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Uma nova lei pró-armas que entrou em vigor na quarta-feira no Texas, Estados Unidos, permite que as pessoas que possuem legalmente uma arma de fogo a portem abertamente em público, sem obter uma licença ou treino.
Segundo a CNN, a polémica legislação de “porte constitucional” é a mais recente de uma série de projetos de lei pró-armas que os legisladores estaduais aprovaram este ano, à medida que os incidentes de violência armada aumentam no Texas e em todo o país.
Por sua vez, o governador Greg Abbott elogiou a chamada lei do “porte constitucional” e outros projetos de lei sobre armas de fogo quando os assinou.
“Podem dizer que assinei hoje algumas leis que protegem os direitos das armas”, disse Abbott na assinatura do projeto de lei em junho. “Mas hoje, assinei documentos que inspiraram liberdade no estado do Texas”, acrescentou.
Antes da lei entrar em vigor, os residentes só podiam portar armas com uma licença e eram obrigados a completar o treino, bem como passar num exame escrito e teste de proficiência.
A decisão está a ser observada com preocupação, uma vez que o número de tiroteios no Texas, sem incluir suicídios, aumentou 14% este ano, com cerca de 3200 tiroteios, em comparação com o mesmo período de 2020, que registou cerca de 2800, de acordo com dados do grupo de pesquisa Gun Violence Archive (GVA).
À CNN, Andrew Karwoski, especialista em políticas da Everytown for Gun Safety, alerta que “revogar totalmente a licença é uma mudança radical”, já que “permitir que quase qualquer pessoa use uma arma em público, sem haver uma verificação de antecedentes ou treinamento de segurança, é realmente perigoso”.
https://zap.aeiou.pt/texanos-podem-andar-rua-com-arma-429199
Numa altura em que o Governo da China tem aumentado a sua influência em várias áreas da sociedade, chegou a vez dos media serem sujeitos a novas regras.
Na quinta-feira, a Administração Nacional de Rádio e Televisão da China anunciou, num comunicado online, que vai apertar as regras aplicáveis aos programas televisivos, reprimindo conteúdos considerados “insalubres”, limitando os salários das estrelas e punindo severamente a evasão fiscal.
Um das decisões mais polémicas passa pela proibição da presença de homens com aspeto considerado efeminado na televisão. O Governo disse às emissoras do país para promoverem a “cultura revolucionária”, ampliando uma campanha para aumentar o controlo sobre os negócios e a sociedade, escreve a NPR.
Neste sentido, o comunicado indica que não haverá mais espaço na oferta televisiva para gostos “deformados”. Usando gíria ofensiva para designar homens com aspeto considerado efeminado – “niang pao”, em chinês -, a Administração da Rádio e Televisão da China indicou que as emissoras devem “excluir resolutamente “maricas” e outros tipos de estética anormais”.
Isto reflete a preocupação oficial de que as celebridades chinesas, influenciadas pela aparência elegante e feminina de alguns cantores e atores sul-coreanos e japoneses, não estejam a incentivar os jovens chineses a serem suficientemente masculinos.
As emissoras devem evitar a promoção de “celebridades vulgares da internet” e a admiração pela riqueza e celebridade, apontou o regulador. Os programas devem antes “promover vigorosamente a excelente cultura tradicional chinesa, a cultura revolucionária e a cultura socialista avançada”.
O Ministério da Cultura e do Turismo e a Associação Chinesa para as Artes Performativas também referem que as novas disposições são destinadas a “moralizar” a indústria do entretenimento da segunda maior economia mundial.
Por exemplo, a escolha de atores e convidados deverá ser cuidadosamente controlada, passando a literacia política e a conduta moral a fazer parte dos critérios de seleção. As estações de televisão são agora chamadas a barrar os programas a artistas com “posições políticas incorretas” e a cultivar uma “atmosfera patriótica” nas suas emissões.
