Mais de 200 revistas médicas e científicas de todo o mundo publicaram, esta segunda-feira, num editorial conjunto, um apelo aos líderes internacionais para que tomem medidas urgentes para combater a crise climática.
O texto pede aos decisores políticos que acelerem uma transformação das sociedades para padrões de desenvolvimento mais sustentáveis que possam restaurar a biodiversidade, limitar o aumento da temperatura e proteger a saúde.
Os autores esperam que a mensagem seja ouvida na próxima Assembleia-geral da ONU, que terá início a 21 de setembro, a última grande reunião global antes da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia, em novembro.
De acordo com o editorial de mais de 220 publicações, este é um momento crucial para o planeta porque, embora a pandemia da covid-19 esteja agora a monopolizar esforços e recursos, a maior ameaça para a saúde pública mundial no futuro é a incapacidade de cumprir a meta estabelecida no Acordo de Paris pelos líderes mundiais, ou seja, limitar o aumento da temperatura a 1,5º Celsius.
A carta congratula-se com os progressos alcançados na redução das emissões de gases com efeito de estufa e na implementação de políticas de conservação, mas salienta que estas são insuficientes, uma vez que devem ser acompanhadas de planos credíveis a curto e longo prazo.
“A ação urgente sobre o clima e a crise natural não pode esperar pela pandemia”, de acordo uma declaração divulgada pela UK Health Alliance for Climate Change (Aliança Britânica para as Alterações Climáticas, UKHACC), organismo que coordenou a publicação conjunta do editorial.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, concordou que os riscos colocados pelo aumento da temperatura global induzido pelo homem podem “diminuir os colocados por qualquer doença”.
“A pandemia da covid-19 vai acabar, mas não há vacina para as alterações climáticas. O relatório do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) mostra que cada pequeno aumento de temperatura coloca a nossa saúde e o nosso futuro em risco. Do mesmo modo, cada medida que limita as emissões e o aquecimento aproxima-nos de um futuro mais seguro e saudável”, disse Ghebreyesus, na declaração do UKHACC.
O editorial argumenta que a cooperação global só será possível se os países mais ricos fizerem mais esforços “para reduzir o consumo e apoiar o resto do mundo“, aumentando ao mesmo tempo a contribuição financeira para a causa, de acordo com o compromisso de contribuir com 100 mil milhões de dólares (84 milhões de euros) por ano.
Este dinheiro, diz o texto, devia ter a forma de subvenções e não de empréstimos, e ser acompanhado pela anulação de dívidas maiores, o que limita a capacidade de ação dos países mais pobres.
“Embora os países de rendimentos baixos e médios tenham historicamente contribuído menos para as alterações climáticas, suportam os efeitos adversos de forma desproporcionada, incluindo na saúde”, indicou o diretor do East Africa Medical Journal, Lukoye Atwoli, e um dos 19 coautores do editorial.
A diretora do British Medical Journal, Fiona Godlee, também disse acreditar que “2021 deve ser o ano em que o mundo muda de rumo” porque “a saúde depende disso”.
“Os profissionais de saúde têm estado na vanguarda da crise da covid-19. E estão unidos na advertência de que exceder 1,5ºC e permitir a destruição contínua da natureza trará a próxima crise, uma crise muito mais letal“, disse.
Esta urgência é, ao mesmo tempo, uma das “maiores oportunidades” que a Humanidade tem “para promover o bem-estar das pessoas em todo o mundo”, acrescentou o diretor da revista Lancet, Richard Horton.
“A comunidade da saúde deve fazer mais para levantar a sua voz crítica e responsabilizar os líderes políticos pelas suas ações para manter a temperatura global abaixo dos 1,5ºC”, sublinhou.
https://zap.aeiou.pt/publicacoes-medicas-medidas-urgentes-crise-climatica-429694
A educação de centenas de milhões de crianças está em risco de colapso devido a uma série de ameaças, incluindo a pandemia de covid-19 e a crise climática, revelou um relatório divulgado esta segunda-feira.
A Organização das Nações Unidas (ONU), citada pelo Guardian, estima que, pela primeira vez na história, cerca de 1,5 mil milhões de crianças estiveram fora da escola durante a pandemia, com pelo menos um terço incapaz de aceder ao ensino à distância.
