Um dos maiores ufólogos do mundo, o brasileiro Ademar Gevaerd afirma: os discos voadores existem e têm na Amazônia, principalmente no Pará, um ponto de suas manifestações. Para Gevaerd, as aparições de objetos luminosos que emitiam jatos poderosos sobre seres humanos, sugando-lhes o sangue e produzindo lesões na pele durante meses seguidos, entre 1977 e 1978, na ilha paraense de Colares, foram o maior 'fenômeno continuado' já registrado por pesquisadores e ufólogos em todo o planeta.
" Essas naves são reais e não tenho mais nenhuma dúvida sobre isso. Nós estamos sendo visitados por várias civilizações, que vêm de diversos pontos do universo', disse Gevaerd em entrevista a O LIBERAL, na semana passada. Pesquisador, jornalista e diretor da revista UFO, ele acrescentou que os seres que nos visitam são muito parecidos com os humanos. Além da aparência, têm dois braços, duas pernas, dois olhos, tronco e cabeça. 'Isso leva a pensar que, na verdade, os seres do espaço e os humanos façam parte da mesma espécie. É como se o mesmo criador deles fosse também o nosso criador'.
Gevaerd afirma que nunca teve contato direto com os tripulantes das naves, mas adverte que o trabalho dos ufólogos é baseado nas experiências vividas por pessoas que estiveram frente a frente com essas naves.
É óbvio que, aqui e ali, não faltam malucos de carteirinha, que, segundo Gevaerd, se aproveitam de um fenômeno que nem a ciência consegue explicar ainda para experimentar seus quinze minutos de fama. 'Infelizmente, em qualquer setor da atividade humana, há sempre farsantes desse tipo. Isto é comum no meio ufológico', sentencia, para frisar que a ufologia tem mecanismos capazes de mostrar ao público o que é fato e o que é lenda, separando a verdade da mentira.
No final de 1977, na ilha de Colares, luzes que a população dizia terem vindo do espaço sugavam o sangue das pessoas, deixando em mais de 80 delas seqüelas físicas e psicológicas. Teria havido algum tipo de fraude ou tudo não passou de histeria coletiva, como garantem alguns psiquiatras e parapsicólogos? Gevaerd responde: 'o que houve em Colares foi fato. As pessoas de lá tiveram uma experiência muito séria. O fenômeno, para essas pessoas, se manifestou de maneira muito traumática'.
As naves apareciam à noite ou ao cair da noite, e também às vezes, embora raramente, durante o dia. Elas perseguiam pessoas e famílias inteiras de Colares e de comunidades vizinhas da região do Salgado. A Aeronáutica fez pesquisas e investigou a fundo os fenômenos. Mandou equipes de Belém e de Brasília ao local, fez fotografias, filmes em super-8 e 16mm e também entrevistou as vítimas das luzes. Tudo continua, do ponto de vista oficial, sob segredo. 'De texto sobre o episódio, a Aeronáutica só liberou 10%. De fotografias, ela sonega 95% do público; e de filmagens, sonega tudo, 100%', acusa o ufólogo.
Os prontuários médicos das vítimas atendidas à época pela chefe do posto de Saúde de Colares, Wellaide Cecim, foram destruídos. Gevaerd foi a Colares na semana passada para a estréia, em praça pública, do filme 'A história que veio do céu', produção paraense sobre o 'chupa-chupa'. Mais de 1.500 pessoas aplaudiram o filme. 'O povo não esquece e sempre lembra do episódio. Encontrei pessoas que testemunharam o fenômeno, conta o ufólogo nesta entrevista.
Não se entende por que se faz tanto mistério sobre o Chupa-chupa. Um dos chefes da operação da Aeronáutica foi o então capitão Uirangê Holanda, que teria se suicidado em 1998, no Rio de Janeiro.
O capitão Holanda era um dos mais destacados oficiais da Aeronáutica no Pará. Ele recebeu a missão de investigar a fundo o que acontecia em Colares e região. O Holanda ainda tem muitos familiares que moram em Belém. Era um militar sério, disciplinado e que acreditava na pluralidade dos mundos habitados. Porém, ele não achava que os fatos que estavam acontecendo nos arredores de Belém tivessem alguma coisa a ver com discos-voadores. Ainda assim, foi escolhido pelo comandante do 1º Comar, brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, para chefiar um grupo de 30 pessoas e investigar o que estava acontecendo em Colares.
A revista que você dirige, a UFO, fez uma entrevista polêmica com o Holanda, ele contando tudo o que foi investigado no Pará. Ele morreu dois ou três meses antes de a entrevista ser publicada.
