Desastres ambientais, infelizmente, são corriqueiros e embora tenhamos os nossos próprios, como Mariana, por exemplo, a desertificação do mar de Aral, situado na Ásia Central entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, é um dos desastres ambientais mais chocantes da história contemporânea.
Essa classificação foi feita em 2010 pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, depois de sobrevoar a região e fazer uma parada em Muynak, no Uzbequistão, cidade que beirava o mar. Atualmente, no lugar da água existe um imenso deserto arenoso e o que se vê são camelos andando entre diversos navios encalhados.
O mar de Aral que já foi um dos quatro maiores da Terra e encolheu surpreendentemente 90% em nove décadas. Em 1920, os rios que o alimentavam foram desviados durante um projeto soviético de irrigação de plantações de arroz, cereais e algodão.
Inicialmente o plano deu certo e em pouco tempo o Uzbequistão tornou-se o terceiro maior exportador de algodão do mundo. Com o passar dos anos, canais mal construídos geraram grande perda da água por vazamento e evaporação. Entre 1961 e 1970, o nível do mar baixou 20 cm por ano em média. Ao mesmo tempo, a concentração de sal da água ficou cinco vezes mais alta acabando com a economia pesqueira da região.
O solo coberto por camadas de areia extremamente salgada não serve mais para nada e causa problemas de saúde a população. A pouca água que restou está poluída. A transformação da paisagem também mudou o clima no local. As temperaturas têm sido mais baixas no inverno e mais altas durante o verão.
"É claramente um dos piores desastres ambientais do mundo. Eu fiquei chocado”, declarou Ban Ki-moon em abril de 2010. "Peço que todos os líderes sentem-se e tentem encontrar soluções", pois o que se vê ali é absolutamente incompreensível, disse o secretário.
A paisagem atual é de apenas lagos dispersos, situados em meio à briga de países vizinhos por recursos hídricos.
Desertificação
Essa classificação foi feita em 2010 pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, depois de sobrevoar a região e fazer uma parada em Muynak, no Uzbequistão, cidade que beirava o mar. Atualmente, no lugar da água existe um imenso deserto arenoso e o que se vê são camelos andando entre diversos navios encalhados.
O mar de Aral que já foi um dos quatro maiores da Terra e encolheu surpreendentemente 90% em nove décadas. Em 1920, os rios que o alimentavam foram desviados durante um projeto soviético de irrigação de plantações de arroz, cereais e algodão.
Inicialmente o plano deu certo e em pouco tempo o Uzbequistão tornou-se o terceiro maior exportador de algodão do mundo. Com o passar dos anos, canais mal construídos geraram grande perda da água por vazamento e evaporação. Entre 1961 e 1970, o nível do mar baixou 20 cm por ano em média. Ao mesmo tempo, a concentração de sal da água ficou cinco vezes mais alta acabando com a economia pesqueira da região.
O solo coberto por camadas de areia extremamente salgada não serve mais para nada e causa problemas de saúde a população. A pouca água que restou está poluída. A transformação da paisagem também mudou o clima no local. As temperaturas têm sido mais baixas no inverno e mais altas durante o verão.
"É claramente um dos piores desastres ambientais do mundo. Eu fiquei chocado”, declarou Ban Ki-moon em abril de 2010. "Peço que todos os líderes sentem-se e tentem encontrar soluções", pois o que se vê ali é absolutamente incompreensível, disse o secretário.
A paisagem atual é de apenas lagos dispersos, situados em meio à briga de países vizinhos por recursos hídricos.
Desertificação
Até 1960, o Mar Aral tinha 68 mil km quadrados de área, com volume estimado em 1.100 km cúbicos de água. Em 1998 sua superfície estava reduzida a 29 mil km quadrados e o volume despencou para 220 km cúbicos. Neste período a salinidade da água subiu proporcionalmente de 10 para 45 gramas de sal por litro de água.
O drama do Aral pode ser mais bem compreendida observando as imagens acima, registradas pelo satélite europeu Envisat entre os anos de 2006 e 2009. As cenas mostram uma dramática retração de 80% do lóbulo oriental do lago, que na imagem de 2006 já tinha apenas tinha 11 mil km quadrados. Em 2007 a área era de apenas 10% da original e a salinidade atingiu 100 gramas por litro de água.
O constante esvaziamento do lago deu lugar a um deserto branco e salgado de 40 mil km quadrados, chamado Aral Karakum. Todos os anos as tempestades de areia varrem do leito seco aproximadamente 150 mil toneladas de sal e areia, que são transportadas por centenas de quilômetros causando graves problemas de saúde na população local e tornando os invernos regionais mais frios e os verões mais quentes.
Fonte: http://www.apolo11.com/meio_ambiente.php?titulo=Na_Asia_mar_de_Aral_ja_encolheu_90%_e_tudo_virou_deserto&posic=dat_20100406-080407.inc
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