O relatório da Save the Children, esta segunda-feira publicado, revelou que os sistemas escolares de um quarto dos países do mundo – a maioria na África Subsaariana – correm alto extremo ou extremo de colapso. Há oito países nesta última categoria, incluindo a República Democrática do Congo, a Nigéria, a Somália e o Afeganistão.
Na análise verificou-se a vulnerabilidade dos sistemas escolares como resultado de uma série de fatores – cobertura de vacinação contra o coronavírus, crise climática e ataques físicos, entre outros -, constatando que 40 países – como Iémen, Burkina Faso, Índia, Filipinas e Bangladesh – têm um alto risco de colapso.
“Já sabemos que as crianças mais pobres são as que mais sofreram com o encerramento das escolas por causa da covid-19. Infelizmente, a covid-19 é apenas um dos fatores que colocam a educação – e a vida das crianças, hoje e amanhã – sob ameaça”, disse Gwen Hines, diretora executiva da Save the Children no Reino Unido.
“Precisamos aprender com essa experiência terrível e agir agora (…) Precisamos construir ‘para a frente’ e de forma diferente, usando isso como uma oportunidade de esperança e mudança positiva”, continuou.
Segundo a Unicef, devido à covid-19, mais de 100 milhões de crianças permanecem fora das salas de aula, em 16 países. Entre 10 e 16 milhões correm o risco de não voltar à escola. O diretor global de educação da organização, Rob Jenkins, disse que mesmo antes da pandemia, grande parte do mundo vivia uma crise de aprendizagem.
“Agora corremos o risco de perder uma geração de alunos”, com “implicações para a vida toda, a menos que avancemos para programas de recuperação que ofereçam apoio total e abrangente às crianças – não apenas para o seu aprendizado, mas também para a sua saúde mental, suporte nutricional” e “proteção”, sublinhou.
https://zap.aeiou.pt/estudo-educacao-colapso-paises-mundo-429534
O Dia da Independência do Brasil assinala-se hoje e há marchas de apoio a Bolsonaro um pouco por todo o país. Líderes estrangeiros e políticos dentro do próprio Brasil receiam uma possível insurreição semelhante à de Janeiro nos Estados Unidos.
Dia 7 de Setembro assinala a independência do Brasil de Portugal, mas as comemorações este ano vão ser diferentes, com as marchas convocadas por apoiantes de Jair Bolsonaro um pouco por todo o país.
Sinop, no estado do Mato Grosso, é uma das das cidades que vai receber as marchas marcadas para esta terça-feira e não é difícil encontrar por lá apoiantes do Presidente brasileiro – quase 80% dos eleitores das presidenciais de 2018 votaram em Bolsonaro, escreve o The Guardian.
“Ele é o Presidente do povo“, afirmou Marcos Watanabe, presidente da associação conservadora de Sinop, ao jornal inglês. Já Redivo, outro apoiante, promete que “vai ser a maior demonstração que o Brasil já viu” e que pelo menos 20 autocarros com Bolsonaristas vão sair de Cuiabá, capital do Mato Grosso, em direcção a Brasília.
Jair Bolsonaro já se mostrou adepto de Donald Trump, tendo elogiado o seu “belíssimo e corajoso” discurso contra o “fascismo de extrema-esquerda” a 4 de Julho de 2020, data que assinala a independência americana.
O líder brasileiro também já tinha congratulado a política externa de Trump e a sua “determinação de seguir trabalhando, junto com o Brasil e outros países, para restaurar a democracia na Venezuela”.
À semelhança de Trump, Bolsonaro defende também que o voto electrónico leva à fraude eleitoral, tendo mesmo chegado a acusar membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participarem numa conspiração para mudar os resultados das eleições presidenciais.
Perante a rejeição da Câmara dos Deputados de um projecto de lei que pretendia instituir o voto impresso no país, Bolsonaro presidiu a um desfile militar de cerca de 40 carros blindados, tanques, camiões e jipes da marinha no Palácio do Planalto, sede do Executivo, do Congresso brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro também já se confessou admirador da ditadura militar brasileira, tendo afirmado que “quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas” e que o governo era “um pouco diferente do que temos hoje, mas de muita responsabilidade com o futuro do país”.
