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domingo, 18 de agosto de 2019

Pólo Norte sendo atingido por relâmpagos, e isso não é normal !

Uma tempestade perto do Pólo Norte pode não parecer a maior preocupação, tendo em conta o rápido aquecimento do Ártico. Mas é mais um sinal de que o Ártico continua a ter um verão anormal.
A Terra é atingida por raios, cerca de 8 milhões de vezes por dia. São 100 ataques por minuto. Mas muito poucos desses raios atingem o nível norte do planeta – e muito raramente perto do Ártico. No entanto, no fim de semana passado o escritório do Serviço Nacional de Meteorologia de Fairbanks relatou um raio a 482 quilômetros do Pólo Norte.
Brian Brettschneider, especialista em clima, destacou pela primeira vez a bizarra previsão do tempo no sábado. Os dados vieram do Global Lightning Dataset, um conjunto de dados criado de forma privada usando sensores implantados em todo o mundo que conseguem detetar raios a quase seis mil quilômetros de distância. Imagens de satélite confirmaram as tempestades sobre o Oceano Ártico.
“Este é um dos mais distantes raios do norte do Alasca na memória de previsão meteorológica”, disse o NWS. Um meteorologista citado pelo Capital Weather Gang sustenta que o evento foi “certamente incomum e chamou a nossa atenção”.
Nos trópicos – ou mesmo nas latitudes médias -, as tempestades são comuns. Porém, é uma história completamente diferente sobre o Oceano Ártico. São necessários alguns ingredientes-chave para gerar raios, mas o principal deles é a instabilidade atmosférica. Especificamente, a atmosfera inferior deve ser quente e úmida, enquanto a camada acima é fria e seca. Esse tipo de ambiente ajuda a estimular a convecção, que, por sua vez, pode gerar nuvens altas com relâmpagos.
O Ártico não é estranho ao ar frio e seco. Mas condições quentes e úmidas no solo não são a norma para a região. Mas neste verão as temperaturas do Ártico aumentaram e o gelo do mar atingiu quase o recorde quase diário.
Há sinais de que as latitudes do norte estão a tornar-se mais propensas a tempestades elétricas. De acordo com o Gizmodo, um artigo publicado em 2017 revelou que os incêndios provocados por raios aumentaram de 2 a 5% por ano nos últimos 40 anos. Com a mudança climática a aumentar o calor duas vezes mais rápido no Ártico do que no resto do mundo, é provável que as condições instáveis ​​necessárias para provocar um raio se possam tornar mais comuns no futuro.
Este verão foi particularmente estranho para o Ártico. De maciços incêndios florestais a um dos mais extensos derretimentos da camada de gelo da Gronelândia, esta estação do ano tem sido de crise para a zona norte do globo.
 
Fonte: http://ufosonline.blogspot.com/
 

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