Nick Fuentes tem sido o nome mais mediático nos últimos dias. Mas o movimento de extrema-direita está a crescer claramente.
Florida
foi o palco, Nick Fuentes foi o protagonista. Numa conferência que
juntou apoiantes do “nacionalismo branco”, um dos rostos mais conhecidos
do movimento disse algo que o próprio admitiu, no momento, que não
deveria ter dito.
“Agora vão andar a falar sobre a Rússia e a
dizer que o Vladimir Putin é o Hitler – e dizem que isso não é uma coisa
positiva“, afirmou Nick, antes de se começar a rir.
“Eu não deveria ter dito isto. Não deveria ter dito isto. Claro que é uma comparação terrível”, corrigiu, ainda entre sorrisos.
Quem
também esteve no evento em Orlando – que contou com diversos apoiantes
de Putin – foi Marjorie Taylor Greene. A congressista republicana está
no centro das atenções dentro do Partido Republicano: os líderes têm
sido pressionados para expulsar Marjorie do partido.
Com ou sem
Marjorie, o grupo que apela à supremacia da raça branca ainda é pequeno
mas está a crescer de forma visível. São pessoas de extrema-direita que
protagonizam mensagens racistas e anti-semitas, destaca o portal Axios.
Há
outro aspecto que une os membros deste movimento: a ascendência
hispânica. O pai do próprio Nick Fuentes vem de família mexicana.
Já
em Janeiro de 2021, na invasão ao Capitólio, um dos líderes terá sido
Enrique Tarrio, que foi preso nesta terça-feira. Enrique, de família
cubana, também era líder de outro grupo extremista, os Proud Boys.
E a lista de casos violentos sobre negros, em que os criminosos foram brancos hispânicos, é longa, nos últimos anos.
É
uma movimentação ainda escassa, mas que tem crescido dentro da vasta
comunidade latina que vive nos Estados Unidos da América.
Há
três origens para estas posturas extremistas: os norte-americanos
hispânicos que se apresentam como “brancos”, a disseminação de
desinformação online e as constantes perspectivas anti-negras e
anti-semitas entre os latinos dos EUA (um assunto que raramente é
comentado na praça pública).
A História traz uma explicação para
este terceiro ponto: havia muitos escravos nos países da América
Latina, que arrastou preconceitos até hoje. E, mais recentemente,
discursos do antigo presidente Donald Trump “alimentaram” esses
preconceitos.
“A franja racista está a tentar tornar-se mais
popular“, avisou Brian Levin, director do Centro para o Estudo do Ódio e
Extremismo da Universidade do Estado da Califórnia.
Essa franja
racista tem em Nick Fuentes um dos nomes mais mediáticos. Nick, que
lidera um podcast, duvida do Holocausto e critica o casamento entre
pessoas de raças diferentes.
No entanto, os censos mais recentes
nos EUA demonstram um panorama diferente: ao longo da última década
cresceu muito o número de latinos que se apresentam como multi-raciais; e
desceu muito o número de latinos que se apresentam exclusivamente como
brancos.
Os
autores vão agora debruçar-se sobre o impacto cognitivo a longo prazo
da exposição ao chumbo e vão ter em conta as disparidades raciais.
A
exposição ao chumbo nos Estados Unidos durante a infância pode ter tido
um impacto muito maior e preocupante do que se pensava. De acordo com
um novo estudo publicado na PNAS, 54% dos adultos norte-americanos vivos em 2015 foram expostos a níveis perigosos de chumbo quando eram crianças.
A
investigação baseou-se em análises ao uso de gases com chumbo desde
1940 e combinou-as com dados sobre os níveis de chumbo no sangue desde
os meados dos anos 70.
Os resultados mostram que mais de 170
milhões de adultos têm assim um maior risco de doenças
neurodegenerativas, problemas mentais e doenças cardiovasculares,
escreve o Science Alert.
A
exposição ao chumbo nunca é segura, mas tem consequências ainda mais
graves nas crianças, causando problemas comportamentais e atrasando o
desenvolvimento do cérebro. Os cientistas estimam que, no total, o
chumbo tenha reduzido o QI cumulativo da nação em 824 milhões de pontos,
quase três pontos por pessoa.
Este valor refere-se apenas à média, já que aqueles que nasceram nas décadas de 60 e 70, quando o uso do gás com chumbo
era maior, podem ter sofrido uma quebra de entre seis a sete pontos,
visto que a sua exposição era oito vezes superior aos limites de saúde
actuais.
Desde que o governo dos EUA proibiu a venda de gasolina com chumbo
em 1996 que a exposição na infância tem caído, mas os efeitos ainda se
notam em muitos cidadãos. As crianças nascidas depois de 1996 têm
valores de chumbo no sangue muito menores do que os seus pais ou avós,
mas os números ainda são muito altos em comparação com as gerações
nascidas antes da revolução industrial.
A exposição ao chumbo também não é uniforme entre a população e notam-se grandes disparidades raciais.
Os adultos negros acima dos 45 anos têm níveis de exposição muito
superiores aos brancos da mesma faixa etária e a disparidade racial
ainda é notória entre os jovens nascidos depois de 1996.
Os autores do estudo vão agora examinar as consequências a longo-prazo
da exposição ao chumbo e ter em conta as diferenças demográficas no
impacto na saúde, como as doenças de rins, a demência e as doenças
coronárias.
“Ao dar estimativas mais completas do número de pessoas expostas a
chumbo no início da vida, este estudo dá um passo considerável para
entendermos a extensão completa dos danos feitos à população dos EUA num
domínio específico: a capacidade cognitiva“, concluem os autores.
A
covid-19 terá provocado 18,2 milhões de mortes no mundo até 31 de
dezembro, cerca de três vezes mais do que os números oficiais, estima um
estudo publicado hoje na revista científica The Lancet.
“Apesar
de terem sido reportadas, entre 01 de janeiro de 2020 e 31 de dezembro
de 2021, um total de 5,94 milhões de mortes, estimamos que 18,2 milhões
morreram em todo o mundo devido à pandemia de covid-19 – medida pelo
excesso de mortalidade – durante esse período”, adianta a investigação
já revista por pares.
Em relação a Portugal, o estudo indica
19.000 mortes reportadas por covid-19 até 31 de dezembro, uma taxa de
mortalidade por covid-19 reportada por 100 mil pessoas de 94.8 e um
excesso de mortes estimado de 40.400.
A investigação avança
ainda que as taxas de mortes em excesso variaram amplamente entre
regiões, embora o número de óbitos resultantes da pandemia tenha sido
muito maior particularmente no sul da Ásia e na África Subsaariana do
que os registos oficiais indicam.
“Estima-se que o excesso de
mortalidade seja de 120 mortes por 100.000 habitantes em todo o mundo e
que 21 países tenham taxas de mais de 300 mortes em excesso por 100.000
habitantes”, adiantam as conclusões da investigação.
As maiores
taxas estimadas de mortes em excesso registaram-se na América Latina
(512 mortes por 100.000 habitantes), Europa Oriental (345 mortes),
Europa Central (316), África Subsaariana do Sul (309) e América Latina
Central (274).
Em sentido contrário, os dados publicados na The
Lancet indicam que alguns países tiveram menos mortes do que o esperado
com base nas tendências de mortalidade em anos anteriores, caso da
Islândia (48 mortes a menos por 100.000), a Austrália (38 mortes) e
Singapura (16).
Ao nível dos países, o maior número estimado de
mortes em excesso ocorreu na Índia (4,1 milhões), EUA (1,1 milhão),
Rússia (1,1 milhão), México (798.000), Brasil (792.000), Indonésia
(736.000) e Paquistão (664.000).
“Esses sete países podem ter
sido responsáveis por mais da metade das mortes em excesso globais
causadas pela pandemia durante o período de 24 meses”, refere.
A
distinção entre os óbitos causados diretamente pela covid-19 e aqueles
que ocorreram como resultado indireto da pandemia é crucial, salientam
os autores da investigação.
“Entender o verdadeiro número de
mortes da pandemia é vital para uma tomada de decisão eficaz em saúde
pública. Estudos de vários países, incluindo a Suécia e os Países
Baixos, sugerem que a covid-19 foi a causa direta da maioria das mortes
em excesso, mas atualmente não temos dados suficientes para a maioria
dos locais”, adiantou Haidong Wang, do Institute for Health Metrics and
Evaluation e autor principal do estudo.
A covid-19 provocou pelo
menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia,
segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A
variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente
tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez,
em novembro, na África do Sul.
A
Rússia e a Ucrânia são dois dos maiores exportadores de trigo e
fertilizantes do mundo — e o conflito entre os dois países está a criar
problemas aos seus compradores nas cadeias de fornecimento.
A
guerra na Ucrânia está a abalar a Europa, mas as repercussões estão a
ser sentidas por todo o mundo — e os ucranianos não são as únicas
vítimas. Juntos, Rússia e Ucrânia são responsáveis por um quarto das
exportações de trigo em todo o mundo, e o conflito entre ambos está a
afectar a cadeia de fornecimento.