O desgaste do país com a gestão de Bolsonaro da pandemia também não traz bons agoiros. O Presidente brasileiro começou por desvalorizar a covid-19, referindo-se à doença como uma “gripezinha” ou quando, poucos dias depois, disse não ser “coveiro” em resposta a questões sobre as cerca de 2.575 mortes no Brasil na altura. Esse número já chegou agora a mais de 580 mil pessoas.
Uma sondagem da Datafolha de Março mostrou que 54% dos inquiridos consideram má ou péssima a gestão de Bolsonaro no combate à pandemia e que apenas 22% fizeram uma avaliação positiva. Já outra sondagem do site PoderData aponta que a aprovação do governo de Bolsonaro é de apenas 27% e que o trabalho do Presidente é rejeitado por 55% dos inquiridos.
As últimas sondagens para as presidenciais do próximo ano também não têm sido favoráveis ao Presidente brasileiro. Um inquérito de Junho do IPEC, citado no jornal O Estado de São Paulo, mostra que o ex-Presidente de esquerda, Lula da Silva, tem 49% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro não passa dos 23%, o que abre a porta a uma possível derrota do actual líder logo na primeira volta.
Uma outra sondagem do Instituto Datafolha mostra que numa possível segunda volta, Lula venceria com 58% dos votos, contra 31% de Bolsonaro, escreve a Folha de São Paulo. Outro inquérito do Datafolha tinha também concluído que Lula, com 35% das intenções de voto contra 34% de Bolsonaro, era mais popular entre os evangélicos, que é uma das bases de apoio mais importantes do actual Presidente.
A divisão na população; as suspeitas de corrupção com compras de imóveis ou com o negócio da vacina Covaxin; o caso da divulgação de dados confidenciais da Polícia Federal, a saída de muitos dos seus aliados iniciais do governo, como Sérgio Moro, Gustavo Bebianno ou Joice Hasselmann; a inspiração em Donald Trump – tudo isto está a gerar um clima tenso e receios de uma possível tentativa de golpe de estado.
Mais de 5.000 polícias vão ser chamados para proteger o Congresso, os líderes esquerdistas aconselharam os seus apoiantes a não criar contra-manifestações e a embaixada norte-americana alertou os cidadãos residentes no país para que não se envolvessem, escreve o The Guardian. Haverá também monitorização por parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
O principal juiz do Supremo Tribunal, Luiz Fux, também já avisou que as pessoas têm de ter consciência “das consequências judiciais dos seus actos” e que a “liberdade de expressão não abrange violência e ameaças”.
Vários líderes políticos ou intelectuais de 26 países – incluindo José Luis Rodriguez Zapatero, Ernesto Samper, Noam Chomsky, Cornel West, Adolfo Pérez Esquivel, Yanis Varoufakis, Jeremy Corbyn, Jean Luc Melanchon e vários congressistas e deputados de países como os EUA, a Grécia ou a Austrália – escreveram também uma carta mostrando-se preocupados com a situação no Brasil.
O texto lembra também as ameaças do Presidente de adiar as eleições de 2022 e que a 10 de Agosto “dirigiu um desfile militar sem precedentes pela capital, Brasília, enquanto seus aliados no Congresso promoviam reformas radicais no sistema eleitoral do país, considerado um dos mais confiáveis do mundo”.
“Estamos seriamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil – e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois de 7 de Setembro. O povo brasileiro tem lutado por décadas para proteger a Democracia de um regime militar. Bolsonaro não deve ter permissão para roubá-la agora”, remata o documento, citado pela Folha.
https://zap.aeiou.pt/apoio-bolsonaro-geram-medo-429456
Um software da rede social Facebook foi desativado, depois de ter identificado um vídeo com pessoas negras com o tópico “primatas”. A empresa pediu desculpa e vai analisar o sucedido, naquele que é mais um episódio de erro de programação relacionado com o reconhecimento facial de pessoas não brancas.
Um porta-voz do Facebook reconheceu que se tratou de “um erro claramente inaceitável” e disse que o software de recomendação envolvido foi retirado da rede social. “Pedimos desculpa a todos aqueles que possam ter visto estas recomendações ofensivas”, disse o Facebook em resposta a uma pergunta da AFP.
