Seul, 19 dez 2011 (AFP) -O líder e ditador norte-coreano Kim Jong-Il faleceu no sábado vítima de um ataque cardíaco e seu filho Kim Jong-Un foi designado como sucessor, anunciou nesta segunda-feira a televisão estatal do país mais fechado do mundo, muito pobre, mas que possui a arma nuclear.
Logo em seguida ao anúncio da morte, circulou a informação de que a Pyongyang realizou um teste de lançamento de um míssil de curto alcance a partir do litoral oriental.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, no entanto, citando uma fonte do governo, este teste não estaria relacionado com o anúncio da morte do líder norte-coreano.
Kim Jong-Il, de 69 anos ou 70, dependendo da fonte, faleceu no sábado 17 de dezembro às 8H30 (21H30 de Brasília, sexta-feira), anunciou entre lágrimas uma apresentadora do canal de televisão estatal.
A Agência Central de Imprensa Coreana (KCNA), canal privilegiado do regime, informou que Kim Jong-Il morreu em consequência de um "infarto do miocárdio severo e de uma crise cardíaca" quando viajava de trem fora da capital. No domingo, foi realizada uma necropsia.
O falecido ditador herdou o poder após a morte, em 1994, do pai, Kim Il-Sung, fundador da República Democrática da Coreia do Norte, instaurando assim a primeira dinastia comunista da história, na qual imperam o culto à personalidade, a censura, as execuções e as prisões arbitrárias.
A KCNA pediu à população que reconheça o filho mais novo de Kim Jong-Il, Kim Jong-Un, nascido em 1983 ou 1984 segundo as fontes, como sucessor na chefia do Estado norte-coreano.
"Todos os membros do Partido (dos Trabalhadores), os militares e o povo devem seguir fielmente a autoridade do camarada Kim Jong-Un e proteger e reforçar a frente unida do partido, do Exército e da cidadania", afirma uma nota da KCNA.
Kim Jong-Un chega ao poder sem que se sabia muita coisa sobre sua personalidade ou intenções. Segundo os serviços secretos sul-coreanos, o jovem Jong-Un teria nascido em 1983, filho da terceira esposa de Kim Jong-Il, uma dançarina de origem japonesa, estudou na Suíça e é fã de basquete.
O anúncio da morte despertou alertas na região e em todo o mundo.
Os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, Barack Obama e Lee Myung-Bak, conversaram por telefone e concordaram em reforçar a cooperação em termos de segurança.
"O presidente (Obama) reafirmou o forte compromisso em favor da estabilidade da Península Coreana e da segurança de nosso aliado, a República da Coreia", afirma um comunicado da Casa Branca.
"Os dois líderes concordaram em permanecer em contato estreito contacto para acompanhar o desenvolvimento dos acontecimentos. Decidiram ordenar a suas equipes de segurança nacional que continuem em estreita coordenação", completa a nota.
O presidente da Coreia do Sul pediu a seus cidadãos que mantenham a calma após o impacto provocado pelo anúncio da morte do ditador norte-coreano.
O Exército sul-coreano colocou suas tropas em alerta na fronteira com o vizinho do Norte, mas até o momento não foi detectada nenhuma atividade fora do comum.
O governo sul-coreano convocou em caráter de urgência um Conselho de Segurança Nacional, segundo a agência Yonhap.
Coreia do Sul e Coreia do Norte continuam tecnicamente em guerra desde o conflito de três anos entre os dois países, que acabou com um armistício em 1953.
O presidente russo Dimitri Medvedev, por sua vez, cujo país é um dos poucos a manter relações diplomáticas e econômicas com Pyongyang, transmitiu seus pêsames.
A China, um dos raros aliados da Coreia do Norte, também apresentou nesta segunda-feira "profundas condolências" pela morte do dirigente norte-coreano.
A influência econômica chinesa sobre o vizinho norte-coreano, cuja economia registrou uma queda considerável, aumentou desde que a Coreia do Sul e os países ocidentais interromperam a ajuda ante a ameaça nuclear da Coreia do Norte.
A China é um vizinho e importante aliado deste isolado Estado stalinista.
Analistas consideram que a morte de Kim Jong-Il preocupa os dirigentes chineses, que estão obcecados com a estabilidade e provavelmente temem que Kim Jong-Un não tenha tempo suficiente para controlar o governo e os militares.
O governo japonês também convocou uma reunião do gabinete de segurança e expressou condolências pela morte de Kim, um ato inesperado pelas relações tensas entre os dois países.
"O governo expressa condolências após o repentino anúncio da inesperada morte do presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte, Kim Jong-Il", declarou o porta-voz do governo, Osamu Fujimura.
"O governo japonês espera que esta situação não tenha consequências negativas para a paz e a estabilidade da península coreana", completou.
O funeral do líder acontecerá no dia 28 de dezembro em Pyongyang, segundo a KCNA. O período de luto foi declarado de 17 a 29 de dezembro. Para encerrar o período de luto, no dia 29, serão feitos disparos para ar e todo o país manterá um minuto de silêncio. Todos os trens e navios deverão fazer soar suas sirenes.
Kim Jong-Il deixa para seu filho uma economia moribunda, em um país que sofre frequentes e graves penúrias alimentares.