Devido ao clima árido e
quente, que é também menos propenso à agricultura, o Médio Oriente e
África estão a ser as regiões mais impactadas. Quase metade do trigo
importado pela Tunísia tem origem ucraniana e os preços chegaram agora a
um valor que já não era registado há 14 anos.
O Estado controla
o preço do pão, mas os tunisinos receiam que a inflação causada pela
guerra eventualmente se faça sentir nos seus bolsos. A economia do país
já é frágil devido à crise que tem vivido nos últimos anos, com
desemprego elevado e a dívida pública em alta.
Mas a Tunísia não está sozinha. O Iémen, que já está a sofrer com uma
guerra civil desde 2014 e uma consequente crise humanitária, está
também a sentir as réplicas do conflito europeu, visto que importa quase todo o seu trigo, com mais de um terço vindo da Rússia e da Ucrânia.
Para além disto, a dieta da população baseia-se muito no pão — numa altura em que cerca de oito milhões de crianças estão a passar fome, mais de metade das calorias diárias consumidas pelas famílias estão no pão, escreve o The Guardian.
O Líbano também está a ser afectado, visto que
mais de metade das suas importações de trigo são ucranianas. O Ministro
da Economia, Amin Salam, já terá dito que o país tem apenas trigo
suficiente para mais “um mês, ou um mês e meio“, estando já à procura de novos fornecedores.
Já no Egipto, mesmo antes da guerra, os preços do trigo já tinham subido 80%
entre Abril de 2020 e Dezembro de 2021 e o Governo anunciou que vai
aumentar o custo do pão, que é altamente subsidiado, pela primeira vez
em décadas.
“A insegurança alimentar causa agitação e violência”
A porta-voz do Programa Alimentar Mundial no Egipto, Abeer Etefa, acredita que o fornecimento de muitos bens de “importância particular” para o Médio Oriente e o norte de África já está a ser afectado pelo conflito.
Mesmo que os países optem por comprar a outros países, os produtos vão demorar mais a chegar e o transporte será mais caro do que se estes viessem da Ucrânia.
“A guerra leva a uma maior insegurança alimentar e a insegurança alimentar aumenta a probabilidade de haver agitação e violência“, afirma, alertando que a guerra na Europa pode assim acender conflitos noutras partes do planeta.
O
preço da farinha de trigo subiu 15% no último ano em muitos países
africanos e o óleo alimentar é também um terço mais caro, nota a Der Spiegel. A guerra promete agravar ainda mais a situação.
“Há já 276 milhões de pessoas em 81 países a sofrer
de fome aguda. O mundo simplesmente não aguenta com mais um conflito. A
guerra de Putin não está só a causar sofrimento na Ucrânia. Os efeitos
vão sentir-se muito além da região”, afirma Martin Frick, director do
Programa Alimentar Mundial na Alemanha.
No Quénia, o trigo é especialmente importante para a população mais pobre.
“Os preços vão subir ainda mais por causa da guerra e os mais pobres
vão sofrer ainda mais as consequências”, revela o economista queniano
Timothy Njagi.
Para além do trigo, a Ucrânia e a Rússia são também grandes
exportadores de fertilizantes, e os preços têm também notado uma
escalada. O problema acaba assim por ser um ciclo vicioso — com os
agricultores africanos a serem obrigadores a usar menos fertilizantes do que o normal, o que leva a colheitas mais pequenas e, consequentemente, mais caras.
O
parlamento espanhol decidiu hoje criar uma comissão para investigar,
pela primeira vez de forma oficial, os alegados abusos a menores pela
Igreja Católica, uma instituição há muito acusada de opacidade sobre o
assunto.
Proposta pelo Partido Socialista (PSOE), no poder, e
pelo Partido Nacionalista Basco (PNV), esta iniciativa sem precedentes
foi aprovada por uma maioria muito ampla de 277 votos num Congresso dos
Deputados (câmara baixa do parlamento) com um total de 350 membros
eleitos.
Ao contrário de outros países como os Estados Unidos da
América, França, Alemanha, Irlanda e Austrália, em Espanha a violência
sexual contra menores no seio da Igreja nunca foi sujeita a uma grande
investigação.
O texto votado pelos deputados prevê que esta
comissão independente seja presidida pelo provedor de Justiça e composta
por representantes das autoridades, das vítimas e do clero.
A
comissão será responsável por “investigar os atos execráveis cometidos
por indivíduos contra crianças indefesas” e “identificar as pessoas que
cometeram estes abusos, bem como aqueles que os encobriram”, antes de
elaborar um relatório a ser apresentado ao parlamento, de acordo com o
texto aprovado.
Esta investigação marcará “o início do fim de
uma vergonha“, disse recentemente ao diário El País a deputada
socialista Carmen Calvo, ex-número dois do Governo de esquerda de Pedro
Sánchez.
Na ausência de dados oficiais, o diário El País lançou o
seu próprio inquérito em 2018, listando 1.246 vítimas desde os anos 30.
Por seu lado, a Igreja só reconheceu 220 casos desde 2001.
Tendo
Espanha uma forte tradição católica, a Igreja teve um papel central na
educação durante a ditadura de Francisco Franco (1936-1975).
Atualmente,
mais de 1,5 milhões de crianças ainda estudam em cerca de 2.500 escolas
católicas, de acordo com números da Conferência Episcopal Espanhola de
2020.
Vários países, entre os quais Portugal, estão a investigar
os alegados abusos cometidos por membros da Igreja Católica ao longo
dos anos, tendo o Papa Francisco reiterado em 20 de janeiro último que a
instituição continua firme no seu compromisso de fazer justiça às
vítimas.
“Na luta contra os abusos de todo o tipo, a Igreja
continua firme no compromisso de fazer justiça às vítimas de abusos
cometidos pelos seus membros, aplicando com particular atenção e rigor a
legislação canónica prevista”, disse o Papa.
Entre
10% a 20% das pessoas com covid-19 sofrem de sintomas após recuperarem
da fase aguda da infeção, uma condição “imprevisível e debilitante” que
afeta também a saúde mental, alertou hoje a Organização Mundial da Saúde
(OMS).
“Embora os dados sejam escassos, estimativas recentes
apontam que 10 a 20% das pessoas com covid-19 experimentam doença
contínua durante semanas ou meses após a fase aguda da infeção”, refere o
Relatório Europeu da Saúde 2021 da OMS hoje divulgado.
Segundo o
documento, esta situação conhecida por “long covid” ocorre em pessoas
com um historial de infeção pelo SARS-CoV-2 geralmente três meses a
partir do início da covid-19, com sintomas que duram pelo menos dois
meses, sendo a fadiga, falta de ar e a disfunção cognitiva os mais
comuns.
“A condição pós-covid-19 é imprevisível e debilitante e
pode, posteriormente, levar a problemas de saúde mental, tais como
ansiedade, depressão e sintomatologia pós-traumática”, alerta o capítulo
do relatório dedicado à pandemia.
De acordo com o documento da
OMS Europa, o que influencia o desenvolvimento e gravidade do long covid
é, até agora, desconhecido, mas não parece estar correlacionado com a
gravidade da infeção inicial por SARS-CoV-2 ou com a duração dos
sintomas associados, sendo, porém, mais comum em pessoas que foram
hospitalizadas.
“Espera-se que o número absoluto de casos
aumente à medida que ocorrem novas ondas de infeção na região europeia e
é necessária mais investigação e vigilância” a esta condição específica
provocada pela covid-19, adianta ainda o documento.
O relatório
sobre a Saúde na Europa, que é publicado a cada três anos, refere ainda
que as medidas de contenção da pandemia, como os confinamentos,
“influenciaram negativamente os comportamentos de saúde” da população
europeia.
Estas restrições tiveram impacto nos padrões de
consumo de álcool, tabaco e de drogas em “partes significativas da
população”, registando-se também “um aumento do comportamento sedentário
e alterações negativas” ao nível alimentar.
A OMS adianta
também que o encerramento de escolas e universidades em diversos países,
durante as fases mais críticas da pandemia, teve um “impacto no
bem-estar mental” das crianças e adolescentes.
“Uma análise
recente mostra um número significativo de crianças que sofrem de
ansiedade, depressão, irritabilidade, desatenção, medo, tédio e
distúrbios do sono”, alerta a OMS, ao avançar que o encerramento de
escolas durante os picos da pandemia em 2020 e 2021 tem provocado perdas
na aprendizagem e perturbação no desenvolvimento cognitivo de crianças e
adolescentes.
“Os dados emergentes mostram perdas de
aprendizagem correspondentes de um terço a um quinto de um ano letivo e
foram reportadas mesmo em países com uma aplicação relativamente curta
das medidas de saúde pública e sociais e o acesso generalizado à
Internet. Isto sugere que as crianças fizeram pouco ou nenhum progresso
enquanto aprenderam em casa”, sublinha a organização.
O
relatório evidencia ainda que, devido à natureza do seu trabalho, os
profissionais de saúde estão em maior risco de infeção por SARS-CoV-2 e a
prevalência de infeção é ligeiramente maior entre os profissionais de
saúde do que na população em geral.
“As estimativas atuais
mostram que cerca de 10% dos profissionais de saúde foram infetados.
Cerca de 50% destes eram enfermeiros e 25% eram médicos”, adianta o
documento.
