A guerra no espaço virtual ameaça realmente a segurança nacional dos Estados Unidos. O Pentágono aumentou em cinco vezes o pessoal de seu departamento de segurança cibernética, destinado não apenas para proteger os sistemas americanos de computadores, mas também para interceptar comunicações eletrônicas de seus potenciais adversários.
Pelo visto, a Administração
americana já se sente apertada no quadro de sua estratégia “Zona de
responsabilidade é todo o mundo”, decidindo encarregar-se também do
espaço virtual. Neste pano de fundo, a Internet transforma-se num teatro
potencial de ações militares. Como destaca o diretor-geral do Centro de
Informação Política, Alexei Mukhin, tal roteiro é natural para a
política externa norte-americana. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos
aproveitam-se de um certo vácuo jurídico que reina na rede, aponta o
perito:
“É muito mais fácil fazê-lo na Internet,
porque no espaço virtual praticamente não há leis e restrições. É
precisamente a este fato que está ligado nos últimos tempos o reforço
das chamadas tropas cibernéticas não apenas para a defesa, mas também
para a ofensiva. A meu ver, os Estados Unidos preparam-se para uma
contraposição global, para controlar o maior número possível de setores
em que se concentram recursos mundiais de matérias-primas”.
Entretanto,
o analista principal do Centro Social Regional de Tecnologias
Informáticas, Urvan Parfentiev, considera que o pessoal do destacamento
de segurança cibernética do Pentágono fosse aumentado para responder a
novas ameaças. Ao mesmo tempo, o perito duvida do caráter exclusivamente
defensivo das tropas cibernéticas:
“Só nos últimos
anos, foi consciencializada a profundidade de penetração de tecnologias
informativas e de comunicação da Internet em muitos processos da
infraestrutura defensiva e vulnerável. O Estado começa a reagir a
desafios face a muitos incidentes civis que ocorreram. Trata-se não
apenas dos Estados Unidos, mas também do projeto de convenção das Nações
Unidas sobre a proteção de estruturas estatais na Internet e de
tentativas de organizar respectivos centros cibernéticos na OTAN. A meu
ver, o problema avalia-se bastante adequadamente. Pergunte-se se esta
será uma função puramente defensiva ou ofensiva”.
Não
será que a intensificação do agrupamento cibernético nos Estados Unidos
irá provocar um desequilíbrio das forças no mundo, pelo menos no espaço
virtual? Enquanto, militarmente, os Estados Unidos são impedidos de
começar um conflito armado com grandes potências mundiais graças a armas
nucleares de que estas dispõem, cuja utilização causará prejuízos a
todo o planeta, como será no caso de uma guerra virtual? Não será que a
Rússia estará na mira de armas virtuais americanas? Na opinião do
diretor de programas do Fórum Internacional “Tecnologia da Segurança”,
Alexander Vlasov, hoje não há razões para ter tais receios:
“Hoje,
a meu ver, o mundo se deu conta de que a principal ameaça consiste em
futuras guerras cibernéticas e não em armas nucleares. A Rússia deve
esperar ameaças por parte de grupos terroristas que podem nos atacar. E
devemos nos preparar para repelir nomeadamente tais ataques”.
Em
geral, a decisão do Pentágono parece bastante natural. Resta apenas
esperar que na nova esfera defensiva os militares americanos partam de
ameaças reais e não fictícias, como decorreu durante últimas décadas.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2013_01_29/pentagono-prepara-se-para-guerra-no-espaco-virtual/
Nenhum comentário:
Postar um comentário