Cientistas da Nasa e da Academia
Nacional de Ciências, dos EUA, concluíram um surpreendente estudo que
detalha minuciosamente o que pode acontecer em nossa moderna sociedade
tecnológica caso ocorra um super flare solar seguido de uma extrema
tempestade geomagnética. O estudo mostra que quase nada estaria imune à
tempestade, nem mesmo a água das residências.
De
acordo com as 132 páginas do relatório, o problema começa com as redes
de distribuição, consideradas o pilar de sustentação de praticamente
todos os serviços modernos existentes e que é extremamente vulnerável às
instabilidades do tempo espacial.
Isso acontece devido às extensas linhas de transmissão que agem como antenas quilométricas, captando as correntes elétricas geradas durante as tempestades geomagnéticas. A sobretensão provocada pela tempestade é induzida nos transformadores do sistema de distribuição, que a propaga em toda a região servida causando diversos problemas no abastecimento elétrico.
Isso acontece devido às extensas linhas de transmissão que agem como antenas quilométricas, captando as correntes elétricas geradas durante as tempestades geomagnéticas. A sobretensão provocada pela tempestade é induzida nos transformadores do sistema de distribuição, que a propaga em toda a região servida causando diversos problemas no abastecimento elétrico.
O mais famoso caso
de um surto provocado por tempestade geomagnética ocorreu na moderna
cidade de Québec, no Canadá, em março de 1989. Naquela ocasião mais de
seis milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica durante nove
horas.
Simulação
Para estimar o tamanho da pane que uma falha desse tipo pode causar os cientistas empregaram os dados da tempestade geomagnética ocorrida em maio de 1921, que induziu dez vezes mais eletricidade que a tempestade de 1989.
Os dados foram introduzidos no modelo representativo da malha atual de distribuição norte-americana. Para espanto dos pesquisadores os resultados mostraram que um surto semelhante acarretaria a destruição de pelo menos 350 transformadores principais, deixando 130 milhões de pessoas sem energia elétrica.
Segundo o cientista John Kappenmann, um dos autores do trabalho,
a perda de eletricidade atingiria em cheio o setor de infraestrutura
social. "A distribuição de água seria afetada em poucas horas, os
alimentos perecíveis e medicamentos estragariam entre 12 e 24 horas e os
sistemas de aquecimento e resfriamento deixariam de funcionar. Em
poucas horas o sistema de telefonia entraria em colapso e o
abastecimento de água e combustíveis funcionaria precariamente. 95% da
cadeia produtiva moderna deixariam de funcionar", disse Kappenmann.
Danos Catastróficos
De acordo com a simulação, uma repetição do Evento Carrington poderia causar pesados danos sociais e econômicos. A sobrecarga poderia ser acompanhada de blackouts de radiopropagação e falhas nos satélites de comunicação e GPS, ocasionando a queda dos sistemas bancários e serviços emergenciais. Devido à falha os transportes também sofreriam com problemas de abastecimento de todos os tipos e os hospitais entrariam em colapso por tempo indeterminado.
O estudo mostra que a extensão
do problema está diretamente ligada ao tempo necessário ao reparo das
linhas. A substituição de transformadores de milhares de toneladas não é
imediata, podendo levar semanas ou até meses para ser concluída. As
perdas estimadas pela equipe ultrapassariam 2 trilhões de dólares, cerca
de 20 vezes mais que os custos do furacão Katrina.
A mais intensa
A mais intensa
A tempestade geomagnética mais intensa que se tem registro foi denominada Evento Carrington e ocorreu entre agosto e setembro de 859. A intensa tempestade foi testemunhada pelo astrônomo britânico Richard Carrington, que observou a tempestade através da projeção da imagem do sol em uma tela branca. Na ocasião, a atividade geomagnética disparou uma série de explosões nas linhas telegráficas, eletrocutando técnicos e incendiando os papéis das mensagens em código Morse.
Relatos informam que auroras boreais foram vistas até nas latitudes médias ao sul de Cuba e Havaí. Nas Montanhas Rochosas, no oeste da América do Norte, as auroras eram tão brilhantes que acordavam os camponeses antes da hora, que pensavam estar amanhecendo. As melhores estimativas mostram que o Evento Carrington foi 50% mais intenso que a supertempestade de maio de 1921.
Fonte: http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Estudo:_Poderosa_tempestade_solar_pode_gerar_caos_nos_EUA&posic=dat_20090123-104001.inc
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