A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em
todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço
da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020,
morreram 21.267 pessoas e foram contabilizados 3.367.469 casos de
infeção, segundo dados de hoje da Direção-Geral da Saúde.
Um
piloto de Airbus A320 em um voo de rotina sobre Medellín, Colômbia
olhou pela janela da cabine e avistou algo que nunca tinha visto antes
nas nuvens – um OVNI. E agor, muitos especialistas concordam que o
misterioso objeto filmado por uma testemunha ocular é “REAL”.
O
piloto rapidamente pegou seu telefone e começou a filmar o objeto
misterioso primeiro apontando a câmera para seu altímetro que mostra que
ele estava voando a cerca de 30.000 pés e depois apontando-o pela janela em direção às nuvens.
O piloto deu um zoom e imediatamente viu um estranho objeto geométrico de metal voando em linha reta na direção oposta.
The
Proof Is Out There no canal History examinou ainda mais as imagens,
após o que ficou definitivamente claro que o OVNI se parece com um
poliedro. Vários especialistas em vídeo foram então entrevistados.
"Um
pesquisador sugeriu que o diâmetro do objeto está entre 10 e 15 pés,
mas sua estrutura é diferente de qualquer objeto voador na Terra"
"O
especialista em aviação acrescentou que o objeto estava se movendo
muito devagar para ser um avião ou um foguete o que implica que não se
parece com um drone"
Contra
esse pano de fundo foi sugerido que poderia ser um orbe solar, mas isso
é altamente improvável pois eles não “sobrevivem” em uma altitude tão
alta.
“Não
tenho uma boa explicação”, disse o especialista. Nesse contexto, os
especialistas entrevistados classificaram o material como um dos “OVNIs reais”.
Os
comentaristas também concordaram com as descobertas e sugeriram que o
piloto conseguiu ampliar rapidamente o objeto porque já o tinha visto,
seguido, pegou seu telefone e sabia onde capturar:
“Os
pilotos precisam ter uma excelente visão para voar. Alguns pilotos
comerciais já foram pilotos de caças militares e precisavam ter visão
ACIMA da média. Todos os pilotos devem escanear o céu visualmente para
evitar colisões. O objeto viajou mais devagar do que eles então se
destacou visualmente. Não é de surpreender que ele pudesse localizá-lo e
depois ampliar”, escreveu um comentarista.
A questão dos OVNIs tornou-se de suma importância nos últimos anos, principalmente na arena política. Agora, o Parlamento do Canadá insiste que fará um relatório sobre seus movimentos nas instalações nucleares.
Tudo parece indicar que o Parlamento do Canadá decidiu agir sobre o
assunto e, como seu vizinho mais próximo, começar a investigar OVNIs.
O governo dos Estados Unidos promulgou a recente criação de um
escritório de OVNIs, focado na investigação de objetos voadores não
identificados.
Seu principal objetivo é, em teoria, democratizar ao máximo todas as
informações relacionadas e torná-las públicas, deixando para trás a
forte vigilância e sigilo mantidos pelo próprio Pentágono e programas
secretos.
Agora, Larry Maguire, membro da Câmara dos Comuns do Canadá, parece
ter se juntado a todo o esforço que os Estados Unidos fizeram dentro
daquele governo.
Em uma reunião que ocorreu recentemente do Comitê Permanente de
Recursos Naturais em Ottawa, realizada em 2 de março de 2022, ele propôs
escrever um relatório sobre fenômenos aéreos não identificados, ou os
populares “OVNIs” e segurança nas instalações nucleares canadenses.
Além disso, eles sugeriram que os resultados obtidos fossem compartilhados com o novo escritório de OVNIs de seu vizinho.
O pedido de Maguire foi justificado com uma série de incursões de
OVNIs ou ‘drones estranhos’ vistos em diferentes instalações militares e
nucleares em vários países.
A isto, o vice-ministro dos recursos naturais, John Hannaford, respondeu que “não estava familiarizado com o assunto“. No entanto, ele está ciente de que a segurança das instalações nucleares era de suma importância.
Mesmo assim, encaminhou este trabalho para Mollie Johnson,
responsável pela referida área e assegurou que se encarregaria de
investigar para obter as informações solicitadas. E, se necessário, gere
um relatório detalhado sobre isso.
Deve-se notar que o Parlamento do Canadá é o segundo a se juntar à investigação da questão dos OVNIs e discuti-la abertamente.
No passado, o Parlamento australiano também decidiu levar isso como um assunto sério para discussão.
Sem dúvida, algo muito grande está acontecendo. Mais e mais nações
estão decidindo levar a sério as incursões de OVNIs e, principalmente,
tentando descobrir qual é sua origem.
A Solar Orbiter, da Agência Espacial Europeia (ESA), captou uma imagem sem precedentes de uma gigantesca erupção solar.
A
imagem foi captada no dia 15 de fevereiro pela Full Sun Imager do
Extreme Ultraviolet Imager a bordo da Solar Orbiter. O fenómeno
estendeu-se por alguns milhões de quilómetros no Espaço e foi registado
numa única imagem, que incluiu também o Sol.
Apesar das grandes dimensões, a erupção solar não veio em direção à Terra, mas na direção oposta à do nosso planeta.
A
erupção consistiu na ejeção massiva de gases incandescentes que
seguiram as linhas dos campos magnéticos, pelo que se acontecesse no
lado do Sol virado para a Terra poderia causar problemas nas
comunicações eletrónicas, nos sistemas de navegação e na infraestrutura
de alimentação elétrica.
Em comunicado,
a ESA descreveu as proeminências solares como “grandes estruturas de
linhas de campo magnético emaranhadas que mantêm concentrações densas de
plasma solar suspensas acima da superfície do Sol, tomando por vezes a
forma de laços de arco”.
Estas proeminências estão frequentemente associadas a ejeções de massa coronal, uma explosão extremamente energética de luz, material solar e energia do Sol.
O Sol está a ficar cada vez mais ativo. Em 2019,
começou um novo ciclo solar e prevê-se que atinja o máximo solar a meio
do ano de 2025. O clima espacial causado pela nossa estrela – erupções
solares e eventos de ejeção de massa coronal – pode ter impacto na rede
elétrica, nos satélites, nos GPS, nas operações das companhias aéreas,
nos foguetões e até nos astronautas no Espaço.
Telescópios espaciais como o satélite SOHO, da ESA/NASA, captam frequentemente a atividade solar, mas não conseguem produzir imagens detalhadas da coroa ou da camada mais exterior.
A Solar Orbiter está numa trajetória de aproximação ao Sol e deve
passar no ponto mais próximo a 44,9 milhões de quilómetros. O principal
objetivo é o estudo das regiões polares solares.
Zona
de Nova Gales do Sul está a ser afectada desde Fevereiro e já morreram
21 pessoas. Há mais de 250 mil pessoas a pedir ajuda.
A zona
sudeste da Austrália, mais concretamente na região de Nova Gales do Sul,
está a ser seriamente afectada por chuvas torrenciais.
As
inundações começaram ainda no final de Fevereiro, tendo afectado
primeiro o estado de Queensland, onde causaram pelo menos 12 mortes.
Muitas casas ficaram submersas (mais de 20 mil pessoas tiveram de sair
de sua casa) e diversos automóveis foram arrastados.
O governo de Queensland acredita que este fenómeno causará um prejuízo de cerca de 674 milhões de euros.
Na semana passada a tempestade chegou a Nova Gales do Sul, onde se situa a maior cidade australiana: Sidney.
As
autoridades locais elevaram para 21 o número de mortos relacionados com
as chuvas fortes e indicou que, só desde a noite desta segunda-feira,
já foram deslocadas 80 mil pessoas. A grande maioria (60 mil) foi
retirada de 13 distritos da parte ocidental de Sydney.
As casas e
as estradas estão inundadas, sobretudo na cidade de Camden e nas zonas
ribeirinhas, também na parte ocidental de Sidney. Receiam-se novos
deslizamentos de terra e inundações.
O cenário não vai melhorar
nos próximos dias: as chuvas torrenciais e os ventos que podem chegar a
90 quilómetros por hora vão prolongar-se, no mínimo, até à próxima
quinta-feira.
Cerca de 5 mil soldados australianos deverão
reforçar os trabalhos de socorro e de limpeza em Nova Gales do Sul e em
Queensland.
Mais de 250 mil pessoas já pediram ajuda extraordinária, devido a estas inundações.
A
subida nos preços da energia pode ter um efeito bola de neve e causar
fazer disparar os preços de todos os outros produtos. Aliada ao
desemprego e um reduzido crescimento económico, a inflação leva à
estagflação.
Ainda antes do início da guerra na Ucrânia, o
cenário já era temido, especialmente com as elevadas taxas de inflação
que se registaram logo no início do ano e que levaram a que o Banco
Central Europeu revisse em alta as taxas de juro. Mas afinal, o que é a
estagflação?
Este fenómeno ocorre quando se atravessa um período
de elevada inflação, como o que estamos a viver agora, ao mesmo tempo
que a economia estagna ou entra em recessão, com taxas de desemprego
elevadas.
