Em Apocalipse 14 encontramos uma estrutura proléptica, na qual primeiro é descrito o grupo dos 144 mil (versos 1-5), para então serem mencionadas as três mensagens angélicas responsáveis pela origem desse grupo (versos 6-12). Tanto a proclamação das mensagens quanto a formação do grupo são descritas como ocorrendo no período final da história humana, que antecede a segunda vinda de Cristo e o juízo final (versos 14-20).
Nesse contexto, os 144 mil aparecem como a última geração dos verdadeiros adoradores de Deus (verso 7), que “guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (verso 12), em contraste com aqueles que adoram “a besta e a sua imagem” e recebem “a sua marca na fronte ou sobre a mão” (versos 9-11).
O fato de Apocalipse 7:1-8 mencionar o mesmo grupo de 144 mil como sendo formado “de todas as tribos dos filhos de Israel” (verso 4) tem levado alguns comentaristas a sugerir que esse grupo será formado por judeus literais, em cumprimento a certas promessas do Antigo Testamento para com a nação de Israel. Essa interpretação carece, no entanto, de base bíblica e de fundamentação histórica, pois (1) as tribos mencionadas em Apocalipse 7:1-8 não são exatamente as mesmas que aparecem na promessa de Ezequiel 48:1-8, 23-29 (ver também Gn 49:1-28); (2) seria praticamente impossível reunir ainda hoje “doze mil pessoas de cada tribo de Israel, uma vez que tais distinções tribais desapareceram quase que em sua totalidade, devido à deportação compulsória e miscigenação das tribos do norte (ver II Rs 17); e (3) no Novo Testamento a salvação “em Cristo” desfaz toda e qualquer distinção étnica (ver Gl 3:26-29). Diante disso, somos levados à conclusão de que os 144 mil serão formados pela última geração do povo remanescente de Deus, também chamado de Israel espiritual (ver Rm 9:6-8; I Pe 2:9 e 10).
Uma vez que as doze tribos de Apocalipse 7 devem ser interpretadas simbolicamente, surge a indagação: podemos entender o seu número como literal? Embora alguns comentaristas o façam, existe uma forte tendência de ver nessa multiplicação de 12 vezes 12.000 (= 144.000) apenas um símbolo da totalidade de componentes da última geração dos salvos que estarão vivos por ocasião da volta de Cristo.
*O pastor Alberto Timm é PhD em Teologia e diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White do Brasil.
Fonte: http://www.adventistas.com/abril2006/timm_144mil.htm
Um terremoto de 6,6 de magnitude deixou pelo menos cem mortos na província de Sichuan, sudoeste da China.
O tremor bloqueou estradas, destruiu prédios e
levou a um corte no fornecimento de energia elétrica na região do
condado de Lushan, deixando centenas de feridos, segundo a imprensa
estatal do país.Cerca de 6 mil soldados e policiais foram enviados para a região para ajudar nas operações de resgate no epicentro do terremoto, a cerca de 115 quilômetros a oeste da capital da província, Chengdu.
O novo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, viajou para a região para supervisionar as equipes de resgate.
Um grande terremoto atingiu Sichuan em 2008 e causou pelo menos 90 mil mortes e deixou 5 milhões de pessoas desabrigadas.
Pouca profundidade
Especialistas afirmaram que o tremor ocorreu a apenas 12 quilômetros abaixo da superfície da terra, uma profundidade pequena que geralmente indica grandes danos.Imagens aéreas de Lushan mostraram imagens de prédios que desabaram ou ficaram sem o telhado.
Não há energia elétrica, fornecimento de água ou telefones funcionando na região.
Na capital da província de Sichuan, Chengdu, os moradores sentiram o terremoto e saíram correndo para as ruas enrolados em cobertores.
Aaron Ozment, que mora na cidade, disse à BBC que ocorreu uma grande confusão na cidade.
"Joguei algumas roupas rapidamente (em uma mala) e corri para o pátio do complexo (onde moro). Fazer telefonemas era quase impossível, todo mundo estava tentando entrar em contato com todo mundo que conhecia", afirmou.
Os moradores da cidade mais próxima do epicentro, Ya'an, sentiram o terremoto principal e os tremores secundários, mas a cidade não parece ter sofrido danos mais graves.
Antes de viajar, o novo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, foi entrevistado pela agência de notícias estatal Xinhua.
"A questão mais urgente é conseguir agir nas primeiras 24 horas depois da ocorrência do tremor, o tempo ideal para salvar vidas", afirmou.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/04/130420_terremoto_china_fn.shtml