órbita: 172.800.000 km do Sol (em média)
tamanho: 33x13x13 km
Eros era o deus Grego do amor e do desejo.Em uma conferência de imprensa em 17 FEV 2000, os cientistas da missão Near Earth Asteroid Rendezvous deixaram todos os presentes sem fôlego enquanto discutiam os últimos resultados do asteróide Eros. Após menos de uma semana em órbita, a NEAR já tinha retornado impressionantes imagens que haviam surpreendido e deleitado os pesquisadores.
"Inicialmente eu fiquei tonto e sem palavras pela beleza das imagens do asteróide," disse Mark Robinson, um membro da equipe de imagens da NEAR da Northwestern University. "Assim que eu me recuperei daquilo, entrou em cena o geólogo." As primeiras imagens da NEAR mostraram que Eros tinha uma superfície antiga coberta com crateras, valas, camadas, rochas do tamanho de uma casa e outras estruturas complexas. "Isto não é simplesmente uma outra rocha flutuando no espaço," continuou Robinson. "Há muita coisa interessante do ponto de vista geológico acontecendo." "Há pistas excitantes que este asteróide tem uma estrutura em camadas, como uma folha de compensado." disse Andrew Cheng, do Laboratório de Física Aplicada da Johns Hopkins University, que trabalha como cientista chefe da missão NEAR. "Estas camadas parecem ser muito retas e parecem ir de uma ponta a outra. Isto é como se Eros tivesse sido em algum momento do passado parte de um corpo maior, talvez o fragmento de um planeta."
Esta idéia encaixa na idéia geral que os cientistas têm dos asteróides. A maioria está concentrada em um cinturão entre as órbitas de Marte e Júpiter. Os asteróides são provavelmente as peças que restaram de um planeta que tentou se formar há 4,6 bilhões de anos quando o sistema solar era jovem, mas não conseguiu devido à proximidade do campo gravitacional de Júpiter. Eros poderia ser um fragmento de um planetóide que se formou há muito tempo atrás e depois se partiu em consequência de colisões com outros asteróides. Com a NEAR em órbita, os cientistas agora sabem que a densidade de Eros é 2,4 gramas por centímetro cúbico -- quase a mesma densidade que crosta da Terra.
"Com estes novos dados, parece que nós temos realmente um objeto sólido," disse o líder da equipe científica de rádio Dr. Donald Yeomans do Laboratório de Propulsão a Jato em Pasadena, CA. "Não há evidências fortes de que ele seja uma pilha de pedras como Mathilde," o grande asteróide que a NEAR visitou e fotografou em 1997.
Eros tem um sulco gigante que chamou a atenção. Aqui está uma imagem em detalhe.
Dentro do Sulco Gigante de Eros. Esta imagem foi tirada pela NEAR em 15 FEV 2000, enquanto a nave espacial estava passando diretamente sobre o grande sulco que dá a Eros a forma característica de um amendoim. Ela é um mosaico de imagens individuais que mostram estruturas da ordem de 35 metros (120 pés) de diâmetro. Embora a maior parte do asteróide esteja na sombra, podemos ver dentro do sulco. Muitas valetas estreitas paralelas seguem muito de perto o contorno do sulco. Embora eles pareçam curvilíneos neste ângulo, ele estão mais provavelmente paralelos ao comprimento do asteróide. O contraste forte e brilhante ao longo do terminador (a linha que separa o dia da noite em Eros) torna mais fácil ver que a maioria da superície está repleta de crateras de impacto. Dentro do sulco, entretanto, somente pequenas crateras estão presentes, indicando que a área dentro do sulco é mais jovem que a superfície ao longo do terminador. Isto quer dizer que o evento que causou a formação do sulco deve ter acontecido mais recentemente que a formação do resto da superfície de Eros.
Mas isto não foi o fim da missão NEAR. A NEAR, rebatizada então para NEAR-Shoemaker (homenagem a Gene Shoemaker). Na segunda-feira, 12 FEV 2001, a nave espacial pousou no asteróide Eros, após transmitir 69 imagens em detalhe da superfície durante sua descida final. Esta foi a primeira vez que humanos pousam uma espaçonave em um asteróide! Acompanhar este evento foi a mais excitante experiência da vida de muitos astrônomos.
Aqui está uma das imagens finais:
O pouso foi suave, a espaçonave chegou à superfície do asteróide a menos de 4 mph. Após isto a nave espacial NEAR Shoemaker ainda estava se comunicando com a equipe da NEAR no Laboratório de Física Aplicada da Johns Hopkins University, Laurel, Md.
E aqui está a imagem final:
Esta última imagem feita pela NEAR Shoemaker foi a somente a 120 metros (394 pés) da superfície do asteróide e cobriu uma área de 6 metros (20 pés). A NEAR Shoemaker continuou a enviar um sinal para a Terra, garantindo à equipe que ela havia pousado suavemente. O sina foi detectado pelos dados do radar científico, e cerca de uma hora depois foi travado pelas antenas da Deep Space Network (NASA), que continuaram a monitorar a nave espacial a 196 milhões de milhas da Terra. Depois, a NASA deu o sinal verrde para a missão NEAR coletar dados da superfície de Eros em 28 FEV 2001 adicionando quatro dias à extensão já garantida após o histórico pouso da nave espacial NEAR Shoemaker no asteróide. O tempo extra deu ao espectrômetro de raios gama da NEAR Shoemaker a possibilidade de observar a composição química na superfície de EROS e abaixo dela, além do que a equipe da NEAR teve pelo menos mais duas oportunidades de baixar esta informação através das congestionadas antenas da Deep Space Network.
Fonte: http://noveplanetas.astronomia.web.st/eros.html