Conteúdos de entretenimento que envolvam celebridades “vulgares” da Internet, escândalos ou ostentação de riqueza serão igualmente rejeitados. As figuras do entretenimento televisivo serão encorajadas a participar em programas de promoção do bem-estar público e a assumir responsabilidades sociais, acrescenta a mesma nota.
O culto das celebridades, considerado “insalubre”, será reprimido, e os segmentos dos programas televisivos em que os espetadores são encorajados a votar ficarão sujeitos a um controlo apertado, passando a estar estritamente proibidas quaisquer votações que envolvam pagamento de quantias em dinheiro.
A China tem vindo a colocar pressão sobre aquilo que descreve como uma cultura “caótica” de devoção às celebridades e a apontar a mira a várias estrelas nacionais após uma série de casos controversos de evasão fiscal e agressões sexuais.
Paralelamente, indica a Reuters, as disposições emitidas pelo Ministério da Cultura e do Turismo e pela Associação Chinesa para as Artes Performativas impõem agora que os artistas, incluindo as novas estrelas do livestreaming, se submetam a formações periódicas em ética profissional, e determinam ainda que as agências cancelem os contratos com intérpretes que não possuam “disciplina moral”.
Os reguladores chineses estão a apertar a vigilância sobre diversas áreas, da tecnologia à educação, de modo a reforçar o controlo sobre a sociedade e sectores-chave da economia após anos de crescimento descontrolado.
Na segunda-feira tinham já sido introduzidas novas regras limitando o tempo que as crianças podem passar a brincar com videojogos.
https://zap.aeiou.pt/china-media-homens-efeminados-429066
O estado de Nova Iorque declarou esta quinta-feira o estado de emergência após a região nordeste dos Estados Unidos ter registado fortes ventos e chuvas ainda associadas ao furacão Ida que causaram inundações significativas.
Na cidade de Nova Iorque, praticamente todas as linhas do metropolitano foram suspensas.
“Estamos a viver um evento climático histórico com chuvas recorde em toda a cidade, inundações brutais e condições de estrada perigosas”, afirmou o autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, em declarações aos media.
Tanto de Blasio como a governadora do Estado de Nova Iorque, Kathy Hochul, observaram que as fortes chuvas deixaram a região numa “situação terrível”.
“Tomámos todas as precauções necessárias e mobilizámos os nossos recursos para que fossem preparados no terreno, mas a mãe natureza faz o que quiser, e esta noite ela ficou muito zangada”, disse Hochul à CNN.
De Blasio chegou ao ponto de proibir o tráfego rodoviário em Nova Iorque até às 5 horas, após o Serviço de Meteorologia Nacional em Nova Iorque ter indicado ter recebido “muitas informações de salvamentos e motoristas presos pela água“.
Os aeroportos LaGuardia e JFK de Nova Iorque tiveram de cancelar vários voos e o Aeroporto Internacional Newark Liberty de Nova Jersey suspendeu todas as atividades, mas espera-se que os serviços mínimos retomem rapidamente.
Por sua vez, o Serviço Meteorológico Nacional referiu que quarta-feira foi a primeira vez que se emitiu uma “emergência de inundação repentina” para a cidade. Este termo, diferente de um aviso de cheias, é usado em situações extremamente raras e que representam uma grave ameaça à vida humana.
De acordo com o CNBC, há pelo menos um morto a registar em Nova Iorque.
O governador do estado vizinho de Nova Jersey, Phil Murphy, também declarou o estado de emergência, enquanto o Aeroporto Internacional de Newark cancelou todos os voos e o serviço ferroviário da região suspendeu quase todos os serviços.
https://zap.aeiou.pt/nova-iorque-estado-emergencia-428808
Ele será descoberto em breve ou as observações irão descartá-lo como uma explicação para o efeito de agrupamento do KBO.
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Estudo dá novas luzes sobre o aumento do nível das águas, alertando que as próximas décadas podem trazer muito mais catástrofes do que o que é tido como normal.
