As rajadas de rádio rápidas – RRR (de sigla em inglês, FRBs) podem não permanecer misteriosas por muito mais tempo.
Astrônomos identificaram mais 13 desses sinais extragaláticos, aumentando a população conhecida em cerca de 20%. E o novo curso inclui uma segunda RRR repetida já descoberta. (Todos as outras vistas até agora foram únicos, disparando apenas uma única vez.)
Ingrid Stairs, astrofísica da Universidade da Colúmbia Britânica, que faz parte da equipe que estuda o fenômeno, disse em comunicado:
Saber que há outro repetidor sugere que pode haver mais por aí. E com mais repetidores e mais fontes disponíveis para estudo, podemos ser capazes de desvendar esses quebra-cabeças cósmicos – de onde eles vêm e o que os causa.
Essas rajadas são fenômenos breves, mas incrivelmente poderosos; as emissões de milissegundos são energeticamente comparáveis à produção total do nosso Sol ao longo de um século. Mas, como Stairs observou, as RRRs são tão enigmáticas quanto espetaculares. Os astrônomos ofereceram uma série de possíveis explicações para as explosões, incluindo a fusão de estrelas de nêutrons e até civilizações alienígenas avançadas.
Os novos resultados – que foram anunciados em 9 de janeiro passado, em dois artigos na revista Nature, e em apresentações na 233a reunião da American Astronomical Society em Seattle – não são uma ótima notícia para quem espera que ETs sejam os responsáveis. Quanto mais comum é um fenômeno, afinal, é mais provável que haja uma explicação natural.
A equipe de descoberta analisou as observações do Experimento Canadense de Mapeamento de Intensidade de Hidrogênio (de sigla em inglês, CHIME), um novo radiotelescópio avançado no Vale Okanagan, na Colúmbia Britânica…
O sinal que repetiu, conhecido como FRB 180814.J0422 + 73, fica a cerca de 1,5 bilhão de anos-luz da Terra, determinaram os astrônomos. Isso é cerca de duas vezes mais próximo do que o outro repetidor, FRB 121102, que é conhecido por ter disparado dezenas de explosões nos últimos anos…
Tom Landecker, membro da equipe do CHIME, disse:
Essas fontes podem produzir ondas de rádio de baixa freqüência, e essas ondas de baixa frequência podem escapar de seu ambiente e não são muito dispersas para serem detectadas quando chegarem à Terra.
Isso nos diz algo sobre os ambientes e as fontes. Não resolvemos o problema, mas há várias outras peças no quebra-cabeça.
Colaboração: Fábio Silva Pereira
Estranho o artigo dizer:
…não são uma ótima notícia para quem espera que ETs sejam os responsáveis. Quanto mais comum é um fenômeno, afinal, é mais provável que haja uma explicação natural.
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