A Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra - causado por metais líquidos - durante mais tempo do que se pensava, segundo o estudo de uma rocha lunar trazida pelos astronautas da nave Apollo 11 publicado nesta quinta-feira.
A descoberta da magnetização que permanece nas amostras de rochas coletadas pelas missões lunares Apollo e pelas observações da crosta lunar sugerem que a Lua teve um núcleo metálico e um campo magnético de dínamo.
O efeito dínamo consiste na geração espontânea de um campo magnético em um fluido condutor eletricamente neutro com o movimento de rotação. Por exemplo, no caso da Terra, acredita-se que esse campo magnético é causado pelo movimento de convecção do ferro e níquel fundidos no seu núcleo.
Na edição desta semana da revista Science, Erin Shea, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e sua equipe revelam que uma pedra lunar trazida pela Apollo 11, em 1969, registra a evidência de dínamo na Lua há 3,7 bilhões de anos. Há muito tempo a comunidade científica suspeitava que a Lua tivesse um campo magnético de dínamo em seu núcleo.
Estas descobertas abrem uma nova questão ao considerar que o resfriamento do interior da Lua provavelmente não foi o principal impulsionador do dínamo, como sugere a teoria atual. Os pesquisadores precisam encontrar fontes alternativas que podem ter gerado dínamo de tamanha longevidade.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5579995-EI301,00-Pedra+lunar+trazida+pela+Apollo+revela+novos+dados+sobre+a+Lua.html
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