O cenário já se verificou no final dos anos 70 e no
início da década de 80 — com o boicote da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP) aos países do Ocidente, que fez disparar
os preços do petróleo — e pode voltar a repetir-se com o efeito de bola
de neve causado pelas sanções impostas à Rússia, cujo impacto já de
está a sentir nos preços da energia.
Mário Centeno já deixou
avisos no início da semana sobre a possibilidade da Europa entrar neste
ciclo. “Um cenário próximo da estagflação não está fora das
possibilidades que podemos enfrentar“, alertou o governador do Banco de
Portugal, aconselhando os responsáveis portugueses e europeus a
preparem-se.
“A coisa mais importante é estarmos preparados e
disponíveis para salvaguardar a estabilidade financeira”, afirmou o
antigo Ministro das Finanças, que acredita que tudo depende da duração
do conflito e da resposta “mais ou menos concertada” que a Europa
decidir dar.
A Comissão Europeia também já está atenta e
acredita que o cenário mais provável, pelo menos por enquanto, é apenas
uma desaceleração das economias e não propriamente uma recessão, visto
que os PIBs europeus estão ainda numa trajectória de crescimento devido à
recuperação do impacto da pandemia.
Paolo Gentiloni, comissário
europeu da economia, já avisou que para além da subida dos preços da
energia, o efeito na confiança dos consumidores e empresários também não
se pode negligenciar.
Isto acontece porque a estagflação
funciona quase como uma profecia que se auto-concretiza, ou seja, os
empresários e consumidores receiam que venha aí uma crise e começam a
mais cautelosos e contidos nos investimentos e compras que fazem — algo
que, por si só, pode levar à tão temida recessão.
O Ministro das
Finanças também já avançou que as autoridades europeias estão a rever
as previsões em baixa e que Portugal não é excepção, mas João Leão
assegura que o nosso país vai ser um dos menos afectados.
Já
Vítor Constâncio, antigo presidente do Banco Central Europeu e
ex-governador do Banco de Portugal, considera que a possibilidade de
estagflação é remota e também acredita que Portugal não vai ser dos mais
afectados pela guerra na Ucrânia.
“A possibilidade de uma
situação de estagflação, entendida como a simultaneidade de uma recessão
e de inflação mais alta, é por enquanto remota no que respeita a uma
recessão”, refere em declarações por escrito ao ECO.
Constâncio
explica que o disparo nos preços da energia vai causar inflação e
reduzir o poder de compra das famílias, causando uma quebra no
crescimento na economia.
Mas mesmo que este cenário leve a uma
redução de 1,5 pontos percentuais no crescimento da economia na zona
euro, esta manteria uma “progressão da atividade económica de cerca de
2% a 2,5%”, escapando assim à recessão.
António Ascenção Costa, um dos economistas ouvidos pelo ECO,
acredita que este cenário é agora possível devido ao impacto
“potencialmente prolongado” da subida dos preços da energia, que leva a
uma inflação geral.
Há ainda questões sobre o mercado de
trabalho e sobre a “procura turística externa a maior prazo” já que a
nossa economia se baseia bastante neste sector.
Já João Borges
de Assunção acredita que “os ventos são muito adversos”, mas realça que é
“ainda cedo para avaliar de onde virão os principais problemas para a
economia portuguesa”.
Um
navio de carga chamado Felicity Ace, transportando 4.000 carros de luxo
coletivamente avaliados em cerca de US$ 438 milhões, pegou fogo no mês
passado. Felizmente, os membros da tripulação não foram feridos e
conseguiram abandonar rapidamente o navio. O fogo, no entanto, durou uma
semana. Isso ocorreu porque as baterias de íons de lítio dentro dos
veículos elétricos (EVs) na remessa mantiveram o fogo vivo. O fogo só se
extinguiu quando o suprimento de material combustível a bordo se
esgotou.
Algo semelhante aconteceu em julho do ano passado. Em
Victoria, na Austrália, uma instalação 'Megapack' de 13 toneladas da
Tesla – que usa uma vasta gama de baterias de íons de lítio para
armazenar energia gerada por fontes renováveis intermitentes – pegou
fogo. Este fogo acabou se extinguindo depois de três dias. Naquela
época, criou vários riscos ecológicos, incluindo fumaça tóxica, que
engoliu os moradores locais. Mas os bombeiros podiam fazer pouco mais do
que monitorar os danos ambientais – eles tiveram que esperar que o fogo
se apagasse.
“O perigo mais significativo de uma bateria de
íon-lítio é que [os incêndios] são quase impossíveis de apagar uma vez
que são acesos”, observa o engenheiro Robin Mitchell
. 'Não importa quantos sistemas de segurança sejam implementados', diz
ele, 'um incêndio iniciado por uma bateria de íons de lítio é muito
desafiador para gerenciar'. Tal tecnologia, conclui Mitchell, 'pode ser
adequada apenas para sistemas de pequena escala, como smartphones e
EVs'. Mesmo assim, os riscos de incêndio apresentados pelas baterias EV
não são insignificantes.
A maioria de nós carrega uma bateria de
íons de lítio em nosso smartphone sem pensar nisso, e elas são
relativamente seguras. O perigo de usar baterias de íons de lítio
maiores em configurações maiores foi reconhecido pelas autoridades desde
sua introdução comercial em 1991 . Por exemplo, as companhias aéreas
dos EUA não permitem laptops com baterias integradas maiores que 100
watts/hora a bordo. A probabilidade de a bateria pegar fogo é
relativamente baixa. Mas em caso de incêndio, para extingui-lo, não se
pode usar água. Os riscos de incêndio são ainda maiores para um EV, que é
um pouco como um sanduíche bem embalado de centenas de baterias de
laptop.
Então, o que nossos ativistas ambientais estão fazendo
para chamar nossa atenção para esse grande novo perigo? Você deve ter
notado uma curiosa ausência de petições, hashtags ou relatórios
alarmantes do Change.org de empresas como a BBC News.
Isso é
ainda mais surpreendente quando você considera os danos ecológicos e a
exploração que envolve a produção das baterias. A extração de lítio é
suja e usa enormes quantidades de água subterrânea. No Chile, as
atividades de mineração na região do Salar de Atacama consomem 65% da
água da área. Produtos químicos tóxicos do processo de mineração são
conhecidos por vazar no abastecimento de água. Pesquisadores em Nevada
descobriram que peixes até 150 milhas a jusante estavam sendo afetados
por operações de mineração.
As baterias de íon de lítio também
precisam de muito cobalto – normalmente cerca de 14 kg por bateria de
carro. Extrair isso é sujo e perigoso. Na República Democrática do
Congo, o maior fornecedor do mundo, crianças de até sete anos lavam e
classificam minérios como “mineiros artesanais”, de acordo com um relatório da Anistia de 2016 .
Esta,
então, é uma história ambiental que não conseguiu fazer as espécies
usuais saltarem de pesquisador acadêmico para ativista de mídia de ONGs
para produtor de notícias de TV. Isso é estranho, dado que o princípio
da precaução tem sido um elemento básico da campanha ambientalista há
cinco décadas. Por exemplo, a exploração de gás de xisto não pode
prosseguir, argumentam os ativistas verdes, porque o fracking corre o
risco de causar 'terremotos', embora estes tendam a ser em grande parte imperceptíveis
. No entanto, quando se trata de EVs e baterias de íons de lítio, o
princípio da precaução parece ter sido deixado de lado por um tempo.
Os
perigos das baterias de íons de lítio são evidentes no número de
recalls de produtos de alto perfil. A Dell fez o recall de quatro
milhões de baterias em 2006. A HP fez o recall de mais de 100.000
laptops em 2019 devido aos riscos de incêndio da bateria. Depois de
causar incêndios em voos, o smartphone Note 7 da Samsung foi recolhido –
duas vezes – e depois deixado de lado completamente.
Os custos e
riscos só aumentam com produtos maiores. Estima-se que os incêndios
originados na bateria dos veículos Chevrolet Bolt tenham custado à
General Motors cerca de US$ 2 bilhões. A Audi teve que fazer o recall de
seu SUV E-Tron pelo mesmo motivo. Os Teslas estacionados continuam explodindo em chamas – e a empresa foi castigada por não fazer o recall dos veículos.
Em vez de expor esse grande perigo ambiental, a BBC pode ser encontrada promovendo as baterias
. 'Não há dúvida de que as baterias são fundamentais para um futuro de
baixo carbono', explicou um filme recente de sua série 'Ideias'. "As
baterias de íon de lítio podem armazenar energia limpa para quando o sol
não está brilhando e o vento não está soprando, enviando-a em dias
cinzentos com a força e confiabilidade que rivaliza com os combustíveis
fósseis." Viva!
Ainda mais curioso é que o sacerdócio verde
abençoou os EVs movidos a lítio como um sucessor 'ecologicamente
correto' dos veículos movidos pelo motor de combustão interna (ICE). O
argumento é que, como os VEs não usam um ICE, que é alimentado por um
derivado de petróleo (gasolina ou diesel), conduzi-los resulta em
menores emissões de CO2.
No entanto, na semana passada, o YouTuber de carros mais popular da Grã-Bretanha, Tim Burton (mais conhecido como Shmee), anunciouque
ele estava substituindo seu Porsche elétrico por um Ferrari V12 movido a
gasolina – porque é mais verde e mais limpo. Sua razão pode surpreender
muitos que acreditam que os EVs são veículos de emissão 'baixa' ou
'zero' de CO2.
