Cinco planetas do sistema Kepler-444 são um pouco menores do que a Terra
Astrônomos internacionais anunciaram, nesta terça-feira, a descoberta da estrela mais antiga conhecida pela ciência, situada em uma galáxia distante e circundada por cinco planetas do tamanho da Terra.
Astrônomos internacionais anunciaram, nesta terça-feira, a descoberta da estrela mais antiga conhecida pela ciência, situada em uma galáxia distante e circundada por cinco planetas do tamanho da Terra.
O sistema tem 11,2 bilhões de anos e foi batizado
Kepler-444 em função da sonda Kepler, projetada para procurar novos
planetas fora do Sistema Solar.
Seus cinco planetas são um pouco menores do que a Terra.
Eles orbitam seu sol em menos de dez dias, a uma distância menor que um
décimo daquela que separa a Terra do sol, tornando-os muito quentes
para serem habitáveis.
Mas foi a idade da estrela que surpreendeu os astrônomos.
Situado a uma distância de 117 anos-luz da Terra, o
Kepler-444 é duas vezes e meia mais velho que nosso Sistema Solar, que
tem 4,5 bilhões de anos.
"Nunca vimos algo assim. É uma estrela muito velha e seu
grande número de pequenos planetas a torna muito especial", afirmou o
coautor da descoberta, Daniel Huber, da Universidade de Sydney.
"É extraordinário que um sistema tão antigo e com
planetas do tamanho da Terra tenha se formado quando o Universo estava
nascendo, com um quinto de sua atual idade", acrescentou.
Os astrônomos podem medir a idade de um planeta distante
usando uma técnica chamada asterosismologia, que mede as oscilações da
estrela causadas pelas ondas sonoras em seu interior.
Essas ondas causam pequenos pulsos no brilho da estrela, que podem ser analisados para medir seu diâmetro, massa e idade.
Steve Kawaler, professor de astronomia da Universidade
do Iowa, explicou que Kepler-444 é muito brilhante e pode ser facilmente
vista com telescópios.
"Sabemos que planetas do tamanho da Terra foram formados
ao longo dos 13,8 bilhões de anos da história do Universo", afirmou,
por sua vez, Tiago Campante, da Universidade de Birmingham.
"Isso cria condições para a existência de vida antiga na galáxia", concluiu.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/astronomos-descobrem-os-planetas-mais-antigos-do-universo,a96a499889c2b410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html
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