A desintegração da União Soviética supôs o fim das ajudas que o regime comunista da Coreia do Norte recebia de Moscou. Calcula-se que na última década do século XX morreram de fome mais de um milhão de pessoas.
Logo em seguida ao anúncio da morte, circulou a informação de que a Pyongyang realizou um teste de lançamento de um míssil de curto alcance a partir do litoral oriental.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, no entanto, citando uma fonte do governo, este teste não estaria relacionado com o anúncio da morte do líder norte-coreano.
Kim Jong-Il, de 69 anos ou 70, dependendo da fonte, faleceu no sábado 17 de dezembro às 8H30 (21H30 de Brasília, sexta-feira), anunciou entre lágrimas uma apresentadora do canal de televisão estatal.
A Agência Central de Imprensa Coreana (KCNA), canal privilegiado do regime, informou que Kim Jong-Il morreu em consequência de um "infarto do miocárdio severo e de uma crise cardíaca" quando viajava de trem fora da capital. No domingo, foi realizada uma necropsia.
O falecido ditador herdou o poder após a morte, em 1994, do pai, Kim Il-Sung, fundador da República Democrática da Coreia do Norte, instaurando assim a primeira dinastia comunista da história, na qual imperam o culto à personalidade, a censura, as execuções e as prisões arbitrárias.
A KCNA pediu à população que reconheça o filho mais novo de Kim Jong-Il, Kim Jong-Un, nascido em 1983 ou 1984 segundo as fontes, como sucessor na chefia do Estado norte-coreano.
"Todos os membros do Partido (dos Trabalhadores), os militares e o povo devem seguir fielmente a autoridade do camarada Kim Jong-Un e proteger e reforçar a frente unida do partido, do Exército e da cidadania", afirma uma nota da KCNA.
Kim Jong-Un chega ao poder sem que se sabia muita coisa sobre sua personalidade ou intenções. Segundo os serviços secretos sul-coreanos, o jovem Jong-Un teria nascido em 1983, filho da terceira esposa de Kim Jong-Il, uma dançarina de origem japonesa, estudou na Suíça e é fã de basquete.
O anúncio da morte despertou alertas na região e em todo o mundo.
Os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, Barack Obama e Lee Myung-Bak, conversaram por telefone e concordaram em reforçar a cooperação em termos de segurança.
"O presidente (Obama) reafirmou o forte compromisso em favor da estabilidade da Península Coreana e da segurança de nosso aliado, a República da Coreia", afirma um comunicado da Casa Branca.
"Os dois líderes concordaram em permanecer em contato estreito contacto para acompanhar o desenvolvimento dos acontecimentos. Decidiram ordenar a suas equipes de segurança nacional que continuem em estreita coordenação", completa a nota.
O presidente da Coreia do Sul pediu a seus cidadãos que mantenham a calma após o impacto provocado pelo anúncio da morte do ditador norte-coreano.
O Exército sul-coreano colocou suas tropas em alerta na fronteira com o vizinho do Norte, mas até o momento não foi detectada nenhuma atividade fora do comum.
O governo sul-coreano convocou em caráter de urgência um Conselho de Segurança Nacional, segundo a agência Yonhap.
Coreia do Sul e Coreia do Norte continuam tecnicamente em guerra desde o conflito de três anos entre os dois países, que acabou com um armistício em 1953.
O presidente russo Dimitri Medvedev, por sua vez, cujo país é um dos poucos a manter relações diplomáticas e econômicas com Pyongyang, transmitiu seus pêsames.
A China, um dos raros aliados da Coreia do Norte, também apresentou nesta segunda-feira "profundas condolências" pela morte do dirigente norte-coreano.
A influência econômica chinesa sobre o vizinho norte-coreano, cuja economia registrou uma queda considerável, aumentou desde que a Coreia do Sul e os países ocidentais interromperam a ajuda ante a ameaça nuclear da Coreia do Norte.
A China é um vizinho e importante aliado deste isolado Estado stalinista.
Analistas consideram que a morte de Kim Jong-Il preocupa os dirigentes chineses, que estão obcecados com a estabilidade e provavelmente temem que Kim Jong-Un não tenha tempo suficiente para controlar o governo e os militares.
O governo japonês também convocou uma reunião do gabinete de segurança e expressou condolências pela morte de Kim, um ato inesperado pelas relações tensas entre os dois países.
"O governo expressa condolências após o repentino anúncio da inesperada morte do presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte, Kim Jong-Il", declarou o porta-voz do governo, Osamu Fujimura.
"O governo japonês espera que esta situação não tenha consequências negativas para a paz e a estabilidade da península coreana", completou.
O funeral do líder acontecerá no dia 28 de dezembro em Pyongyang, segundo a KCNA. O período de luto foi declarado de 17 a 29 de dezembro. Para encerrar o período de luto, no dia 29, serão feitos disparos para ar e todo o país manterá um minuto de silêncio. Todos os trens e navios deverão fazer soar suas sirenes.
Kim Jong-Il deixa para seu filho uma economia moribunda, em um país que sofre frequentes e graves penúrias alimentares.
A desintegração da União Soviética supôs o fim das ajudas que o regime comunista da Coreia do Norte recebia de Moscou. Calcula-se que na última década do século XX morreram de fome mais de um milhão de pessoas.
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