Burton citou um estudo que a Volvo divulgou
durante a cúpula climática COP26. Este estudo, liderado por Andrea
Egeskog do Centro de Sustentabilidade da Volvo, recebeu muito pouca
atenção na época. A Volvo é incomum em poder fazer comparações diretas
entre duas versões do mesmo modelo de carro, o SUV XC40. Um é elétrico, o
outro tem um ICE. A Volvo calculou as emissões de CO2 durante todo o
ciclo de vida dos dois produtos: desde a mineração de minerais, como
lítio e cobalto, até o fim de suas vidas, incluindo o descarte.
Fora
do portão da fábrica, o carro elétrico começa sua vida do lado errado
das pistas – tendo gerado muito mais CO2 do que a versão que consome
gasolina. Isso se deve ao lítio e a outros minerais de terras raras
necessários para fabricar o EV 'economizador do planeta'. As emissões
dos materiais e da produção da versão ICE do Volvo XC40 são cerca de 40%
mais baixas do que para o EV.
Claro, o modelo ICE continua a
consumir combustíveis fósseis enquanto estiver em uso. Mas para a versão
elétrica 'empatar', por assim dizer, tem que fazer muitos quilômetros
no relógio. Sua ecologia também depende enormemente de como a
eletricidade usada para carregar as baterias é gerada. A Volvo informa
que, com base em um mix de energia global típico, se você dirigir menos
de 93.000 milhas, causará maiores emissões ao escolher um veículo
elétrico em vez da versão a gasolina. Na UE, que usa uma proporção maior
de energias renováveis, o ponto de equilíbrio ainda é de 52.000 milhas.
Daí a decisão de Burton de devolver seu EV. Um carro Ferrari ou Porsche
de alto desempenho nunca atingirá essa quilometragem. Nem um carro
normal como o meu. Se eu substituir meu carro de 19 anos amanhã, e optar
pela 'opção verde' em vez da opção a gasolina, ficarei mais pobre,
porque o equivalente EV é muito mais caro, e só finalmente começará a
obter economias de emissões de CO2 em relação ao rival a gasolina em
algum momento no final da década de 2040. Mas nunca chegará a esse
ponto, pois a bateria estará esgotada muito antes disso.
Apesar
de tudo isso, os principais fabricantes de automóveis investiram bilhões
no desenvolvimento de EVs. Os VEs também têm sido fortemente
subsidiados pelos governos como meio de atingir suas metas climáticas.
'E se esses bilhões de dólares tivessem sido investidos no motor de
combustão interna, quanto melhor eles teriam sido?', reflete Burton.
Muitos
dos EVs vendidos hoje são 'runabouts urbanos' - ou seja, veículos que
nunca atingirão o ponto de equilíbrio de CO2 e, portanto, emitirão mais
CO2 do que um equivalente a gasolina. Como o valor prático de um EV hoje
na redução das emissões de CO2 é zero, seu valor é meramente sinalizar
superioridade moral, mostrando aos outros que você se importa e eles
não. É um estado bom. Faz o dono se sentir melhor.
A curiosa
moral da história é que, mesmo para seus próprios padrões, os
ambientalistas não são muito bons em praticar o que pregam. Se, como os
ativistas das mudanças climáticas insistem, nossos carros estão 'matando
o planeta', então são os virtuosos entre nós que estão matando o
planeta mais rapidamente. Que tal hipocrisia das elites verdes não tenha
sido contestada por tanto tempo é notável. Certamente não pode durar.
A Força Espacial dos Estados Unidos anunciou esta semana que planeia começar a fazer rondas de patrulha na área à volta da Lua.
Esta
semana, o Laboratório de Investigação da Força Aérea dos EUA divulgou
um vídeo no YouTube que não mereceu muita atenção, segundo a Ars Technica.
Mas
fez um anúncio que é bastante significativo — os planos militares dos
EUA de alargar as suas capacidades espaciais para além da órbita
geoestacionária, até à Lua.
“Até agora, a missão espacial dos Estados Unidos estendeu-se a 22.000 milhas acima da Terra”, diz o narrador do vídeo.
“Isso
foi nessa altura, isto é agora”. O Laboratório de Investigação da Força
Aérea está a aumentar esse alcance em 10 vezes e a área de operações
dos Estados Unidos em 1.000 vezes, alcançando até o lado mais distante
da Lua.
Os militares norte-americanos já tinham falado em alargar o seu domínio operacional, mas agora estão a tomar medidas.
Planeiam
lançar um satélite, provavelmente equipado com um poderoso telescópio,
para o espaço cislunar. De acordo com o vídeo, o satélite será chamado
Sistema de Patrulha Rodoviário Cislunar (CHPS).
O laboratório de
investigação planeia emitir um “pedido de propostas de protótipos” para
o satélite CHPS a 21 de março e anunciar a adjudicação do contrato em
julho. O programa CHPS será gerido por Michael Lopez, da Direção de
Veículos Espaciais do laboratório.
Este esforço incluirá a
participação de várias organizações militares, mas o laboratório da
Força Aérea irá supervisionar o desenvolvimento do satélite.
A Força Espacial dos EUA
irá então adquirir esta capacidade de utilização pelo Comando Espacial
dos EUA, que é responsável pelas operações militares no espaço.
Efetivamente,
este satélite é o início de uma extensão das operações do Comando
Espacial dos EUA, do espaço geoestacionário para além da Lua.
“É
o primeiro passo para eles poderem saber o que se passa no espaço
cislunar e depois identificar quaisquer potenciais ameaças às atividades
dos EUA“, disse Brian Weeden, diretor de planeamento de programas da
Secure World Foundation.
Weeden afirmou que não pensa que o
satélite CHPS incluirá capacidades para responder a quaisquer ameaças,
mas servirá principalmente para fornecer uma consciência situacional.
Então, porque está o Comando Espacial dos EUA interessado em expandir o seu teatro de operações para incluir a Lua?
A
principal razão citada no vídeo é a gestão do crescente tráfego
espacial no ambiente lunar, incluindo várias missões comerciais
patrocinadas pela NASA, o programa Artemis da agência espacial, e de
outras nações.
Um relatório recente do Center for Strategic & International Studies, Fly Me to the Moon, examina as dezenas de missões planeadas para a Lua durante a próxima década.
Com
o satélite CHPS, e possíveis missões de seguimento, os militares
americanos procuram assegurar o “desenvolvimento pacífico” do espaço
cislunar e proporcionar um ambiente “seguro e protegido” para a
exploração e desenvolvimento comercial.
Weeden acredita que há também outro elemento estratégico para este
novo programa. Os líderes militares, segundo o dirigente, estão
preocupados com objetos espaciais que são colocados no espaço cislunar por outros governos
e são depois perdidos pelas redes espaciais existentes de consciência
situacional, centradas na baixa órbita terrestre e na órbita
geoestacionária.
Tais objetos, segundo Weeden, podem oscilar à volta da Lua e potencialmente voltar para atacar um satélite militar dos EUA no espaço geoestacionário.
“Penso que isso é rebuscado, mas é viável de uma perspetiva física e
exploraria definitivamente uma lacuna na sua atual consciência do
domínio espacial”, explicou. ”
Penso que estão muito mais preocupados com isso do que quaisquer ameaças reais no espaço cislunar, porque os EUA não têm neste momento qualquer recurso militar no espaço cislunar”.
A poeira proveniente do Deserto do Deserto do Saara, na África, está
novamente viajando pelo Atlântico norte, cruzando o oceano em direção à
América do Sul e ilhas do Caribe. Modelos de previsão do programa
europeu Copernicus indicam partículas próximas ao norte do Brasil.
Imagem
de satélite mostra uma grande nuvem de poeira avançando da parte
continental da África para a região de Cabo Verde, no Atlântico Norte no
dia 3 de março. Crédito: Sentinel3/ESA/Copernicus
As
previsões de modelos numéricos ligado ao programa europeu de observação
da Terra, Copernicus, estão indicando a presença de aerossóis próximos à
costa do Amapá, no Brasil e da Guiana Francesa, se dispersando
posteriormente sobre outras partes da região amazônica, mais ao norte da
América do Sul, e ilhas caribenhas.
É possível observar a mancha
amarela indicando as partículas de poeira sobre as regiões na projeção
válida até a quarta-feira às 21UTC. Supercomputadores do ECMWF, Centro
Europeu para Previsões Meteorológicas de Médio Prazo, realizam o
monitoramento atmosférico global de diversas partículas como aerossóis,
monóxido de carbono, metano, dióxido de enxofre, entre outras.
Modelo
de previsão indica o avanço das partículas de poeira vindas do Saara em
direção ao norte da América do Sul e ilhas caribenhas. Crédito:
Copernicus/ECMWF
A imagem do satélite Sentinel3 do
dia 3 de março já mostrava com definição a grande tempestade de poeira
saindo da parte continetnal da África em direção ao céu de Cabo Verde.
As previsões do final da semana passada também já demonstravam a poeira
andando em direção ao norte do Brasil.