“Desativámos toda a funcionalidade de recomendação de tópicos assim que nos apercebemos que isto estava a acontecer para podermos investigar a causa e evitar que isto volte a acontecer”. Vários softwares de reconhecimento facial têm sido muito criticados por defensores dos direitos civis, que apontam problemas de exatidão, particularmente no que diz respeito a pessoas que não são brancas.
Este caso foi espoletado por um vídeo de tabloide britânico Daily Mail com homens negros, onde era mostrada uma mensagem automática a perguntar se o utilizador gostaria de “continuar a ver vídeos sobre Primatas”. O vídeo de junho de 2020 em questão tinha o título “Homem branco chama polícias devido a homens negros na marina”.
Uma captura de ecrã da recomendação foi partilhada no Twitter pelo antigo gestor de design de conteúdos do Facebook Darci Groves. “Esta mensagem de ‘continuar a ver’ é inaceitável”, disse Groves, apontando a mensagem a antigos colegas no Facebook.
https://zap.aeiou.pt/facebook-homens-negros-primatas-429424
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Os teóricos da conspiração ocasionalmente surgem com ideias interessantes e provocativas. Um bom exemplo recente é a “Teoria da Internet Morta”.
Esta teoria afirma que a Internet como a conhecemos morreu em algum momento entre 2016 e 2017, de acordo com o The Atlantic. No entanto, isso não significa que a Internet tenha desaparecido necessariamente. Em vez disso, a maioria das “pessoas” que vemos online fazendo coisas como publicar conteúdo, postar atualizações nas redes sociais e comentar são, na verdade, bots.
Um dos posts mais populares que explicam a teoria vem do fórum online Agora Road’s Macintosh Cafe. Em janeiro de 2021, um usuário chamado IlluminatiPirate criou um tópico no site intitulado “Dead Internet Theory: Most of the Internet is Fake” (Teoria de Internet Morta: A Maior Parte da Internet é Falsa). Ele analisa quanto da Internet agora é criada e gerenciada pela Inteligência Artificial (IA) e é preenchida com bots.
IlluminatiPirate disse:
“Eu vi os mesmos tópicos, as mesmas fotos e as mesmas respostas postadas repetidamente ao longo dos anos, a ponto de eu considerar isto normal.”
Por trás da morte da Internet estão as corporações que trabalham em conjunto com o governo para fazer propaganda e coagir os usuários reais a comprar produtos. Afinal, é preciso haver mestres de marionetes sombrios puxando os cordelinhos.
IlluminatiPirate escreveu no tópico:
“Acho que é totalmente óbvio o que estou sugerindo sutilmente aqui, dada essa configuração. O governo dos EUA está engajado em uma manipulação movida por inteligência artificial para toda a população mundial.”
Seria verdade?
Como acontece com qualquer boa teoria da conspiração, há elementos de verdade apimentados em toda esta. Por um lado, não há como negar que a Internet de hoje é totalmente diferente do que era apenas alguns anos atrás.
À medida que os algoritmos ficam mais sofisticados, o mundo online se torna mais organizado e agregado aos caprichos de um punhado de corporações (se tanto). O que vemos online, então, geralmente é o resultado de IA e algoritmos direcionados – em última análise, levando os usuários cada vez mais longe de experiências “orgânicas”. É solitário e, francamente, assustador.
Mas os usuários também podem se animar com o fato de que muito do conteúdo que consomem online, de memes a TikToks e tweets agravantes, ainda está sendo criado por pessoas reais … por enquanto.
https://www.ovnihoje.com/2021/09/06/assustadora-teoria-da-conspiracao-diz-que-a-internet-morreu-anos-atras/
A NASA concluiu os testes finais do telescópio espacial James Webb e agora está preparando-o para o transporte até o local de lançamento em Kourou, na Guiana Francesa.
Webb é o sucessor da NASA para o envelhecido telescópio espacial Hubble. O trabalho neste telescópio começou em 1996. Naquela época, era chamado de telescópio espacial da próxima geração. Previa-se que custasse $ 500 milhões de dólares e foi definido para lançamento em 2007.
