A missão Hera testará se a deflexão pode salvar a humanidade de um asteroide
nocivo. Durante a missão de 320 milhões de dólares, a ESA e a NASA
enviarão um par de naves espaciais para um sistema de asteroide duplo
chamado Didymos.
A NASA primeiro colidirá a sua sonda DART no asteroide menor (Didymoon) a
uma velocidade de cerca de 21 mil km/h. Este evento será registado por
um cubesat italiano chamado LICIACube. Posteriormente, chegará a
missão Hera, para mapear a cratera de impacto e medir a massa do
asteroide.
Esta nave Hera carregará dois CubeSats que podem
voar extremamente perto da superfície do asteroide antes de pousar. As
naves espaciais, do tamanho de uma mala, irão agir como drones, captando
dados vitais sobre a cratera de impacto e fornecendo dados aos
cientistas, incluindo a massa do asteroide que os ajudará a deduzir a
sua composição.
O objetivo, segundo a ESA, é “transformar a deflexão de asteroides numa técnica de defesa planetária bem conhecida”.
NASA e ESA juntas para criar escudo defletor
Como Didymoon orbita o seu companheiro maior (como uma espécie de
satélite natural), os cientistas devem poder medir o efeito do DART na
sua trajetória, mesmo que seja muito pequeno. O asteroide menor é do
tamanho do Coliseu em Roma, portanto poderia destruir uma cidade inteira
se colidisse com a Terra.
Nunca o homem desviou um asteroide
Apesar de tudo bem delineado, trata-se de uma missão bastante
complicada. Isto porque os asteroides ainda são relativamente pequenos e
nenhuma nave espacial já voou para estes minúsculos corpos espaciais
antes.
Embora uma colisão de asteroides seja um evento bastante improvável,
na verdade, é evitável, ao contrário de um terramoto ou explosão
vulcânica.
Nós realmente precisamos seguir cuidadosamente [cerca de 2.000 objetos próximos à Terra] para não participar da coleção de dinossauros maravilhosos aqui em Berlim.
Referiu Holger Sierks, pesquisador do Instituto Max Planck, ao Space.com no início deste mês.
Asteroides exigem medidas desafiantes
A Missão Hera da ESA irá a um lugar muito estranho. Voará até um
asteroide de 780 metros que tem a sua própria lua, uma outra rocha de
160 metros, que orbita a 1,2 km de distância.
Dito assim pode não ter o impacto desejado devido a uma questão de
escala. Contudo, se comprarmos o par de asteroides Didymos ao lado da
Torre Eiffel, a compreensão será outra.
Portanto, vamos ter de esperara até 2022 para assistir à sonda DART a
colidir com o asteroide menor para mudar a sua órbita. Posteriormente,
em 2026 será a vez da Hera chegar a Didymoon, o que deverá melhorar a
compreensão desta experiência espacial em larga escala.
Nave espacial Hera terá a bordo dois pequenos satélites em forma de cubo
Conforme foi referido em cima, os CubeSats são dois pequenos
satélites, em forma de mala, que irão estudar as características físicas
do asteroide. Nesse sentido, teremos outro dado novo, isto porque
Didymoon será o corpo natural mais pequeno alguma vez estudado por uma
missão espacial. Além disso, este será também o primeiro objeto no
espaço cuja órbita será mudada pelo homem.
A comparação dos asteroides com os monumentos das cidades europeias foi uma forma de celebrar a aprovação da missão.
Fonte: https://pplware.sapo.pt/ciencia/simulacao-da-esa-mostra-as-cidades-europeias-atingidas-por-asteroides/