Laureado nesta semana, físico suíço declarou que humanidade não deve
considerar ideia de colonizar outros mundos como plano B caso a Terra
seja arruinada.
Michel Mayor acaba de ser reconhecido com um Nobel graças aos trabalhos
realizados em 1995 que culminaram na descoberta do primeiro planeta em
outro sistema solar (um exoplaneta).
Utilizando instrumentos feitos sob medida em seu observatório no sul da
França, ele e seu aluno de doutorado Didier Queloz deram início a um
campo de estudos que já revelou mais de 4 mil exoplanetas — que
provavelmente ficarão para sempre fora de nosso alcance migratório.
Foi o que Mayor declarou esta semana, logo após aceitar as láureas. Ele
disse que os humanos precisam abandonar a perspectiva de se mudar para
outro planeta no caso de a vida se tornar impossível na Terra.
“É completamente louco”, afirmou a AFP o astrônomo suíço de 77 anos,
então professor da Universidade de Genebra. De lá para cá, os milhares
de exoplanetas descobertos marcaram uma revolução na astronomia moderna.
Junto de seu colega Queloz, Mayor trouxe para o universo da astrofísica
um estudo antes restrito às discussões dos filósofos: a possível
existência de outros mundos no universo.
Mas o cientista faz questão de deixar claro que pesquisa teórica é uma
coisa, já o sonho de colonização, é outra. “Se estamos falando sobre
exoplanetas, sejamos claros: não vamos migrar para lá.”
Na entrevista, o laureado frisou a importância de repensar o discurso de
que podemos conviver com a alternativa de juntar as tralhas e partir de
vez para outro sistema planetário, no caso de as coisas derem errado
aqui na Terra.
“Estamos falando de uma viagem centenas de milhões de dias usando os
meios disponíveis hoje. Devemos cuidar de nosso planeta, que é bonito e
continua absolutamente vivível”, disse. Vai ao contrário de certas
visões bem atuais.
Fonte: http://ufosonline.blogspot.com/
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