Mesmo que o Acordo de Paris fosse cumprido por todos os países que o assinaram, o que foi proposto – que passa por limitar o aumento da temperatura média global a níveis abaixo dos 2º acima dos níveis pré-industriais – pode não ser a solução para as ameaças que o Planeta enfrenta.
Um novo estudo, publicado no jornal Nature Climate Change, estima que em 2100, muitas regiões costeiras podem enfrentar ameaças ao nível do mar com uma frequência muito maior do que as que ocorrem atualmente. Por exemplo, uma grande tempestade – como marés altas e tsunamis – que ocorre uma vez a cada século, pode tornar-se normal pelo menos uma vez por ano.
Estes dados representam um aumento de 100 vezes nas inundações costeiras, de acordo com novos modelos globais, escreve o Live Science.
A pesquisa indica que projeções recentes, elaboradas em mais de 7.000 locais costeiros em todo o mundo, sugerem que, bastam mais 1,5º de aumento da temperatura global, para que pelo menos metade das regiões analisadas sejam afetadas anualmente por eventos extremos ao nível do mar. Caso a temperatura suba 2º o cenário será ainda mais catastrófico.
Alguns locais, pode ainda ler-se no estudo, irão sentir esses efeitos ainda mais cedo. No cenário de um aumento de 1,5º, por exemplo, alguns locais costeiros poderiam passar por um aumento de eventos extremos já em 2070.
Os autores referem que esta situação é ainda mais preocupante em algumas zonas dos Globo como é o caso do Hawai e das Caraíbas, bem como a metade sul da costa do Pacífico da América do Norte, onde todos os países são particularmente vulneráveis à elevação do mar. “Os trópicos parecem mais sensíveis do que as altas latitudes ao norte”, escrevem os autores.
Por outro lado, as regiões costeiras do norte, como o Alasca e o norte da Europa, são as que parecem estar mais protegidas dos desastres futuros.
Os resultados do novo estudo alinham-se com as mais recentes projeções sobre o aumento do nível do mar, o que sugere que a população tem subestimado a ascensão dos oceanos nas regiões mais baixas.
Este ano, um estudo descobriu que o aumento do nível do mar está a afetar as áreas costeiras quatro vezes mais rápido do que pensávamos. Esta situação está diretamente relacionada com erros de cálculo, já que há muitas variáveis a serem incluídas.
“As nossas descobertas têm implicações políticas e práticas importantes, pois destacam que mesmo que as metas do Acordo de Paris fossem alcançadas, eventos extremos serão vividos com uma frequência sem precedentes”, alertam os autores.
https://zap.aeiou.pt/grandes-catastrofes-uma-vez-por-ano-428646
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta quinta-feira que 42 dos 54 países africanos poderão não conseguir vacinar contra a covid-19 os 10% da população mais vulnerável até ao fim de setembro.
“Com menos de um mês pela frente, este objetivo que se aproxima deve concentrar as mentes em África e a nível global. O açambarcamento de vacinas atrasou África e precisamos urgentemente de mais vacinas, mas à medida que mais doses chegam, os países africanos têm de fazer planos precisos para vacinar rapidamente os milhões de pessoas que ainda enfrentam a grave ameaça da covid-19”, disse a diretora-regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, citada num comunicado.
O continente africano recebeu 21 milhões de doses em agosto através do mecanismo Covax, que apoia países em desenvolvimento, um número semelhante ao recebido no total dos quatro meses anteriores.
Com este aumento, a OMS refere que podem ser entregues doses suficientes para satisfazer o objetivo de 10%, mas alerta, no entanto, que 26 países “usaram menos de metade das suas vacinas contra a covid-19”.
“Mais de 143 milhões de doses foram entregues a África, no total, e 39 milhões de pessoas – cerca de 3% da população africana – estão completamente vacinadas. Em comparação, 52% das pessoas estão vacinadas nos Estados Unidos da América e 57% na União Europeia”, acrescenta a agência das Nações Unidas.
