Apesar da derrota do Estado Islâmico na Síria, há cerca de cinco meses, as forças armadas do califado continuam a ser uma ameaça ativa, inclusive para a Europa.
O grupo está a «adaptar-se, consolidar e a criar condições para um possível ressurgimento», avisa o comité de contraterrorismo do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), num relatório de julho.
O jornal The Guardian publicou um artigo onde se lê que antes do final do ano «pode acontecer uma nova onda de ataques terroristas».
A ONU alerta que não é de descartar a possibilidade de eventuais ataques do grupo na Europa ainda este ano.
O intuito poderá ser a tentativa de «exacerbar sentimentos de dissidência e revolta no continente europeu».
O Estado Islâmico, embora financeiramente instável, continua a explorar formas de «reinvestir na capacidade de direcionar e facilitar ataques internacionais complexos», diz o documento.
Apesar das derrotas sofridas em praticamente todo o seu território no Médio Oriente, «o grupo terrorista ainda tem muitos membros no Iraque e na Síria com liberdade de circulação e com capacidade para preparar ataques».
O presidente do comité da ONU, Dian Truansyah Djani, já tinha avisado, em maio, que o Estado Islâmico começou a reorganização das suas células no Iraque, permanecendo um perigo a nível mundial.
Em janeiro deste ano, num relatório anterior do comité, a ONU já dava conta do regresso de «um método de comunicação entre centros de comando».
«Um Estado-membro reportou que a propaganda inspirada pelo Estado Islâmico andava a ser agora desenvolvida localmente», em substituição da sua importação direta da Síria.
O Estado Islâmico, segundo os autores do relatório, «considera o Afeganistão um refúgio seguro e duradouro para a sua liderança, apoiando-se na sua longa e resistente relação com a liderança talibã».
Fonte: https://abola.pt/Mundos/Noticias/Ver/800325
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