A poeira do Saara pode
percorrer este trajeto de mais de 3 mil quilômetros sobre o oceano
Atlântico anualmente dependendo dos ventos alísios que sopram entre os
trópicos na região da linha do Equador de leste para oeste e conseguem
impulsionar as partículas.
É uma massa empoeirada muito seca e
por isso tem a capacidade de reduzir a formação de tempestades e
furacões, por exemplo, sobre o Atlântico. Em níveis mais baixos da
atmosfera pode prejudicar a qualidade do ar de uma determinada região e
mudar a cor do céu.
A poeira do Saara tem um papel
importantíssimo na adubação e fertilização da Floresta Amazônica. As
toneladas de partículas que chegam por aqui todos os anos trazem
elementos enriquecedores para o solo como o fósforo e o cálcio.
O
secretário-geral da NATO disse hoje temer que “os dias vindouros sejam
piores” na Ucrânia, devido à guerra causada pela invasão russa, e que a
Rússia avance para outros países da Aliança, como a Geórgia ou a
Bósnia-Herzegovina.
“É provável que os dias vindouros sejam
piores, com mais mortes, mais sofrimento e mais destruição, à medida que
as Forças Armadas russas trazem armamento mais pesado e continuam os
seus ataques por todo o país”, disse Jens Stoltenberg.
O
responsável falava em conferência de imprensa na sede da NATO, em
Bruxelas, após uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico
Norte, o principal organismo de decisão política da organização e no
qual cada país membro tem assento ao nível dos chefes de diplomacia.
“Esta
é a pior agressão militar da Europa em décadas, com cerco a cidades e a
escolas, hospitais e edifícios residenciais e ações imprudentes de
bombardeamento em torno de uma central nuclear ontem [quinta-feira] à
noite e muitos civis mortos ou feridos”, assinalou.
“A ambição
do Kremlin é recriar uma esfera de influência e negar a outros países o
direito de escolherem o seu próprio caminho e, por isso, os ministros
[da NATO] discutiram a necessidade de apoiar os parceiros que possam
estar em risco, incluindo a Geórgia e a Bósnia-Herzegovina”, referiu
Jens Stoltenberg.
De acordo com o secretário-geral da Aliança Atlântica, “a agressão da Rússia criou um novo normal para a segurança”. NATO protegerá “cada centímetro” da Aliança
A
NATO sublinhou esta sexta-feira que é uma organização defensiva, que
não procura o conflito armado com a Rússia, mesmo à luz da agressão à
Ucrânia, mas advertiu que, se o conflito chegar à Aliança, protegerá
“cada centímetro” do seu território.
“Somos uma aliança
defensiva, não procuramos conflitos, mas se o conflito chegar a nós,
estamos prontos e vamos defender cada centímetro do território da NATO”,
advertiu o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à
chegada ao quartel-general da Aliança, em Bruxelas, para uma reunião do
Conselho do Atlântico Norte ao nível de chefes de diplomacia.
A
seu lado, Jens Stoltenberg realçou igualmente que “a NATO não faz parte
do conflito, a NATO é uma aliança de defesa”, que “não procura o
conflito bélico com a Rússia”, mas advertiu também para a intransigência
da organização na defesa de todos os seus membros.
“Ao mesmo
tempo, temos que assegurar que não há quaisquer mal-entendidos sobre o
nosso compromisso em defender e proteger todo os aliados, e daí termos
aumentado a presença de forças da NATO na zona leste da Aliança”,
declarou.
Também Blinken disse que os Aliados estão igualmente a
preparar “o futuro da NATO”, comentando que “os acontecimentos das
últimas semanas forjarão ainda mais esse futuro”, a ser desenhado com o
novo conceito estratégico da organização e a próxima cimeira da NATO,
“dentro de alguns meses”, em junho, em Madrid.
O chefe da
diplomacia norte-americana saudou a forma como, “face à agressão
premeditada da Rússia contra a Ucrânia, a Aliança juntou-se com
velocidade, unidade e determinação“, apontando que, “cada aliado, de uma
forma ou outra, está a assistir a Ucrânia e o reforço da NATO”.
Relativamente
aos mais recentes acontecimentos no terreno, o secretário-geral da
organização apontou que o ataque russo à central nuclear ucraniana de
Zaporizhzhia, a maior da Europa, “demonstra bem a imprudência desta
guerra, a importância de lhe por fim, e a importância de a Rússia
retirar todas as tropas e comprometer-se de boa fé com os esforços
diplomáticos”.
Há poucas dúvidas de que o nível do
mar está a subir, e há cidades que correm o risco de ficar submersas.
Lisboa está em 17º lugar na lista das primeiras cidades submersas nas
próximas décadas.
Já não se trata de uma questão de se, mas de quando. No entanto, ninguém pode prever exatamente a altura em que vai acontecer.
Mas de acordo com o The Swiftest,
com base em simples mapas de elevação do Coastal Risk Screening Tool,
podemos prever quais as principais cidades do mundo com maior
probabilidade de ficarem debaixo de água primeiro.
Os mapas interativos da Coastal Risk Screening Tool,
criados pela Climate Central, comunidade de cientistas e jornalistas
independentes, permitem aos utilizadores visualizar mapas de diversas
partes do mundo, filtrados por área de risco.
Algumas previsões
colocam o nível do mar a taxas muito mais elevadas à medida que nos
aproximamos do ano 2100, mesmo até 2,5 metros, se nada for feito para
abrandar as emissões de gases com efeito de estufa.
1,5 metros é
uma estimativa realista que muito provavelmente ocorrerá dentro dos
próximos 80 anos. Este cenário é possível dadas as atuais projeções, o
aumento da temperatura global, e a inação dos principais líderes
políticos e industriais mundiais.
O Euromonitor
permitiu dentificar as 36 maiores das cidades mais visitadas do mundo,
que serão afetadas pela subida do nível do mar. Estas serão as primeiras
cidades submersas nos próximos 80 anos.
Utilizando os mapas
gerados para estas cidades, é possível observar as principais atrações
turísticas em risco, por estarem total ou parcialmente submersas dentro
das zonas identificadas que serão afetadas pela subida do nível do mar.
O
The Swiftest classificou estas 36 cidades por população, para destacar
os destinos de maior risco, que terão a maior deslocação de vida tal
como a conhecemos.
Tóquio, a capital do Japão e a cidade mais
populosa do mundo, encabeça a lista. A sua população aumenta em 2,4
milhões ao longo do dia, devido aos estudantes e trabalhadores de
distritos vizinhos, que se mudam para Tóquio.
Mumbai, na Índia,
com mais de 20 milhões de habitantes, e Nova Iorque, nos Estados Unidos,
com uma população semelhante, completam o Top 3 das cidades.
Em 7º encontra-se a cidade de Banguecoque, na Tailândia, com cerca de 10 milhões e 700 mil habitantes.
O
governo tailandês não conseguiu implementar qualquer ação no sentido de
evitar a situação precária da gestão costeira e está a receber críticas
de cientistas climáticos. Algumas previsões colocam Banguecoque debaixo
de água até 2050.
Em 8º lugar na lista está Jacarta. A cidade da indonésia, que já se está a afundar, vai ser brevemente transferida para o Bornéu, onde os indonésios estão a construir a sua nova capital, Nusantara.
Com
uma população de 10 milhões de habitantes, Jacarta é considerada por
alguns como “a cidade que mais rapidamente se vai afundar no mundo”,
estimando-se que estará “inteiramente submersa até 2050“.
Em dezembro de 2021, Jarcarta foi novamente submersa, tendo partes da capital ficado 2,7m debaixo de água.
Lisboa entre as grandes cidades submersas
Lisboa é a 17ª cidade na lista. A capital portuguesa, que já foi atingida por um megatsunami em 1755 e está “em cima de um barril de pólvora”, pode afinal ficar submersa apenas pela subida do nível das águas do mar.
Lisboa é uma das 36 cidades em risco de ficar submersas
Em 22º na lista está Nova Orleães. A cidade norte
americana, que em 2005 foi já devastada pelo furacão Katrina, corre o
risco de enfrentar novamente a água do mar.
Amesterdão, situado nos Países Baixos, um país já de
si conquistado ao mar pela sua população através de diques e barragens,
é a 25ª na lista. Será também uma das primeiras cidades submersas.
Veneza, que há anos sofre com o problema da sua baixa altitude — está apenas a 1 metro acima do nível das águas do mar — sofre prejuízos todos os anos com as cheias, e encontra-se em 27º na lista.
Pela primeira em 1.200 anos, em outubro do ano passado, a cidade italiana foi capaz de travar a subida do nível da água, recorrendo a barreiras móveis recentemente instaladas no mar.
O sistema de defesa MOSE, nome italiano para para Moisés, derivado do Modulo Sperimentale Elettromeccanico (Módulo Eletromecânico Experimental), visa reter a subida das águas e a consequente inundação das cidades.
Macau, cidade chinesa, encontra-se em 28º na lista.
Com 661 mil habitantes, pode ver submersos o seu aeroporto e a AJ
Hackett Macau Tower.
Destinos turísticos em risco
Algumas destas cidades submersas nos próximos anos são também
destinos turísticos populares, que já estão a lutar contra o aumento do
nível das águas e os danos causados pelas inundações frequentes.
