Há uma teoria que prevê que daqui a milhares de milhões de
anos o Sol irá destruir o nosso planeta. No entanto, um cientista da
Universidade de Harvard afirma que a própria Humanidade vai morrer muito
antes desse evento.
O Sol queima 600 milhões de toneladas de hidrogénio e transforma-as
em hélio dentro do seu núcleo a cada segundo. Quando o núcleo fica
saturado, a estrela encolhe, fazendo com que as reações de fusão nuclear
dentro dela acelerem. É por isso que o Sol descarrega mais energia e
brilha cada vez mais.
A cada mil milhões de anos, o Sol torna-se 10% mais brilhante,
o que significa que dentro de 3,5 mil milhões de anos a nossa estrela
será capaz de ferver os oceanos da Terra, derreter as camadas de gelo e
matar toda a vida existente.
Os primeiros a serem engolidos pelo Sol são Mercúrio e
Vénus. Só depois, pouco antes de atingir o seu tamanho e luminosidade
máximos, engolirá a Terra.
Avi Loeb, presidente do Departamento de Astronomia
da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, propõe várias soluções para
evitar o iminente desaparecimento da Humanidade.
O seu plano é deslocar a Humanidade para outras partes do Universo
que sejam mais distantes do brilho vacilante do Sol. No entanto, o
cientista considera que os humanos têm de se tornar independentes dos planetas e satélites
existentes. Por isso, propõe o fabrico de “uma estrutura gigantesca
capaz de nos afastar para uma distância orbital a qualquer momento”.
Segundo o especialista, a Humanidade precisa de “ponderar a possibilidade de realizar viagens espaciais fora do Sistema Solar“. Uma vez assegurada uma forma de viajar para outros planetas e luas, o próximo passo seria fazer cópias geneticamente idênticas de humanos e de “flora e fauna” para plantar noutros planetas vivos.
“A solução de longo prazo para as nossas ameaças existenciais não é
manter todos os ovos numa única cesta”, resumiu, citado pela Sputnik News.
Ainda assim, Loeb não tem certezas de que a Humanidade vai
desaparecer por culpa de um Sol que se expande. “Estou inclinado a
acreditar que a nossa civilização desaparecerá como resultado de feridas autoinfligidas, muito antes que o Sol represente uma ameaça previsível”, escreveu num artigo publicado no Scientific American.
“Por que acredito nesta hipótese? Porque o silêncio morto que ouvimos
tão longe dos numerosos exoplanetas habitáveis pode indicar que as
civilizações avançadas têm vidas muito mais curtas do que as suas estrelas anfitriãs”, argumentou o cientista de Harvard.
Fonte: https://zap.aeiou.pt/humanidade-vai-autodestruir-sol-queimar-294390
Nenhum comentário:
Postar um comentário