Webb é o observatório de ciências espaciais mais complexo do mundo. Ele consiste em um espelho de 6,5 metros e um protetor solar do tamanho de uma quadra de tênis, todos os quais serão dobrados no cone de um foguete Ariane 5 da Agência Espacial Europeia para lançamento no final deste ano.
Garantir que ele se desenrole corretamente uma vez no espaço gerou um grande número de desafios técnicos, e isso levou a muitos atrasos e a um orçamento que disparou para cerca de US $ 10 bilhões.
Agora, com a conclusão bem-sucedida do conjunto final de testes, não há mais nada a fazer a não ser lançar o telescópio e ver se tudo funciona como planejado.
Depois de lançado, o Webb levará cerca de um mês para voar até sua órbita final, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros de distância da Terra.
https://www.ovnihoje.com/2021/09/06/telescopio-que-podera-encontrar-vida-alienigena-esta-pronto-para-ser-lancado/
Mais de 5 mil quilômetros abaixo de nós, o núcleo interno de metal sólido da Terra não havia sido descoberto até 1936.
Quase um século depois, ainda estamos lutando para responder a perguntas básicas sobre quando e como ele se formou pela primeira vez.
Não são quebra-cabeças fáceis de resolver.
Não podemos coletar amostras diretamente do núcleo interno, então o segredo para desvendar seus mistérios está na colaboração entre sismólogos, que indiretamente obtêm amostras por meio de ondas sísmicas, geodinamicistas, que criam modelos de sua dinâmica, e físicos minerais, que estudam o comportamento das ligas de ferro em altas pressões e temperaturas.
Combinando essas disciplinas, os cientistas chegaram a uma pista importante sobre o que está acontecendo a quilômetros abaixo de nossos pés.
Em um novo estudo, eles revelam como o núcleo interno da Terra está crescendo mais rápido de um lado do que do outro, o que pode ajudar a explicar a idade do núcleo interno e a história intrigante do campo magnético da Terra.
O núcleo da Terra foi formado bem no início da história de 4,5 bilhões de anos do nosso planeta, nos primeiros 200 milhões de anos.
A gravidade puxou o ferro mais pesado para o centro do jovem planeta, deixando os minerais rochosos de silicato para formar o manto e a crosta.
A formação da Terra reteve muito calor dentro do planeta.
A perda desse calor e o aquecimento pelo decaimento radioativo contínuo têm impulsionado a evolução do nosso planeta.
A perda de calor no interior da Terra impulsiona o intenso fluxo de ferro líquido no núcleo externo, que cria o campo magnético da Terra.
Enquanto isso, o resfriamento no interior profundo da Terra ajuda a fornecer energia às placas tectônicas, que moldam a superfície do nosso planeta.
Conforme a Terra esfriou com o tempo, a temperatura no centro do planeta acabou caindo abaixo do ponto de fusão do ferro em pressões extremas, e o núcleo interno começou a se cristalizar.
Hoje, o raio do núcleo interno continua a crescer cerca de 1 mm a cada ano, o que equivale à solidificação de 8 mil toneladas de ferro fundido a cada segundo.
Em bilhões de anos, esse resfriamento acabará fazendo com que todo o núcleo se torne sólido, deixando a Terra sem seu campo magnético protetor.
Pode-se supor que essa solidificação crie uma esfera sólida homogênea, mas não é o caso.
Na década de 1990, os cientistas perceberam que a velocidade das ondas sísmicas que viajam pelo núcleo interno variava de forma inesperada.
Isso sugeria que algo assimétrico estava acontecendo no núcleo interno.
Especificamente, as metades leste e oeste do núcleo interno mostraram diferentes variações de velocidade de onda sísmica.
A parte leste do núcleo interno está abaixo da Ásia, do Oceano Índico e do Oceano Pacífico ocidental, enquanto a parte oeste encontra-se sob as Américas, o Oceano Atlântico e o Pacífico oriental.
O novo estudo analisou esse mistério, usando novas observações sísmicas combinadas com modelagem geodinâmica e estimativas de como ligas de ferro se comportam em alta pressão.
Eles descobriram que o núcleo interno oriental localizado abaixo do Mar de Banda da Indonésia está crescendo mais rápido do que o lado ocidental abaixo do Brasil.
Você pode imaginar esse crescimento desigual como tentar fazer sorvete em um freezer que só funciona de um lado: cristais de gelo se formam apenas no lado do sorvete em que o resfriamento é eficaz.
