Aproximadamente um terço da biodiversidade dos leitos
marítimos polares estão ameaçados de extinção como consequência da
mudança climática, assinala um estudo de uma universidade australiana
divulgado nesta quarta-feira.
Segundo a pesquisa liderada por Graeme Clark, da
Universidade de Nova Gales do Sul, a perda progressiva das calotas
polares poderia gerar resultados nefastos para o ecossistema das regiões
ao permitir uma maior penetração dos raios solares no leito marinho.
O estudo, realizado conjuntamente com a Divisão
Australiana Antártica, alerta que os ecossistemas polares poderiam ser
mais sensíveis à mudança climática do que se pensava anteriormente.
"Até uma pequena mudança na data da perda anual de gelo
pode representar um momento crítico, capaz de desencadear outras
mudanças generalizadas no ecossistema", expôs Clark em um comunicado
emitido pela Universidade de Nova Gales do Sul.
"No litoral da Antártica, por exemplo, este fato pode
fazer com que as comunidades dominadas pelos animais invertebrados, que
são únicas e que estão adaptadas à escuridão, sejam substituídas por
leitos de algas que se desenvolvem com a luz - fato que reduzirá
significativamente a biodiversidade", apontou o investigador
australiano.
Os invertebrados que habitam o leito marinho antártico,
entre os quais se incluem espécies como as esponjas, animais musgo,
ascídias e vermes, são importantes para o ecossistema porque contribuem
com filtragem da água, reciclagem de nutrientes e fazem parte da cadeia
alimentar desta região.
"Isto é só um exemplo do impacto ecológico em grande
escala que os humanos podem impor através de aquecimento global,
inclusive em lugares remotos como a Antártida", concluiu Emma Johnston,
integrante do grupo de pesquisa.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/clima/mudanca-climatica-ameaca-13-da-vida-polar-marinha-aponta-estudo,1b6000b16cb20410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
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