O Holanda e seus militares da Aeronáutica estiveram frente a frente com as naves que eles investigavam. A equipe foi a Colares, Santo Antonio do Tauá, Mosqueiro, Baía do Sol e outros locais onde as naves apareciam, filmaram e fotografaram tudo. O mais triste é que até hoje a Aeronáutica não admite o fato. E o pior é que os agentes dela fizeram mais de 500 fotografias das naves e mais de 16 horas de filmagens.
E onde estão essas fotografias e filmes? Como pesquisador, você tem alguma pista?
A gente imagina que uma parte desses filmes e fotos esteja aqui mesmo em Belém, no 1º Comar. Tenho uma informação, que não é recente, de que outra parte desse material esteja no Comando Militar de Defesa Aérea Brasileira (Comdabra), em Brasília.
Há uma outra informação, não confirmada, de que esses filmes e fotos estariam guardados nos arquivos da Nasa, a agência espacial americana, nos Estados Unidos.
Eu não sei nada sobre isso. Acredito que boa parte desse material, senão todo ele, tenha de fato sido enviado aos Estados Unidos. Os americanos têm uma atuação em todo o planeta sobre o que acontece no espaço aéreo de alguns continentes, como a América do Sul. Acredito, sim, na possibilidade de as informações do capitão Holanda terem sido em parte enviadas aos Estados Unidos. Não sei se à Nasa ou à Central de Inteligência Americana (CIA).
Você comandou, através da revista UFO, uma campanha denominada ' Ufos, Liberdade de Informação Já', pregando a abertura dos arquivos militares brasileiros sobre objetos voadores não-identificados, principalmente os casos de Colares e de Varginha, em Minas, onde seres de outro mundo teriam sido aprisionados pelo Exército. No que deu isso?
A Operação Prato, da Aeronáutica no Pará, referente ao caso chupa-chupa, de Colares, é o pilar da nossa campanha. Quando fizemos a campanha, tínhamos em mente que o governo federal nunca iria abrir seus arquivos. Nós pensamos: vamos usar a cabeça, temos de oferecer à população documentos e informações que comprovem que a Força Aérea Brasileira, o Exército e a Marinha estiveram à frente de investigações de pelo menos três casos da ufologia brasileira. Nós temos documentada essa participação. O nosso objetivo é saber o que foi registrado. A Operação Prato, o caso Varginha e o que chamamos de 'A Noite Oficial dos Ufos', testemunhada nos céus do Brasil pela própria Aeronáutica.
O que os ufólogos e pesquisadores pediram às Forças Armadas?
Pedimos à Aeronáutica, por exemplo, que liberasse pelo menos os arquivos relativos a essas três ocorrências. Fomos recebidos em Brasília pela Aeronáutica. Ela, porém, liberou apenas algumas poucas páginas de informações sobre a Operação Prato. Sobre quase todas as informações liberadas, inclusive fotos, nós já tínhamos conhecimento. Nós temos 400 páginas do relatório oficial da Operação Prato, mas a Aeronáutica só nos mostrou 200, quando na verdade há 2.000 páginas. Ou seja, liberaram somente 10% e nós temos 20%.
Quer dizer, então, que o governo brasileiro está sonegando 90% da verdade sobre o que aconteceu no Pará em 1977?
Infelizmente, é isso. Eu falo só de texto, porque se for falar de fotografias, a sonegação é de 95%. No caso das filmagens, a sonegação é total, de 100%. Há uma lei no Brasil que diz que casos mantidos há 30 anos em sigilo podem ser liberados para conhecimento público.
O próprio capitão Holanda foi chamado de maluco dentro da Aeronáutica, quando mostrou seu relatório comprovando que as aparições em Colares eram verdadeiras.
É verdade. O Holanda recebeu de seus superiores a missão de comandar uma operação que não tinha data para acabar. Foram colocados todos os recursos militares e tecnológicos da época à disposição dele para descobrir o que estava atacando aquelas pessoas na ilha. E ele descobriu quem estava por trás dos fenômenos.
A descoberta, você há de convir, foge ao senso comum.
Exatamente. E aí, veio a ordem imediata para que a Operação Prato fosse suspensa, ou finalizada. Ela tinha quatro meses de existência. O problema é que havia contatos diretos entre os tripulantes dos Ufos e os militares. O Holanda e sua equipe narraram ter presenciado naves com até 100 metros de diâmetro. O capitão teve de entregar fotos e filmes, inclusive os que havia comprado com dinheiro do próprio bolso, segundo revelou na entrevista à revista UFO.
fonte:http://www.cubbrasil.net/index.php?option=com_content&task=view&id=242&Itemid=87
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