano passado se separou da Antártida por pouco não colidiu com a plataforma de gelo Brunt. Caso colidisse, poderia ter provocado a formação de um novo iceberg, ainda mais maciço, quatro vezes o tamanho da Baia de Guanabara.
Batizado como Iceberg A-74, a rocha de gelo tem 1270 quilômetros quadrados, aproximadamente o tamanho do lago de Itaipu e se separou da plataforma de gelo Brunt em fevereiro de 2020. Nos últimos seis meses a rocha de gelo foi mantida nas proximidades da plataforma pelas correntes oceânicas, até que os ventos vieram.
No início de agosto, ventos muito fortes giraram o bloco A-74 ao redor da plataforma e esse movimento foi registrado pelos dois satélites que formam a missão Copernicus Sentinel-1, da Agência espacial Europeia, ESA.
Através de imagens de radar registradas entre 9 e 18 de agosto, os satélites registraram o A-74 "roçando ligeiramente" contra uma fina faixa de gelo que se projeta para fora da plataforma, movendo-se rumo ao sul.
De acordo com Mark Drinkwater, chefe da Divisão de Ciência da Missão da ESA, o pedaço em forma de nariz ainda está conectado à plataforma Brunt, que é ainda maior do que o A-74, mas por pouco não se rompeu. "Se o iceberg tivesse colidido mais violentamente com este pedaço, ele poderia ter acelerado a fratura da ponte de gelo restante, fazendo com que ela se rompesse", explicou Drinkwater.
Caso A-74 tivesse atingido a plataforma com força suficiente, poderia ter provocado a formação de outro iceberg com área ainda maior, de cerca de 1700 quilômetros quadrados, equivalente a quatro vezes o tamanho da Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro.
Atualmente, existem duas grandes rachaduras na plataforma Brunt, conhecidas como Chasm 1 (estendendo-se para o norte) e Halloween Crack (estendendo-se para o leste), separadas por uma pequena distância. Caso essas rachaduras se toquem, em evento provocado por um impacto, fatalmente um dos icebergs se quebraria. É natural que as plataformas de gelo formem novos icebergs, por isso os glaciologistas vêm acompanhando a formação de pequenas fraturas ou fendas maiores há anos.
O A-74 quebrou ao longo da fenda North Rift, o terceiro grande abismo a se abrir na plataforma de gelo Brunt na última década.
https://www.apolo11.com/noticias.php?t=Iceberg_rodopia_e_por_pouco_nao_colide_com_plataforma_de_gelo_na_Antartida&id=20210827-075822
Uma equipa de cientistas da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, publicou recentemente uma investigação que corrobora a teoria de que o campo magnético da Terra é cíclico e enfraquece a cada 200 milhões de anos.
Durante o trabalho, os investigadores da universidade britânica realizaram análises paleomagnéticas térmicas e de microondas em amostras de rochas de antigos fluxos de lava, recolhidas no leste da Escócia, nos últimos 80 anos. As amostras tinham entre 200 e 500 milhões de anos.
Segundo o Tech Explorist, os cientistas descobriram que, entre 332 e 416 milhões de anos atrás, a força do campo geomagnético preservado nas rochas era menos de um quarto da atual.
Além disso, era semelhante a um período previamente identificado de baixa intensidade do campo magnético, que começou há cerca de 120 milhões de anos.
“Esta análise magnética abrangente dos fluxos de lava de Strathmore e Kinghorn foi a chave para preencher o período que antecedeu o Kiman Superchron, um período em que os polos geomagnéticos são estáveis e não viram durante cerca de 50 milhões de anos”, explicou Louise Hawkins, autora principal do estudo.
As descobertas, conjugadas com os dados já existentes, “apoiam a existência de um ciclo de, aproximadamente, 200 milhões de anos na intensidade do campo magnético da Terra relacionado com os processos profundos do planeta”.
Além disso, segunda investigação, um campo magnético fraco está associado a reversões de polos. Já durante um Superchron, o campo é normalmente forte.
O artigo científico foi publicado recentemente na Proceedings of the National Academy of Sciences.
https://zap.aeiou.pt/campo-magnetico-terra-enfraquece-426515
Desde 2017 que alguns geólogos afirmam que a Zelândia é o oitavo continente. A proposta não é consensual, mas uma nova descoberta vem apoiar esta tese sobre o território submerso.
A cerca de um quilómetro de profundidade no Pacífico do sul, existe um território, a Zelândia – termo criado pelo geofísico Bruce Luyendyk em 1995 – com quase metade do tamanho da Austrália.
Ainda não há consenso científico sobre se a Zelândia pode ser considerada um continente – um grupo de geólogos achou que sim em 2017, mas a ideia não é consensual.
“Não é como uma montanha, um país ou um planeta. Não há nenhum órgão formal que designe o que é um continente”, afirma Nick Mortimer, o geólogo que liderou a equipa de 2017, ao Business Insider.
Os critérios usados pela equipa de Mortimer foram de que um continente deve ter fronteiras claras, ocupar uma área maior do que um um milhão de quilómetros quadrados, ser elevado acima da crosta do oceano e ter uma crosta continental mais espessa do que a crosta oceânica, segundo o Science Alert.
“Se secássemos todos os oceanos, a Zealândia destacar-se-ia enquanto um platô de pé e bem definido acima do solo do oceano”, afirma Mortimer, que considera que a Zelândia seria o continente “mais fino, mais submerso e mais pequeno”.
Até recentemente, a amostra de rocha mais antiga da Zelândia tinha apenas 500 milhões de anos, enquanto todos os outros continentes tinham amostras com pelo menos mil milhões de anos.
