Ao utilizar uma bússola fica fácil determinar corretamente os polos magnéticos da Terra, como o Norte e Sul.
Porém, se pudéssemos retornar ao tempo cerca de 780 mil anos atrás,
descobriríamos que o polo norte de hoje indicaria a direção sul. Essa
inversão nos polos magnéticos durante as eras, não é novidades para os
pesquisadores, mas a pesquisa realizada por Peter Olson e Deguen
Renaud, da Universidade Johns Hopkins (EUA), revelou que a inversão de polos se deve ao crescimento do núcleo da Terra e está se acelerando.
No período jurássico, por exemplo, os registros fósseis indicam que
havia uma reversão dos polos a cada 1 milhão de anos. E atualmente essa
reversão ocorre a cada 200.000 a 300.000 anos. No entanto, já se
passaram 780.000 anos desde que ocorreu a ultima inversão, e não se
sabe as causas desse atraso.
Peter Olson e Deguen Renaud usaram em sua pesquisa um modelo numérico
que revelou que o núcleo magnético da Terra está em crescimento
desequilibrado, do contrário do que se pensava o núcleo, não é
esférico; a parte leste é maior do que a parte oeste.
O núcleo é a camada mais interna da Terra, dividida em uma parte sólida
(núcleo interno) e a líquida (núcleo externo). A camada líquida
composta por ferro metálico e outros elementos como enxofre, silício,
oxigênio, potássio e hidrogênio, é a responsável por formar o campo magnético da Terra.
Atualmente a posição do eixo do campo magnético se encontra cerca de
300 milhas a leste, diferente de 200 anos atrás, em que o eixo
magnético estava localizado solidamente no hemisfério ocidental por
pelo menos 10.000 anos. Na pesquisa também foi identificado que o
núcleo interno do hemisfério oriental começou a crescer cerca de dois séculos atrás.
A mudança rápida entre o movimento do eixo da Terra entre o oeste e
leste, na pesquisa de Olson e Deguen é suficiente para sugerir que uma
inversão magnética já está em andamento, ou pelo menos tudo indica para
isso.
Caso a reversão dos polos ocorresse agora, teríamos que enfrentar a
perda da proteção magnética contra radiação solar, problemas de
comunicação (perda de sinal), queda de satélites, além de problemas nas
redes de energia.
Seria um caos também para os animais que ficariam desorientados como
pássaros, abelhas, peixes que utilizam o campo de navegação, bem como
tartarugas marinhas.Fonte: http://www.jornalciencia.com/
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