A Coreia do Norte anunciou hoje que ampliará a respectiva capacidade militar e nuclear, um dia após o Conselho de Segurança da ONU ampliar as sanções económicas e diplomáticas ao regime comunista.
A reprimenda foi aprovada na terça-feira por unanimidade pelos 15 membros do conselho e não impõe novas sanções ao país comunista, mas amplia as já existentes. O texto aprovado contou com o apoio da China, no que pode ser um sinal de perda de confiança nos norte-coreanos.
A resolução diz que o Conselho «deplora as violações» de resoluções anteriores que proibiam a Coreia do Norte de testar tecnologias associadas a mísseis balísticos ou a armas nucleares. O grupo ainda ameaçou tomar medidas mais incisivas em caso de lançamento ou teste nuclear.
Em nota divulgada pela agência de notícias KCNA, o regime do ditador Kim Jong-un disse que não participará nas negociações para suspender o programa nuclear e anunciou um novo reforço das suas capacidades militares e atômicas.
«Vamos tomar medidas para reforçar e fortalecer o nosso poderio militar defensivo, incluindo a dissuasão nuclear», disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreana.
O novo anúncio suscitou críticas das potências internacionais. O enviado especial dos EUA ao país, Glyn Davies, pediu a Pyongyang que recue nas novas provocações, e deixou a porta aberta ao diálogo.
«Se eles puderem começar a dar passos concretos para indicar o seu interesse em voltar à diplomacia, poderão nesse processo encontrar parceiros dispostos a isso», disse Glyn Davies, em visita a Seul.
Mais tarde, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Coreia do Norte deve obedecer à comunidade internacional e respeitar os limites impostos aos seus programas nucleares e de mísseis.
As discussões multilaterais voltadas para o fim do programa nuclear norte-coreano envolvem os EUA, China, Rússia, Japão e as duas Coreias, sendo realizadas de forma intermitente desde 2003, mas estão paralisadas desde 2008.
A Coreia do Sul diz que o Norte está tecnicamente pronto para um terceiro teste nuclear, e imagens de satélite indicam preparativos em curso no local de testes nucleares norte-coreanos. Mas analistas políticos consideram que esse teste é improvável a curto prazo.
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=611903
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