Várias cidades colombianas continuam a ser palco de violentas manifestações contra o Governo do país, mas são reprimidas com força pela polícia e por militares.
As manifestações começaram em forma de protesto contra uma reforma tributária proposta pelo Governo e agora estão a transformar-se numa contestação generalizada à desigualdade e à ausência de políticas de combate à pobreza.
O clima de instabilidade política e social na Colômbia têm-se agravado e o fim parece estar longe. Os protestos são alimentados por uma desconfiança mútua entre as forças de segurança e os milhares de pessoas que têm participado nas manifestações das últimas duas semanas.
No entanto, as decisões não fizeram com que o nível de contestação baixasse de tom.
Segundo o Público, a greve geral convocada na semana anterior mantém-se e quase todos os dias são convocadas manifestações nas principais cidades do país, que são respondidas violentamente pelas forças de segurança.
De acordo com a Temblores, uma organização não-governamental dedicada a estudar a violência policial, pelo menos 37 pessoas morreram durante as manifestações se há 89 desaparecidos, muitos dos quais se receia poderem ter morrido.
Organizações como a Amnistia Internacional acusam a polícia de usar armas com munições reais contra os manifestantes e nas redes sociais correm vídeos que mostram uma acção violenta e indiscriminada por parte das forças de segurança.
Em Cali, que tem sido o epicentro dos protestos mais violentos, um grupo de ativistas pela defesa dos direitos humanos, incluindo um membro do gabinete do provedor de Justiça colombiano, foi atacado e intimidado pela polícia enquanto assistia manifestantes detidos.
A violência da repressão das manifestações está a causa preocupação na comunidade internacional.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o respeito por “direitos básicos” dos cidadãos colombianos.
Preocupações semelhantes foram expressas pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que pediu o fim do “uso excessivo da força para reprimir os protestos, a escalada de violência e qualquer uso desproporcional da força”.
https://zap.aeiou.pt/violencia-colombia-preocupa-400993
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