No coração da idílica região da Borgonha, em França, há uma das atrações mais misteriosas: um poço, aparentemente sem fundo, conhecido como Fosse Dionne.
A Fosse Dionne é, segundo o How Stuff Works, uma fonte cáustica que expele uma média de 311 litros de água a cada segundo, uma descarga extremamente alta, embora a velocidade dependa de estação para estação.
Na primavera, por exemplo, este “poço divino” é uma piscina circular de pedra cheia de água em tons de jóias: turquesa, âmbar e azul-celeste são as cores que pintam os minerais da fonte.
A água já foi usada pelos locais para cozinhar, tomar banho e até beber, mas também já motivou algumas lendas.
Na Idade Média, pensava-se que havia uma serpente a cruzar as profundezas da Fosse Dionne, com algumas pessoas a afirmar que se tratava de um portal para outro mundo.
A primavera é a estação do ano que mais merece destaque nos relatos dos milagres realizados pelo monge St. Jean de Rèome, no século VII. O monge terá encontrado um basilisco – uma criatura metade galo, metade lagarto – na fonte, mas matou-o, para que as pessoas continuassem a poder usar a água para beber.
Atualmente, a Fosse Dionne parece muito “civilizada” por fora: a bacia de pedra é cercada por um lavatório comunitário, construído no século XVIII para proteger as lavadeiras das intempéries enquanto lavavam as suas roupas. Abaixo da superfície da água, a fonte é tão selvagem quanto St. Jean de Rèome contava.
Apesar das lendas, há um mistério que permanece até hoje: ninguém sabe de onde vem a água da fonte.
O portal escreve que a água emerge de uma rede de cavernas subterrâneas de calcário. No entanto, salvaguarda, nenhum mergulhador foi capaz de encontrar a sua origem.
Aliás, muitos dos que tentaram, não voltaram com vida.
Em 1974, dois mergulhadores começaram a navegar pelo labirinto de câmaras e túneis estreitos da nascente e nenhum voltou para contar o que tinha visto. Em 1996, outro mergulhador tentou, mas também perdeu a vida na Fosse Dionne.
Em 2019, o mergulhador Pierre-Éric Deseigne explorou 370 metros de passagens e regressou à superfície para contar que não encontrou a fonte da fonte.
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