A OMS aponta ainda que apenas nove países africanos – como África do Sul, Marrocos e Tunísia – cumpriram, até agora, a meta de vacinação dos 10% mais vulneráveis.
“A desigualdade é perturbadora. Apenas 2% das cinco mil milhões de doses dadas globalmente foram administradas em África, mas o recente aumento do envio de vacinas e os compromissos mostram que uma distribuição mais justa e mais global das vacinas é possível”, sublinhou Moeti.
De acordo com os dados mais recentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, o continente conta mais de 7,81 milhões de casos desde o início da pandemia, incluindo mais de 197 mil mortes.
Na semana passada, a OMS defendeu que o facto de os países mais pobres estarem atrasados na vacinação favorece “o aparecimento de novas variantes que podem ser mais potentes do que a Delta”.
“É tecnicamente errado e errado do ponto de vista moral“, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na videoconferência de imprensa regular da organização sobre a evolução da pandemia de covid-19.
https://zap.aeiou.pt/oms-paises-africanos-nao-vao-vacinar-10-428998
A Organização Mundial da Saúde (OMS) inaugurou esta quarta-feira, na Alemanha, o Centro para a Inteligência Pandémica e Epidémica, que visa “preparar e proteger melhor o mundo de ameaças globais de doenças” com dados e análises.
O centro, que será liderado pelo epidemiologista nigeriano Chikwe Ihekweazu, atual diretor-geral do Centro de Controlo de Doenças da Nigéria, foi inaugurado na capital alemã, Berlim, pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e pela chanceler alemã, Angela Merkel.
A unidade está a funcionar provisoriamente no complexo do hospital universitário Charité, prevendo-se para breve a sua transferência para instalações permanentes em Kreuzberg, no centro de Berlim, refere em comunicado a OMS.
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado no comunicado, o centro terá como foco “a ligação e a análise de dados e a capacidade de detetar e avaliar melhor os riscos de doenças nas fases iniciais, antes que causem morte e perturbação social”.
“Apesar de décadas de investimento, a covid-19 revelou as grandes lacunas que existem na capacidade do mundo de prever, detetar, avaliar e responder a surtos que ameaçam as pessoas em todo o mundo”, reconheceu, citado no mesmo comunicado, o diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Michael Ryan.
O Centro para a Inteligência Pandémica e Epidémica da OMS, que representa um investimento inicial da Alemanha de 84,62 milhões de euros, terá como missão fornecer melhores dados e análises para que o mundo possa detetar e responder a emergências de saúde.
A ideia da criação deste centro, que irá juntar especialistas de várias áreas e tecnologia de ponta, surgiu há dez meses durante uma conversa entre Angela Merkel e Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Esta quarta-feira, na inauguração, a chanceler alemã salientou que o mundo tem de estar “melhor preparado para a próxima pandemia”, encorajando à “união de forças”.
“Temos que ligar melhor os investigadores, reunir e analisar dados e assessorar muitos países”, afirmou Angela Merkel, citada para agência noticiosa Efe.
Para o dirigente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, trata-se de tornar “o mundo mais seguro”, de “salvar vidas”, porque “informações corretas” ajudam a tomar “boas decisões”.
https://zap.aeiou.pt/oms-inaugura-centro-ameacas-globais-428750
A beleza do lago Bacalar, de acordo com Claudio Del Valle, vai além dos sete tons brilhantes de azul, que variam do turquesa vivo ao cobalto profundo.
Na verdade, diz o guia turístico local, a lagoa mexicana tem até 100 metros de profundidade — no fundo abriga a prova de vida mais antiga do planeta.
Del Valle, que passou anos a levar grupos àquele local para tours de stand-up paddle, explica que o mais importante ao visitar o longo e estreito lago próximo à fronteira com Belize é não deixar rastos.
“Graças ao stand-up paddle, tive a oportunidade de explorar a maior parte da lagoa… era tão única, tão majestosa, tão bonita”, disse.