Na Terra, o crescimento desigual é causado pelo resto do planeta sugando calor mais rapidamente de algumas partes do núcleo interno do que de outras.
Mas, diferentemente do sorvete, o núcleo interno sólido está sujeito a forças gravitacionais que distribuem o novo crescimento uniformemente por meio de um processo de fluxo gradual, que mantém a forma esférica do núcleo interno.
Isso significa que a Terra não corre o risco de tombar, embora esse crescimento desigual seja registrado nas velocidades das ondas sísmicas no núcleo interno do nosso planeta.
Essa abordagem poderia nos ajudar a entender, então, quantos anos o núcleo interno pode ter?
Quando os pesquisadores compararam suas observações sísmicas com seus modelos de fluxo, eles descobriram que é provável que o núcleo interno — no centro de todo o núcleo que se formou muito antes — tenha entre 500 milhões e 1.500 milhões de anos.
De acordo com o estudo, a extremidade mais jovem dessa faixa etária é a que corresponde melhor, embora a mais velha corresponda a uma estimativa feita medindo as mudanças na força do campo magnético da Terra.
Qualquer que seja o número correto, é claro que o núcleo interno é relativamente jovem, com algo entre um nono e um terço da idade da Terra.
Este novo trabalho apresenta um novo modelo poderoso do núcleo interno.
No entanto, uma série de suposições físicas que os autores fizeram teriam que ser verdadeiras para que isso esteja correto.
Por exemplo, o modelo só funciona se o núcleo interno consiste de uma fase cristalina específica de ferro, sobre a qual há alguma incerteza.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
E nosso núcleo interno irregular torna a Terra incomum?
Na verdade, muitos corpos planetários têm duas metades que são de alguma forma diferentes uma da outra.
Em Marte, a superfície da metade norte é mais baixa, enquanto a metade sul é mais montanhosa.
A crosta da face visível da Lua é quimicamente diferente do lado que está mais distante.
Em Mercúrio e Júpiter, não é a superfície que é irregular, mas o campo magnético, que não forma uma imagem espelhada entre o norte e o sul.
Portanto, embora as causas de todas essas assimetrias variem, a Terra parece estar bem acompanhada como um planeta ligeiramente assimétrico em um sistema solar de corpos celestes desiguais.
https://www.ovnihoje.com/2021/09/06/o-nucleo-da-terra-esta-crescendo-mais-de-um-lado-do-que-do-outro/
Por exemplo, desde 2007 os pesquisadores têm recebido sinais de rádio ultra-poderosos e ultra brilhantes que duram apenas alguns milissegundos. Esses flashes enigmáticos foram chamados de rajadas rápidas de rádio (FRBs) e parecem vir de bilhões de anos-luz de distância.
Cientistas receberam recentemente um FRB repetido que piscou seis vezes consecutivas o segundo sinal desse tipo já visto. Até agora temos apenas especulações sobre sua verdadeira origem mas alguns cientistas acreditam que sejam sinais de uma civilização tecnologicamente avançada. E novamente temos um novo mistério especial, um estranho objeto apelidado de 'O Acidente' que atravessa a Via Láctea há 10 bilhões de anos.
Objeto Misterioso Na Via Láctea
Não é uma estrela ou um planeta mas sobe pela Via Láctea muito mais perto do que pensávamos. Os astrônomos foram capazes de ver em detalhes um objeto misterioso na Via Láctea conhecido como "O Acidente" e descobriram que é ainda mais intrigante do que estudos anteriores indicaram.
O acidente não é uma estrela (já que seu brilho fraco não mostra a fusão nuclear alimentando o objeto), e também não é um planeta. De acordo com um estudo publicado em 30 de junho na revista científica The Astrophysical Journal Letters o acidente é uma mistura entre uma classe rara de objetos conhecida como anã marrom ou estrela falhada. As anãs marrons podem ser até 80 vezes maiores que Júpiter, mas normalmente contêm apenas uma pequena fração da massa do Sol da Terra de acordo com a Enciclopédia Britânica.
