Individualmente, as tempestades, conhecidas como
ejeções de massa coronal ou CMEs, não justificariam advertências
especiais. No entanto, o curto intervalo atípico e sua rota direta para a
Terra levou o Centro de Previsão Climática, da Administração Nacional
Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a emitir o alerta.
O
primeiro CME, que explodiu a partir de uma região magneticamente
conturbada do sol na segunda-feira (8) à noite, deve chegar à Terra na
noite de quinta, disse o diretor do centro Thomas Berger a jornalistas
em uma teleconferência.O mesmo pedaço da superfície solar produziu uma segunda tempestade mais poderosa perto das 17h45 (horário GMT) de quarta (10). "Nós não esperamos quaisquer impactos incontroláveis à infraestrutura nacional por conta dos eventos solares neste momento, mas estamos acompanhando de perto esses eventos", disse Berger.
O sol está atualmente no pico de seu ciclo de 11 anos, embora o nível global de atividade esteja muito menor do que o típico para um pico solar.
Tempestades tão poderosas como as de agora, que
estão fazendo o seu caminho para a Terra, normalmente ocorrem entre 100 e
200 vezes durante um ciclo solar, disse Berger.
"O fato único
sobre este evento é que nós tivemos dois em rápida sucessão e as CMEs
poderiam estar interagindo em seu caminho para a Terra, na órbita da
Terra ou além. Nós simplesmente não sabemos ainda", disse ele.As partículas solares altamente energéticas e magneticamente carregadas podem atingir o campo magnético da Terra e interromper algumas comunicações de rádio e degradar os sinais de GPS, disse o NOAA.
As tempestades também têm o potencial de afetar as redes de energia do campo elétrico nas latitudes norte, que são mais suscetíveis a perturbações geomagnéticas.
Operadores de rede elétrica e da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA) foram notificados "apenas por precaução", Berger acrescentou.
No lado positivo, as tempestades devem provocar belas auroras, sempre visíveis quando o céu estiver limpo ao longo do norte dos EUA. As auroras são causadas por partículas solares eletricamente carregadas que atingem o oxigênio, nitrogênio e outros gases na alta atmosfera, criando cortinas de luz acima dos polos magnéticos norte e sul do planeta.
fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2014-09-11/explosao-dupla-de-tempestade-solar-leva-centro-americano-a-emitir-alerta-mundial.html
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