As estruturas em forma de parede, que alcançam até 300 metros de altura, estão localizadas ao redor de lagos nas regiões polares de Titã.
Usando observações e dados coletados pela sonda Cassini, cientistas exploraram uma série de ‘paredes’ que parecem confinar alguns dos poços e lagos da maior lua de Saturno.
“A formação dos lagos de Titã e suas características ao redor permanece uma questão em aberto”, disse Anezina Solomonidou, pesquisadora da ESA no Centro de Astronomia Espacial Europeia e principal autora do estudo publicado. “As paredes podem ter pistas importantes sobre como as regiões polares de Titã, cheias de lagos, se tornaram o que vemos hoje.”
A equipe de cientistas examinou cinco regiões próximas ao pólo norte de Titã, uma região rica em lagos e muralhas dessa natureza. Eles também observaram três lagos vazios em uma região próxima para comparar. Os lagos variam em tamanho, desde os menores de 30 quilômetros quadrados até os muito maiores, até 670 quilômetros quadrados. Todos os lagos estavam completamente cercados por paredes de 200 a 300 metros de altura e se estendem até 30 quilômetros das margens do lago.
“Os dados espectrais mostraram que as paredes têm uma composição diferente em relação ao seu entorno”, disse Solomonidou. “Os solos dos lagos vazios que estudamos também parecem ser espectralmente semelhantes às paredes, sugerindo que tanto as bacias vazias quanto as paredes podem ser feitas ou revestidas com material semelhante e, portanto, podem ter se formado da mesma forma.
Os autores sugerem dois possíveis mecanismos que poderiam ter formado essas paredes. No entanto, eles são cuidadosos ao enfatizar que este é um trabalho preliminar e longe de ser conclusivo.
A primeira possibilidade é baseada no fato de que os pisos de lagos vazios e lagos cheios têm elevações diferentes. Com base nisso, os autores acham que um processo que envolve um subsolo saturado de lençol freático seja responsável pelos paredões. A segunda possibilidade é que a bacia de um lago e a crosta que a circunda primeiro endureça e depois esvazie, o que leva o lago a penetrar no subsolo. A parte da região que não se esvazia está se projetando sobre o terreno circundante para formar uma parede.
O fato das paredes estarem sempre completas ao redor dos lagos diz algo sobre sua idade. Nesse cenário, um lago de hidrocarbonetos se formaria primeiro, depois uma parede e depois uma borda, que é corroída devido à sua composição mais fraca. Mas se tanto a borda quanto a parede são feitas do mesmo material, então essa explicação não se encaixa.
Se ambas as características são feitas do mesmo material, então a história dos lagos poderia ser a seguinte: primeiro, uma bacia é formada. O material residual desse primeiro formaria as bordas, depois as paredes maiores.
Se isso for verdade, então os lagos com paredes seriam mais novos que os lagos sem paredes. Os lagos mais jovens simplesmente não existiram por tempo suficiente para que a parede deles fosse corroída e removida.
“É difícil restringir o mecanismo exato de como essas paredes são formadas, mas com mais pesquisas, há uma crescente compreensão de corpos intrigantes como Titã”, concluiu Solomonidou.
Usando observações e dados coletados pela sonda Cassini, cientistas exploraram uma série de ‘paredes’ que parecem confinar alguns dos poços e lagos da maior lua de Saturno.
“A formação dos lagos de Titã e suas características ao redor permanece uma questão em aberto”, disse Anezina Solomonidou, pesquisadora da ESA no Centro de Astronomia Espacial Europeia e principal autora do estudo publicado. “As paredes podem ter pistas importantes sobre como as regiões polares de Titã, cheias de lagos, se tornaram o que vemos hoje.”
A equipe de cientistas examinou cinco regiões próximas ao pólo norte de Titã, uma região rica em lagos e muralhas dessa natureza. Eles também observaram três lagos vazios em uma região próxima para comparar. Os lagos variam em tamanho, desde os menores de 30 quilômetros quadrados até os muito maiores, até 670 quilômetros quadrados. Todos os lagos estavam completamente cercados por paredes de 200 a 300 metros de altura e se estendem até 30 quilômetros das margens do lago.
“Os dados espectrais mostraram que as paredes têm uma composição diferente em relação ao seu entorno”, disse Solomonidou. “Os solos dos lagos vazios que estudamos também parecem ser espectralmente semelhantes às paredes, sugerindo que tanto as bacias vazias quanto as paredes podem ser feitas ou revestidas com material semelhante e, portanto, podem ter se formado da mesma forma.
Os autores sugerem dois possíveis mecanismos que poderiam ter formado essas paredes. No entanto, eles são cuidadosos ao enfatizar que este é um trabalho preliminar e longe de ser conclusivo.
A primeira possibilidade é baseada no fato de que os pisos de lagos vazios e lagos cheios têm elevações diferentes. Com base nisso, os autores acham que um processo que envolve um subsolo saturado de lençol freático seja responsável pelos paredões. A segunda possibilidade é que a bacia de um lago e a crosta que a circunda primeiro endureça e depois esvazie, o que leva o lago a penetrar no subsolo. A parte da região que não se esvazia está se projetando sobre o terreno circundante para formar uma parede.
O fato das paredes estarem sempre completas ao redor dos lagos diz algo sobre sua idade. Nesse cenário, um lago de hidrocarbonetos se formaria primeiro, depois uma parede e depois uma borda, que é corroída devido à sua composição mais fraca. Mas se tanto a borda quanto a parede são feitas do mesmo material, então essa explicação não se encaixa.
Se ambas as características são feitas do mesmo material, então a história dos lagos poderia ser a seguinte: primeiro, uma bacia é formada. O material residual desse primeiro formaria as bordas, depois as paredes maiores.
Se isso for verdade, então os lagos com paredes seriam mais novos que os lagos sem paredes. Os lagos mais jovens simplesmente não existiram por tempo suficiente para que a parede deles fosse corroída e removida.
“É difícil restringir o mecanismo exato de como essas paredes são formadas, mas com mais pesquisas, há uma crescente compreensão de corpos intrigantes como Titã”, concluiu Solomonidou.
Fonte: https://www.ovnihoje.com/2019/07/26/paredoes-misteriosos-ao-redor-dos-lagos-de-lua-de-saturno/
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