Os astrônomos suspeitam que esses objetos começam a vida como estrelas mas não acumulam massa suficiente para sustentar a fusão nuclear em seus núcleos, em vez disso as anãs marrons resfriam e escurecem lentamente ao longo de milhões ou bilhões de anos até se tornarem nada mais do que brasas vermelhas ou roxas. Embora as anãs marrons sejam muito fracas para serem vistas a olho nu, os cientistas detectaram cerca de 2.000 desses objetos.na Via Láctea usando telescópios infravermelhos, como o Near-Earth Object Infrared Survey Explorer (NEOWISE) da NASA. O acidente apareceu em um desses estudos do NEOWISE quando um astrônomo amador detectou o objeto mergulhando na tela (esta descoberta acidental deu ao objeto o seu apelido).
O acidente intrigou os cientistas após sua surpreendente descoberta; Não parecia uma anã marrom típica. O objeto parecia fraco em alguns comprimentos de onda infravermelho, sugerindo que poderia ser uma anã marrom velha muito fria, mas parecia brilhante em outros comprimentos de onda indicando que era uma anã marrom jovem e quente.
"Este objeto desafiou todas as nossas expectativas ", disse o autor do estudo Davy Kirkpatrick, astrofísico do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) em um comunicado .
Esta contradição intrigou os astrônomos, levando a uma "caça" inteira para examinar o objeto ilógico com os telescópios espaciais Hubble e Spitzer da NASA, bem como o telescópio infravermelho do Observatório WM Keck no Havaí. Com esses dados adicionais, os pesquisadores descobriram que o acidente é ainda mais estranho do que se acreditava.
Sem explicação
Por um lado, ele se move rápido. Localizado a cerca de 50 anos-luz da Terra o acidente está se aproximando de nossa galáxia a cerca de 800.000 km / h, o que é muito mais rápido do que uma anã marrom típica. De acordo com os astrônomos, esse fato provavelmente significa que O Acidente é muito antigo e foi puxado pela gravidade de objetos maiores por bilhões de anos, acelerando seu movimento.
Os elementos da atmosfera do objeto também são intrigantes. Com base nos comprimentos de onda da luz infravermelha emitida pelo Acidente os astrônomos descobriram que o objeto tem pouco metano um gás comum nas anãs marrons com temperaturas semelhantes às do Acidente, escreveu a equipe. Como o metano é composto de hidrogênio e carbono, uma escassez de metano sugere que o objeto se formou inicialmente entre 10 e 13 bilhões de anos atrás quando a Via Láctea era preenchida quase inteiramente com hidrogênio e hélio mas com pouco carbono.
Para os cientistas todos esses dados sugerem que o acidente pode ser uma anã marrom excepcionalmente velha e incrivelmente fria que se formou quando a galáxia era pobre em metano tornando o objeto mais do que o dobro da idade média de todas as outras anãs.
"Não é uma surpresa encontrar uma anã marrom tão velha, mas é uma surpresa encontrar uma em nosso quintal", disse o co-autor do estudo Federico Marocco, astrofísico da Caltech. “Esperávamos que as anãs marrons dessa idade existissem, mas também esperávamos que fossem incrivelmente raras. A possibilidade de encontrar um tão perto do sistema solar pode ser uma feliz coincidência ou nos diz que eles são mais comuns do que pensamos."
No entanto, os pesquisadores não têm mais informações para saber realmente o que é o misterioso objeto da Via Láctea. Além disso deve-se dizer que ultimamente estão aparecendo objetos estranhos que desafiam toda a lógica e racionalidade. No final do ano passado, um estranho corpo espacial denominado 2020 SO alcançou 51.000 quilômetros da Terra. Os astrônomos coletaram imagens e dados mas encontraram algo nunca visto antes, então não foram capazes de identificá-lo. Nenhuma agência espacial conseguiu identificá-lo a única coisa que se sabia é que era de origem artificial. E em 2018, uma das luzes de raios-X mais brilhantes do céu escureceu e os cientistas ainda não sabem ao certo por quê.
Em outras palavras, um objeto enorme e misterioso se interpôs entre a fonte de luz e o telescópio de raios X Swift que monitorava o objeto, obscurecendo a visão do telescópio. Novamente encontramos outro mistério que é difícil de explicar uma vez que poderíamos encontrar evidências de naves de uma civilização avançada.
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