“A claridade da água dá-lhe esta coloração única do azul ao verde. Era delicioso apreciar”, continuou. No entanto, o “Lago das Sete Cores” está sob grave ameaça e pode não só mudar permanentemente de cor, como também levar à destruição de uma antiga população de estromatólitos, um fóssil vivo que antecede os humanos, dinossauros e até mesmo as plantas.
Del Valle mudou-se para Bacalar em 2017, após o terremoto de magnitude 7,1 em Puebla, que o deixou com stresse pós-traumático, em busca de um ambiente mais tranquilo.
E ficou maravilhado com o que encontrou. “Era o paraíso”, disse.
“Cada nascer e pôr do sol era inacreditável, cada um era único. Mas agora vejo o que está a acontecer e isso parte o meu coração”, acrescentou Valle.
O Lago Bacalar está a caminho de um desastre ecológico, segundo Luisa Falcón, ecologista microbiana da Universidade Nacional Autónoma do México, em Mérida.
Em novembro de 2015, a agência federal de proteção ambiental do México emitiu um alerta de poluição para o lago.
O problema atingiu o seu ápice em junho de 2020, quando a tonalidade do Lago Bacalar se tornou castanha escura. Mas, se nada for feito, o dano pode ir muito além da tonalidade da água, alerta Falcón.
Bacalar abriga o maior recife de microbialita de água doce do mundo — estruturas semelhantes a rochas formadas por milhares de micróbios que fazem a precipitação de minerais carbonáticos.
“Os microbialitos de Bacalar têm uma idade que varia entre décadas e mais de 9 mil anos”, disse.
Mas a contraparte fóssil viva do microbialito, os estromatólitos, que data de “aproximadamente 3,5 bilhões de anos”, torna a população de Bacalar a mais antiga evidência de vida na Terra.
Os estromatólitos assemelham-se a uma couve-flor — grandes estruturas bege “acolchoadas” que crescem no fundo de calcário da lagoa. Parecem uma rocha, mas na verdade estão vivos.
O sedimento deposita-se milímetro a milímetro, com o auxílio de organismos fotossintetizantes chamados cianobactérias, até que as estruturas se transformam num monte rochoso subaquático que pode ser visto na superfície de águas rasas.
Os estromatólitos parecidos com couve-flor ainda existem apenas em alguns lugares do mundo — e a população de Bacalar revela uma história que parou no tempo, como a temperatura ou a composição geoquímica da água há milhões de anos.
Isso porque preservam as condições físico-químicas da água no seu processo de sedimentação incrivelmente lento.
Essencialmente, os estromatólitos também ajudam a reciclar elementos. Os micróbios que compõem um estromatólito retiram carbono do CO2 do ar e depositam-no no carbonato do fundo do lago para o armazenar.
Como as árvores, os estromatólitos melhoram ativamente nosso meio ambiente. Mas o problema é duplo, disse Falcón.
É que lago é alimentado por um rio subterrâneo de 450 km que faz parte da maior caverna e sistema de túneis aquáticos do mundo ao longo da península de Yucatán.
O que é bom para os estromatólitos — acredita-se que a rocha carbonática dos túneis os faça crescer mais do que o normal, se proliferando na superfície da lagoa.
Mas os ambientes cársticos, em que a água subterrânea flui por meio de fraturas e sistemas de cavernas interconectados a corpos de água, também deixam os estromatólitos mais vulneráveis a mudanças rio acima.
E o desmatamento da floresta tropical rio acima da lagoa aumentou “exponencialmente” na última década devido a práticas agrícolas insustentáveis, explicou Falcón.
Isso levou a um aumento nos sedimentos, pesticidas e fertilizantes que chegam à água durante a estação de chuva.