Veneza é um exemplo fácil de um destino turístico que sofre uma tensão significativa e crescente devido a inundações frequentes.
A Basílica de St. Mark em Veneza já sofreu graves inundações e danos causados pela água.
Apesar dos esforços para introduzir um sistema de barreira de
inundação, a Praça de St. Mark foi danificada em 2020 quando a barreira
de inundação não foi utilizada, demonstrando que mesmo quando existem
infraestruturas para prevenir os efeitos da crise climática, estas só
resolverão alguns dos problemas.
O
destino turístico popular Waikiki Beach no Havai já está a lutar com a
subida do nível do mar e requer maior proteção contra a crescente erosão
costeira.
Já desapareceram 13 milhas da praia havaiana no século passado. As
suas atuais tentativas de reabastecer as praias com areia importada são
medidas dispendiosas e temporárias.
O estado da Florida está a investir 4 mil milhões de
dólares na prevenção de mais danos, em particular em Miami Beach, um
destino turístico popular com quase 1.200 casas atualmente em risco de
inundação. Na verdade, as inundações estão a tornar-se uma ocorrência
anual nesta região.
Segundo a UNESCO, a famosa Ilha de Páscoa e as suas
icónicas estátuas estão gravemente em risco devido à subida do nível do
mar e às chuvas. A ilha está já a sofrer uma erosão significativa e as
ondas aproximam-se todos os anos do local.
A famosa Ilha de Páscoa está em risco
Mais de 90 ilhas nas Maldivas sofrem inundações todos os anos e prevê-se que percam 80% ou mais das suas ilhas nas próximas três décadas.
Já estão a ser feitos planos pelo governo local para adquirir terras
noutros países como um seguro para deslocalizar a população das
Maldivas, se necessário.
O Wadden Sea faz parte do património europeu da UNESCO e é visitado por milhões de pessoas todos os anos.
A miríade de espécies vegetais e animais está em risco devido à
subida do nível do mar e à erosão, o que causará danos significativos.
Estão a ser feitos esforços para evitar que isto aconteça.
Embora a região deEifel não se encontre na costa, os rios estão também sujeitos a grandes catástrofes de alterações climáticas.
Como exemplo, Eifel, localizada no epicentro das adegas e festivais
de vinho na Alemanha, foi atingida por inundações maciças em 2021 que
nivelaram edifícios e arruinaram empresas. Mais de 220 pessoas morreram
na Alemanha e na Bélgica durante estas inundações.
Key West, na Flórida, já investiu em infraestruturas e projetos de relocalização antes de se verificarem danos incalculáveis.
Os peritos estimam que partes da Key West estarão submersas em 2040, e
o dinheiro que custaria para se preparar para isso está nos milhares de
milhões.
A cidade de Nova Iorque está a experimentar uma
frequência e gravidade crescentes das cheias, recebendo a primeira
emergência de inundação instantânea da cidade na história registada em
novembro de 2021.
Este é um problema para o qual Nova Iorque não está estruturalmente preparada.
Entre as suas atrações turísticas mais emblemáticas, a Estátua da Liberdade foi danificada durante o furacão Sandy e corre o risco de sofrer danos imediatos devido à subida do nível do mar.
Porque é que a subida do nível do mar é importante?
De acordo com as Nações Unidas, aproximadamente 10% da população
mundial (ou 790 milhões de pessoas) vive na linha costeira. Muitas das
maiores cidades do mundo têm evoluído ao longo das costas do mundo.
Historicamente, estas cidades costeiras têm prosperado devido à facilidade do comércio e das trocas comerciais.
Estes polos económicos são também algumas das cidades mais povoadas,
o que coloca milhões de habitantes em risco. Estima-se que dois terços
das cidades com mais de 5 milhões de habitantes se situam em regiões
costeiras ameaçadas.
A erosão costeira é uma grande ameaça sem sequer ter em conta o aumento do impacto de catástrofes naturais, como furacões ou tsunamis.
Isto significa que as cidades irão enfrentar grandes cataclismos, antes de ficarem completamente submersas de forma permanente.
2/3 das cidades com mais de 5 milhões de habitantes estão em regiões costeiras
A perda de terreno não é a única preocupação
A subida do nível do mar é um tema de grande preocupação, mas a isto acresce o aumento das catástrofes naturais que acompanha o aumento da temperatura. Prevê-se que secas, incêndios, furacões e tempestades tropicais aumentem.
Os animais estão também a ser afetados pelo aumento das temperaturas
globais, à medida que os locais naturais de vida são perturbados ou já
não são habitáveis, o que tem um impacto enorme na biodiversidade e na capacidade de sobrevivência nos seus habitats naturais.
A extinção de espécies animais está na realidade a
prejudicar ainda mais o desembolso de sementes de plantas, o que por sua
vez prejudica a adaptação ao clima natural.
O impacto da subida do nível do mar varia, em grande medida, em
função da capacidade dos governos locais de reconhecer o problema
suficientemente cedo e de dispor dos recursos necessários para mitigar
os danos graves.
Por exemplo, Jacarta está em vias de construir um muro marítimo
de 40 mil milhões de dólares para travar a maré. Além disso, o governo
aprovou uma lei que permite que a capital seja transferida de Jacarta
para uma zona de selva não desenvolvida na ilha vizinha de Bornéu.
O United States Geological Survey está atualmente a trabalhar num
estudo de avaliação de risco da paisagem costeira da região nordeste dos
Estados Unidos para (eventualmente) fazer recomendações sobre como enfrentar a crise climática.
Tal como a nação insular de Kiribati, algumas nações literalmente não têm para onde ir e já estão a preparar o seu povo para a migração em massa.
Não há dinheiro ou terras suficientes para opções alternativas, e o
governo está a comprar propriedades noutros países para deslocar o seu
povo quando o inevitável acontecer. Tuvalu deve desaparecer dentro das próximas duas décadas.
Não é demasiado tarde
Mas mesmo os países mais pro-ativos não podem evitar completamente os
efeitos da subida do nível do mar sobre as suas populações.
Medidas preventivas não evitarão unilateralmente os efeitos
devastadores de um aumento global da temperatura do mar, especialmente
quando alguns políticos ainda hesitam em chamar às mudanças climáticas
extremas “mudanças climáticas”.
De facto, já foram gastos biliões de dólares em
resposta a eventos de catástrofes naturais e isto só irá aumentar à
medida que as calamidades crescerem em frequência e gravidade.
Mesmo quando se discute a erosão das linhas costeiras, a destruição
das cidades, a perda de vidas, e a incalculável pressão financeira da
crise climática, ainda pode ser muito difícil para muitos conceptualizar
exatamente a gravidade do problema.
De acordo com a NASA, a NOAA, e outros grupos de defesa da ciência, não é demasiado tarde para abrandar ou prevenir muitos dos efeitos devastadores das alterações climáticas.
Entretanto, podemos aprender muito com a forma como os holandeses têm vindo a lidar com este problema há décadas.
A Dutch Delta Works é uma das sete maravilhas do mundo moderno e tem mantido a Holanda acima do nível do mar com a sua rede de barragens, diques, e outros sistemas de prevenção de cheias, desde os anos 50.
Bruxelas
está nervosa. Há um medo real de que a Europa possa estar a caminhar em
espiral para a sua pior crise de segurança, em décadas.
Mas a angústia dos belgas não está totalmente centrada no atual conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
A
preocupação dominante no Ocidente — Washington, NATO, Reino Unido e UE —
está mais relacionada com Moscovo procurar dividir e desestabilizar a
Europa, abalando o equilíbrio do poder continental a favor do Kremlin.
O
primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki, no final do ano passado,
sublinhou que o Ocidente precisava de “acordar do seu sono geopolítico”
em relação às intenções da Rússia, de acordo com a BBC News.
As
consequências da invasão da Ucrânia pelo Presidente russo Vladimir
Putin e o anúncio de que colocou o sistema de dissuasão nuclear russo em
“alerta máximo” continuam a ecoar em toda a Europa Central.
Segundo a Raw Story,
as pessoas que vivem nos antigos Estados da era soviética têm ido a
correr para as farmácias para comprar iodo, na crença de que este as
protegerá de envenenamento por radiação.
Para além de levantarem
dinheiro dos bancos e encherem os seus depósitos de gás, dezenas de
pessoas tentam armazenar iodo para o caso de Putin se virar para o
ataque nuclear.
Hugo, um português que mora na Bélgica, explicou
ao ZAP que, “por causa das centrais nucleares, é habitual haver pessoas
a procurar essas pastilhas”.
“Mas, agora, claro que com as notícias de possível guerra nuclear”, acrescenta, as pessoas andam “paranoicas”.
“Nos
últimos seis dias, as farmácias belgas venderam tanto [iodo] como
durante um ano”, disse Nikolay Kostov, presidente do Sindicato das
Farmácias, à Reuters.
“Algumas farmácias já nem têm em stock. Encomendámos mais quantidades, mas receio que não durem muito tempo”, acrescenta.
Segundo relata o La Voix du Nord,
os mísseis russos com alcance de até 2500 km, que podem ser carregados
com ogivas convencionais ou nucleares, preocuparam imediatamente o
público.
