Numa decisão com fortes implicações políticas, o PMDB, do vice-presidente Michel Temer, rompeu esta terça-feira com o governo da presidente Dilma Rousseff. A decisão, já esperada, foi confirmada em Brasília pela direcção nacional do partido, composta por 119 membros, e que no Congresso do PMDB realizado dia 12 recebeu a missão de decidir se a sigla se manteria ou não no governo. Até hoje, o PMDB, maior partido da base aliada de Dilma e do Congresso, tinha sete ministros e um deles, o titular da pasta do Turismo, Henrique Eduardo Alves, antecipou-se ao anúncio da decisão e demitiu-se do governo na noite de segunda-feira. O partido pediu que os outros seis façam o mesmo, tal como outros líderes e militantes com cargos no segundo e no terceiro escalões em ministérios e empresas públicas. Temer, principal defensor do rompimento e que, se Dilma for afastada pelo processo de destituição que tramita contra ela no parlamento herdará a presidência do Brasil, não foi à reunião, para não ser acusado de agir em causa própria. Mas nos últimos dias desdobrou-se em contactos para convencer alguns colegas da direcção do partido que ainda hesitavam em deixar o governo agora. A saída do governo do principal partido da coligação vai ter efeitos a médio e longo prazo mas, principalmente, a curto. Com a decisão, Dilma perde governabilidade e, pior ainda, os votos da totalidade, ou pelo menos, da maioria dos 69 deputados do partido, um verdadeiro desastre num momento em que está próxima a votação do processo de destituição dela e outros partidos da base governamental ensaiam romper também com o executivo.
Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/mundo/detalhe/pmbd_rompe_com_o_governo_de_dilma.html
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