Mas isso mudou. Um estudo de Maio, publicado na revista científica Geo Science World, concluiu que parte do território tem o dobro da idade que os geólogos apontaram anteriormente – o que vem ajudar Mortimer a tornar mais consensual a ideia de que a Zelândia é um continente.
“Este novo estudo completa a lista continental. Já não há nenhuma dúvida de que vivemos em cima de um continente”, afirma Rose Turnboll, uma geóloga neozelandesa que é uma das autoras do estudo.
Os geólogos estudaram 169 amostras de granito da Zelândia e extraíram cristais microscópicos da rocha, que ajudaram a equipa a determinar a idade dos cristais em si e da crosta onde se formaram – que fez parte de outro supercontinente chamado Rodínia, que se formou entre há 1.3 mil milhões e 900 milhões de anos.
O território da Zelândia é composto pela Nova Zelândia e por outros pedaços de crosta que ficaram submersos depois de se terem separado de um supercontinente chamado Gondwana, há cerca de 85 milhões de anos. Cerca de 94% do território está submerso, o que dificulta o estudo.
A missão de Rose Turnboll não ficou por aqui – a geóloga está a trabalhar num mapa 4D da costa oeste da Zelândia que permita visualizar a três dimensões como a fronteira é e como foi mudando ao longo to tempo.
Este mapa integra a iniciativa global para se pesquisar sobre todo o solo oceânico do planeta até 2030 e revelou detalhes nunca antes vistos sobre o tamanho e a costa da Zelândia.
Segundo Mortimer, estes mapas e a descoberta da idade da Zelândia são mais argumentos a favor da consideração deste território como o oitavo continente da Terra.
“Esperamos que a Zelândia eventualmente apareça em mapas do mundo gerais, seja ensinada nas escolas e se torne um nome tão familiar como a Antártida”, remata.
https://zap.aeiou.pt/amostras-zelandia-mais-antiga-do-que-se-pensava-425119
Um novo estudo da NASA analisou com mais detalhe a órbita do Bennu e aumentou ligeiramente a probabilidade de colisão com a Terra – mas calma, porque o risco continua muito baixo.
Já não devemos cá estar para o presenciar, mas sempre podemos marcar no calendário: o dia 24 de setembro de 2182 será o dia em que o asteróide Bennu terá maior probabilidade de colidir com a Terra nos próximos 300 anos.
Num estudo publicado a 11 de Agosto, os investigadores da NASA usaram dados precisos de rastreamento da nave espacial OSIRIS-REx – que durante dois anos fez observações detalhadas enquanto esteve na órbita do Bennu – para perceberem os movimentos do asteróide e calcular a probabilidade de colidir com a Terra.
A probabilidade de colisão é de apenas 0.057% – ou de uma em 11 750. A 24 de Setembro de 2182, o Bennu vai ter uma probabilidade de 0.037% de chocar com a Terra, ou seja, uma em cada 2700. Cálculos anteriores apontavam para uma probabilidade de um em 2700 até ao ano 2200.
“Os dados do OSIRIS-REX deram-nos muitas informações precisas, podemos testar os limites dos nossos modelos e calcular a trajectória futura do Bennu com um grau de certeza muito mais alto até 2135”, afirma o engenheiro de navegação David Farnocchia, do Centro de Estudo de Objectos Próximos da Terra da NASA.
Com meio quilómetro de comprimento, o Bennu é o asteróide mais perigoso do Sistema Solar, tal como um outro chamado 1950 DA. A trajectória e duração de 1.2 anos da sua órbita significa que vai aproximar-se várias vezes da Terra nos próximos séculos, com o potencial de poder colidir com o nosso planeta.
Enquanto estava na órbita do Bennu, a OSIRIS-REx tirou medidas que fez com que os astrónomos se apercebessem de um fenómeno chamado efeito Yarkovsky, que é pequeno, mas pode acumular-se ao longo do tempo.
O efeito Yarkovsky resulta do impacto do calor no lado do asteróide virado para o Sol. Quando o Bennu gira, o calor armazenado continua a ser libertado na forma de radiação térmica, o que cria um pequeno impulso da rocha. O impacto imediato deste impulso é minúsculo, mas ao longo do tempo pode ter um papel importante na rota do Bennu.
“O efeito Yarkovsky acontece com asteróides de todos os tamanhos, e apesar de ter sido medido numa fracção pequena da população até agora, a OSIRIS-REx deu-nos a primeira oportunidade de o medir com detalhe enquanto o Bennu viajava à volta do Sol”, afirma o astrónomo Steve Chesley.
Há também momentos na órbita do Bennu em que uma pequena “acotovelada” da gravidade da Terra pode ser o suficiente para que o asteróide entre numa rota de colisão, mas o estudo mais aprofundado sobre a sua trajectória permitiu aos investigadores excluir alguns destes efeitos gravitacionais dessa hipótese.
A equipa teve também em conta a influência dos campos de gravidade do Sol e de outros planetas ou asteróides, do vento solar, do pó do espaço e do pó do próprio Bennu.
Mesmo com o pequeno aumento de risco de colisão que os novos cálculos trouxeram, a probabilidade continua bastante baixa, por isso ainda não é preciso ir buscar o manual de sobrevivência a um impacto de um asteróide. No entanto, este estudo vem mostrar a diferença que a análise de dados com maior precisão pode fazer.
“Os dados da órbita desta missão ajudaram-nos a apreciar melhor a oportunidade de imapcto do Bennu nos próximos séculos e o nosso entendimento geral de asteróides potencialmente perigosos – um resultado incrível“, conclui o astrónomo Dante Lauretta.
https://zap.aeiou.pt/o-asteroide-bennu-e-o-mais-perigoso-do-sistema-solar-e-o-risco-de-atingir-a-terra-aumentou-424648