As farmácias belgas foram tomadas de surpresa, segundo
Le Soir. Cerca de 1.500 caixas de 10 comprimidos de iodeto de potássio
foram entregues na quinta feira passada, e quase 4.000 por dia na sexta
feira e no sábado. Na segunda feira, o número aproximava-se das 30.000
caixas.
De acordo com o Courrier International,
na Bélgica, os comprimidos de iodo são distribuídos gratuitamente nas
farmácias, há quatro anos, devido ao mau estado das instalações
nucleares do país.
As pessoas que viviam num raio de 20
quilómetros à volta das centrais nucleares em atividade no país em 2018 –
Tihange, no leste, e Doel, no norte – receberam, na altura, cápsulas.
Em setembro do mesmo ano, também as autoridades alemãs tinham distribuído pastilhas
de iodo aos habitantes da cidade de Aachem, a 70 km da central nuclear
belga. As autoridades alegaram que a central estava tão próxima que, em
caso de emergência, não haveria tempo para distribuir os comprimidos.
Miroslava
Stenkova, representante das farmácias Dr. Max na República Checa, onde
algumas lojas tinham ficado sem iodo depois de a procura ter disparado,
admitiu que “tem sido uma loucura“.
O iodo — tomado em
comprimidos ou xarope — é considerado uma forma de proteger o corpo
contra condições como o cancro da tiroide em caso de exposição
radioativa. As autoridades japonesas recomendaram em 2011 que as pessoas
em redor da central nuclear de Fukushima tomassem iodo.
Mas
alguns funcionários da região advertiram que o iodo não iria ajudar em
caso de guerra nuclear. Dana Drabova, chefe do escritório estatal checo
de Segurança Nuclear, escreveu no Twitter: “Pergunta-se muito sobre as
pastilhas de iodo como proteção contra a radiação, mas quando (Deus nos
livre) as armas nucleares são utilizadas, são basicamente inúteis“.
No entanto, na Polónia, o número de farmácias que vendem iodo mais do que duplicou, segundo o Gdzie po lek, um site polaco que ajuda os doentes a encontrar a farmácia mais próxima com o medicamento que procuram.
“Dados
internos no nosso site mostram que o interesse pelo iodo aumentou cerca
de 50 vezes desde quinta-feira passada”, disse Bartlomiej Owczarek,
co-fundador da plataforma.
A Agência Federal Belga de Controlo
Nuclear escreveu no Twitter, na segunda-feira, que “a situação atual na
Ucrânia não requer pastilhas de iodo. Ainda estão livremente disponíveis
nas farmácias, mas não são necessárias neste caso específico. Tomar
apenas iodo por recomendação das autoridades”.
O caso curioso de Pondicherry, uma cidade que tinha ficado sem praia. E o momento ainda mais curioso de Aurofilio Schiavina.
Imagine
que passeia todos os dias, ou pelo menos todas as semanas, num
determinado local, perto de casa. E imagine que, um dia, depois de
alguns anos fora do seu país, volta àquele local…e ele já não existe.
Agora pode deixar de imaginar: isso aconteceu mesmo, com Aurofilio Schiavina, na Índia.
Aurofilio, relata a revista National Geographic,
costumava passear junto ao mar em Pondicherry. A cidade no sul da Índia
conta com a bela paisagem da baía de Bengala. O (na altura) estudante
aproveitava os ares oferecidos pelo oceano Índico e andava pela praia
local.
Deixou a sua cidade, o seu país, para completar o seu percurso académico no Reino Unido. Isto em 1991.
Quando regressou à Índia, oito anos depois…a praia já não estava lá.
Entretanto
tinha sido construído um porto, naquela zona. A construção não foi bem
executada, ou bem pensada (ou ambas), e o nível de água foi subindo, até
que a areia ficou “inundada”. A praia ficou dentro do mar.
Assim, Pondicherry ficou famosa: a cidade do litoral da Índia que não tem praia.
Sem areia, os indianos e os turistas limitavam-se a andar pelo paredão de cimento, pelas pedras irregulares.
E,
como a praia desapareceu, até os guias turísticos começaram a levar os
turistas para outros pontos da cidade, mais longe do mar – e há muito
para apreciar em Pondicherry: arquitectura, cafés, boutiques…
Bishwajit
Banik, guia turístico, confessou que nos últimos 20 anos muitos
turistas perguntaram o que aconteceu à praia, “que arruinou o
ecossistema costeiro” local.
O que aconteceu foi a tal
construção de um porto, que arrancou ainda na década 1980. A areia
começou a ser transferida, acumulou-se na zona sul da praia, em vez de
manter o seu percurso natural. Nos anos 1990 a praia foi mesmo
“engolida” pelo mar. E passou a ser a “praia de pedra”.
E há
algo mais sério: esta alteração ao movimento natural da areia prejudicou
claramente a biodiversidade local e os meios de subsistência de muitos
moradores. Estima-se que mais de 7 mil famílias ficaram sem a sua única
fonte de rendimento – a pesca. Reverter a situação
Foram
precisos anos para identificar o problema. Foi precisamente Aurofilio
Schiavina quem identificou a raiz do problema (a transferência da areia)
na construção do porto.
Depois de lutas em tribunal e de anos a
tentar convencer as autoridades locais, em 2018 arrancou um projecto
experimental, que começou a dragar areia da foz do porto; a areia tem
sido conduzida de volta à zona da praia através de um oleoduto de quase
três quilómetros.
A peça central do projecto é um recife
artificial submerso – o primeiro na Índia – que pesa 900 toneladas. A
água e sedimentos são desviadas para a zona norte da praia; os tubos,
que foram instalados ao longo do paredão, colocam areia de novo na
praia.
A iniciativa foi da organização PondyCAN | Pondy
Citizen’s Action Network, que trabalha em colaboração com o Governo
indiano desde 2009, para recuperar aquela praia.
Três anos depois, no Verão passado, já havia cerca de 60 metros de praia.
Agora
os locais e os turistas regressam à zona litoral, até para acompanhar
este processo. Os pescadores agradecem e também voltam.
A
Rússia planeia tomar a Ucrânia em 15 dias, ou seja, até ao próximo
domingo, 6 de Março, de acordo com alegados documentos secretos
revelados pelas Forças Armadas da Ucrânia. Putin planeia controlar as
principais cidades ucranianas e demover a resistência com execuções
públicas.
Numa altura em que a Rússia ganha terreno a sul da
Ucrânia, são divulgados os alegados planos russos para a ofensiva que
preveem a conquista do país em 15 dias, ou seja, de 20 de Fevereiro a 6
de Março.
Estes documentos são publicados no Facebook pelo
Comando de Operações das Forças Armadas Conjuntas da Ucrânia (COFACU)
que garante que os planos foram aprovados a 18 de Janeiro passado.
“Graças
às acções bem-sucedidas de uma das unidades das Forças Armadas da
Ucrânia, os ocupantes russos perdem não apenas equipamento e força
viva”, mas, “em pânico, também deixam documentos secretos”, aponta o
COFACU na publicação na rede social.
O COFACU publica o que
serão os “documentos de planeamento de uma das unidades do grupo táctico
do batalhão 810.a”, da “brigada marinha da Frota do Mar Negro da
Federação Russa”, incluindo “um mapa de trabalho, tarefas de combate,
mesa de chamadas, mesas de sinais de controlo, mesas de gestão ocultas,
lista de armazém de pessoal”, entre outros elementos.
Derrotar os ucranianos com execuções públicas
Entretanto, a jornalista da Bloomberg News
Kitty Donaldson assegura que os serviços secretos da Rússia também têm
planos para realizar “execuções públicas” logo que o exército russo
passe a controlar as principais cidades ucranianas.
Uma estratégia para “desencorajar os ucranianos de lutarem” contra a ocupação, como refere.
A
jornalista cita uma fonte da Inteligência Europeia e nota que os planos
passam ainda pelo “controle violento das multidões” e por “detenções
repressivas de organizadores de protestos” de forma a “quebrar a moral
ucraniana”.
Contudo,
os soldados de Putin têm enfrentado algumas dificuldades, sobretudo
devido à resistência ucraniana, cujas forças armadas têm sido reforçadas
por muitos civis voluntários.
Mas há também algum espanto pelo facto de a Rússia não ter conseguido afirmar a sua superioridade aérea.
Pelo
meio, começa a ser evidente alguma desmoralização das tropas russas e
há rumores de que alguns soldados acreditavam que iam, apenas, fazer
exercícios militares.
Mas no sul da Ucrânia, os russos estão a
fazer valer a sua superioridade naval no Mar Negro. Ao mesmo tempo,
mantêm a pressão sobre a capital Kiev e sobre a segunda maior cidade
ucraniana, Kharkiv.
Nesta altura, Putin está a isolar a Ucrânia
nas suas fronteiras a sul, a oeste e a norte, na confluência com os
territórios russo e bielorrusso.
O país tem apenas a parte
ocidental livre de tropas russas, nas fronteiras com Moldávia, Roménia,
Hungria, Eslováquia e Polónia. Mas o plano russo também pode passar por
entrar na Moldávia.