A composição da água está a mudar — e algas e moluscos estão a multiplicar-se a um ritmo acelerado. Até agora, nenhuma pesquisa mostrou que as comunidades microbialitas podem se recuperar dos danos ambientais no curto prazo.
https://zap.aeiou.pt/lago-abriga-mais-antiga-forma-de-vida-428443
Um novo estudo sugere que os cometas de outros sistemas estelares, como o Borisov 2019, passam perto do Sol com mais frequência do que se pensava.
De acordo com o site Live Science, o estudo, baseado nos dados recolhidos quando o Borisov passou pela Terra a uma distância de cerca de 300 milhões de quilómetros em 2019, sugere que a Nuvem de Oort pode estar cheia de objetos que nasceram em torno de outras estrelas.
Na verdade, os autores da investigação sugerem até que esta nuvem, uma espécie de repositório de asteroides, cometas e outros fragmentos no nosso Sistema Solar mais distante, pode conter mais material interestelar do que doméstico.
“Com base na distância em que o Borisov foi detetado, estimámos a abundância local implícita de cometas interestelares, tal como a abundância de objetos semelhantes ao Oumuamua foi calibrada pela deteção do próprio Oumuamua“, explicou ao site Space.com Amir Siraj, estudante de Astronomia da Universidade de Harvard e autor principal do estudo publicado, a 23 de agosto, na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
O chamado método de Poisson, usado por esta equipa de astrónomos, calcula a probabilidade de um evento acontecer num intervalo fixo de tempo e espaço desde o último evento.
Tendo em consideração a força gravitacional do Sol, Siraj e o co-autor do estudo Avi Loeb, astrónomo na mesma universidade norte-americana, foram capazes de estimar a probabilidade de um cometa interestelar se aproximar da Terra. A dupla descobriu que o número de cometas interestelares que passam pelo Sistema Solar aumenta com a distância do Sol.
“Concluímos que, nos confins do Sistema Solar, e mesmo considerando as grandes incertezas associadas à abundância de objetos parecidos com o Borisov, os cometas interestelares transitórios devem superar os objetos da Nuvem de Oort (cometas do nosso próprio Sistema Solar)”, acrescentou Siraj.
Então, porque é que os astrónomos ainda só viram um cometa interestelar? A resposta está na tecnologia. Os telescópios só há pouco tempo se tornaram poderosos o suficiente para serem capazes de localizar estes corpos pequenos, mas extremamente rápidos.
https://zap.aeiou.pt/cometas-interestelares-visitam-sistema-solar-mais-frequencia-428079
A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a monitorizar uma nova variante do SARS-CoV-2, a Mu, identificada pela primeira vez em janeiro na Colômbia. A estirpe, denominada B.1.621, continua a ser uma “variante de interesse”.
De acordo com a agência France-Presse, que cita um relatório da OMS, a variante tem mutações que podem indicar resistência às vacinas, mas são necessários mais estudos. “A variante Mu tem uma constelação de mutações”, que indicam propriedades potenciais para “escapar à imunidade”, continua.
O surgimento em 2020 de variantes com risco agravado levou a OMS a caracterizá-las como “de interesse” ou “preocupantes”, adotando as letras do alfabeto grego para nomeá-las e facilitar a sua identificação para o público em geral.
Quatro foram classificadas pela OMS como “preocupantes”, incluindo a Alfa (presente em 193 países) e a Delta (170 países – em Portugal tem uma prevalência de 100%), e outras cinco como “de interesse”, caso da Mu.
Essa última foi detetada pela primeira vez na Colômbia em janeiro e, desde então, noutros países sul-americanos e europeus. “Embora a prevalência global da variante Mu entre os casos sequenciados tenha diminuído e atualmente seja inferior a 0,1%, a sua prevalência na Colômbia (39%) e no Equador (13%) aumentou constantemente”, disse a OMS.
A “epidemiologia da variante Mu na América do Sul,” nomeadamente em circulação ao mesmo tempo que a variante Delta, “será monitorizada” para que seja possível detetar eventuais alterações, frisou.
https://zap.aeiou.pt/oms-vigia-mu-variante-colombia-equador-428547