Uma equipa de arqueólogos acredita ter encontrado a icónica Arca de Noé nas montanhas da Turquia. Os geólogos insistem, no entanto, que a formação em causa é simplesmente uma rocha.
Em 1959, o cartógrafo Ilhan Durupinar descobriu um vestígio em forma de barco no topo de uma montanha na região Dogubayazit, na Turquia. Investigadores norte-americanos e cientistas turcos, que incorporam o Noah’s Ark Discovered Project, acreditam que têm em mãos provas de que a relíquia bíblica se encontra debaixo da superfície de Durupinar.
Com a ajuda de tecnologias avançadas em 3D, os investigadores afirmam ter descoberto uma estrutura em forma de barco feita pelo Homem debaixo do solo em Durupinar, no monte Tendurek, no leste da Turquia. A formação identificada nas digitalizações corresponde, segundo a equipa, às dimensões da descrição do Génesis da Arca de Noé.
Segundo o The Jerusalem Post, Andrew Jones e Fethi Ahmet Yüksel, do Departamento de Engenharia Geofísica e do Departamento de Geofísica Aplicada da Universidade de Istambul, estão ansiosos por continuar a estudar o local.
Mas o entusiasmo não é geral: os geólogos continuam a defender que o vestígio, descoberto pela primeira vez há cerca de 50 anos, é apenas uma formação rochosa.
Durupinar tem sido repetidamente questionada e refutada enquanto localização da Arca de Noé. Nos anos 70, e até aos anos 90, o investigador norte-americano Ron Wyatt estudou o local e publicou as suas descobertas.
O geólogo Lorence Collins acabou por refutá-las, em 1996, no Journal of Geosciences Education, defendendo que as descobertas se resumiam a uma simples formação rochosa natural com uma estrutura invulgar.
O interesse científico do local levou o Ministério da Cultura turco a colocar o sítio sob proteção nacional e a rotulá-lo como parque nacional, mas, até hoje, nenhum projeto oficial de escavação foi aprovado.
Ainda assim, várias equipas independentes continuam a estudar simultaneamente o local.
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