Pyongyang ameaçou, este sábado, lançar uma "guerra santa" por causa do início, na próxima semana, das maiores manobras militares anuais realizadas pela Coreia do Sul e Estados Unidos da América, num "desafio descarado contra a paz e a segurança" da Coreia do Norte.
De acordo com um comunicado da agência estatal norte-coreana KCNA, as manobras, que envolvem mais de 210 mil efetivos de ambos os exércitos, constituem, "na sua essência, uma declaração silenciosa de guerra" que o "exército e o povo [norte-coreanos] estão firmemente decididos a combater com uma guerra santa ao nosso próprio estilo".
O primeiro exercício militar, "Key Resolve" tem início na segunda-feira, dia 27, devendo ser concluído a 9 de março, enquanto que o segundo, "Foal Eagle", arranca a 1 de março prolongando-se até ao final de abril, segundo confirmaram esta semana fontes do Comando Conjunto das Forças sul-coreanas e americanas.
A Coreia do Norte já tinha exigido, em anos anteriores, a Seul e a Washington que parassem de realizar estas manobras, tidas como ensaios para uma futura invasão do país por Pyongyang e como exercícios de natureza estritamente defensiva pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos.
"'Key Resolve' e 'Foal Eagle' são imperdoáveis histerias de guerra promovidas pelos vândalos para profanar o nosso período de luto [na sequência da morte, a 17 de dezembro, do líder norte-coreano Kim Jong-il] e constituem uma violação imperdoável da nossa soberania e dignidade", indica um despacho da KCNA, que cita a Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte
No comunicado, o órgão assegura que Pyongyang tem envidado "todos os esforços possíveis para evitar uma guerra", com "um elevado grau de paciência e magnanimidade", enquanto que Seul e Washington "sonham" que aconteça uma mudança em Pyongyang semelhante às que se verificaram no Egito ou na Líbia, "ignorando quem é o seu rival".
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2326246
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