Risco vale para diferentes espécies em todo o mundo.
Extinção teria grande impacto nos ecossistemas.
As maiores e mais velhas árvores do mundo, que são os organismos vivos mais antigos do planeta, estão desaparecendo de maneira alarmante, advertiram, nesta sexta-feira (7), cientistas americanos e australianos.
Os resultados de um estudo publicado pela revista "Science" concluíram que, em todas as partes do mundo, as maiores e mais velhas árvores estão ameaçadas de desaparecer caso não existam políticas de preservação.
"É um problema mundial que ocorre em quase todos os tipos de florestas", indicou David Lindenmayer, da Universidade Nacional da Austrália, que chefiou o programa de pesquisa.
"Da mesma forma que os grandes animais, como os elefantes, os tigres ou os cetáceos [ordem que inclui baleias e golfinhos], cuja população está em forte declínio, uma série de indícios mostra que estas árvores correm o mesmo risco", ressaltou o estudo.
Lindenmayer iniciou a pesquisa com colegas da Universidade James Cook da Austrália e da Universidade de Washington nos Estados Unidos depois de ter estudado amostras da década de 1860 retiradas de florestas suecas.
Os pesquisadores constataram um inquietante desaparecimento das grandes árvores com entre 100 e 300 anos de idade em partes da Europa, Américas do Norte e do Sul, África, Ásia e Austrália.
As sorveiras da Austrália, os pinhos dos Estados Unidos, as sequoias da Califórnia e os baobás da Tanzânia são as principais espécies em perigo.
Os incêndios florestais não são os únicos responsáveis, uma vez que a taxa de mortalidade é dez vezes superior ao normal, inclusive nos anos sem incêndios.
Este fenômeno resulta, segundo afirmam cientistas, de uma combinação de fatores como o aquecimento climático, o desmatamento e a necessidade de terras agrícolas.
"Estamos falando do desaparecimento dos maiores organismos vivos do planeta e de organismos que têm um papel determinante na regulação da riqueza de nosso mundo. A tendência é, de fato, muito preocupante", declarou Bill Laurance, da Universidade James Cook.
As grandes árvores servem como habitat para várias espécies de animais, em especial para as aves. São também enormes poços de carbono, importantes reservas de substratos que permitem o desenvolvimento de um grande número de organismos e têm um papel fundamental no ciclo hidrológico.
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/12/maiores-arvores-do-mundo-estao-ameacadas-de-extincao-diz-estudo.html
Extinção teria grande impacto nos ecossistemas.
As maiores e mais velhas árvores do mundo, que são os organismos vivos mais antigos do planeta, estão desaparecendo de maneira alarmante, advertiram, nesta sexta-feira (7), cientistas americanos e australianos.
Os resultados de um estudo publicado pela revista "Science" concluíram que, em todas as partes do mundo, as maiores e mais velhas árvores estão ameaçadas de desaparecer caso não existam políticas de preservação.
"É um problema mundial que ocorre em quase todos os tipos de florestas", indicou David Lindenmayer, da Universidade Nacional da Austrália, que chefiou o programa de pesquisa.
Sequoia é uma das espécies ameaçadas (Foto: Frédéric Didillon / Biosphoto /
AFP)
Lindenmayer iniciou a pesquisa com colegas da Universidade James Cook da Austrália e da Universidade de Washington nos Estados Unidos depois de ter estudado amostras da década de 1860 retiradas de florestas suecas.
Os pesquisadores constataram um inquietante desaparecimento das grandes árvores com entre 100 e 300 anos de idade em partes da Europa, Américas do Norte e do Sul, África, Ásia e Austrália.
As sorveiras da Austrália, os pinhos dos Estados Unidos, as sequoias da Califórnia e os baobás da Tanzânia são as principais espécies em perigo.
Os incêndios florestais não são os únicos responsáveis, uma vez que a taxa de mortalidade é dez vezes superior ao normal, inclusive nos anos sem incêndios.
Este fenômeno resulta, segundo afirmam cientistas, de uma combinação de fatores como o aquecimento climático, o desmatamento e a necessidade de terras agrícolas.
"Estamos falando do desaparecimento dos maiores organismos vivos do planeta e de organismos que têm um papel determinante na regulação da riqueza de nosso mundo. A tendência é, de fato, muito preocupante", declarou Bill Laurance, da Universidade James Cook.
As grandes árvores servem como habitat para várias espécies de animais, em especial para as aves. São também enormes poços de carbono, importantes reservas de substratos que permitem o desenvolvimento de um grande número de organismos e têm um papel fundamental no ciclo hidrológico.
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/12/maiores-arvores-do-mundo-estao-ameacadas-de-extincao-diz-estudo.html
Sem dúvida árvore velhas são mais suscetíveis que árvores jovens. São mais suscetíveis ao ataque de pragas, mudanças climáticas, abastecimento de água, dentre vários fatores.
ResponderExcluirA mortalidade, principalmente das grandes árvores, é um fator normal dentro dos critérios de manejo florestal estudados nos últimos 40 anos no mínimo. A distribuição diamétrica das florestas naturais em J invertido (ou seja, à medida que aumenta o diâmetro das árvores nas florestas naturais, diminui o número de indivíduos) já mostra isso claramente. Quer dizer, em toda floresta natural, árvores estão morrendo, principalmente as mais velhas. Para a Amazônia, vários pesquisadores identificaram a mortalidade anual de 1 a 2 % (e acima) das árvores. Essa mortalidade aumenta drasticamente nas classes diamétricas acima de 90 cm. É normal o aparecimento de ocos, podridões e ataques de pragas nas árvores mais velhas. Árvores acima da classe de 90 cm pouco ou nada colaboram em volume no espaço de um ciclo de manejo (30 anos segundo a legislação).
Na verdade, o que é excepcional é a existência de exemplares extremamente velhos, muito acima da média de sua espécie. Isto ocorre mais devido a adaptações individuais, associadas a meios favoráveis, do que características das espécies. Sendo assim, mudanças climáticas sazonais, dentre outros fatores, poderiam influir na mortalidade de indivíduos que na verdade estão subsistindo de maneira diferenciada de outros de sua espécie.
A importância das árvores mais antigas e maiores para o ecossistema tem grande importância, mas uma importância localizada, uma vez que são raras.
Não é a mesma coisa comparar espécies inteiras de animais ameaçados (com idades variáveis) com a ameaça a mortalidade de árvores extremamente velhas. Com relação às árvores, um alerta mais importante e indicativo de anormalidade seria o desaparecimento de espécies e não indivíduos.
evaldo