Em meio às recorrentes mudanças na dinâmica do clima e vegetação
terrestres, e mais do que isso, na percepção de que as alterações estão
ocorrendo num processo acelerado demais para ser considerado natural,
muitos estudos estão sendo conduzidos a fim de promover uma melhor
compreensão sobre a atividade humana e sua relação com as mudanças
climáticas.
Um novo estudo sobre o assunto, realizado pela
Geophysical Research Letters, aponta que haverá uma redução
significativa do gelo localizado no Oceano Ártico nos próximos anos, de
modo que, até 2050, não haveria mais gelo na região. Com base na
observação do aquecimento global e da diminuição da calota polar na
região, tal possibilidade já é dada como extremamente provável nas mais
diferentes simulações desenvolvidas — 128 ao total.
(Fonte: Unsplash)
O
que mais preocupa a comunidade científica é que, de acordo com esse
mesmo estudo, ainda que uma eventual redução significativa nas emissões
de carbono fosse atingida a partir de agora, o cenário final
dificilmente seria outro durante o verão nas próximas décadas, por
exemplo. Portanto, as emissões de gases seriam responsáveis apenas por
determinar o quão rápido isso aconteceria.
O gelo marinho possui
papel importante dentro do ecossistema terrestre e sua redução preocupa
pesquisadores, pois além da concentração de petróleo e gás natural na
região dar ensejo a conflitos internacionais entre potências
interessadas, vírus e bactérias desconhecidos, que até então permaneciam
dormentes e não faziam mais parte da dinâmica terrestre, poderiam espalhar novas doenças.
(Fonte: Unsplash)
Além
disso, o aquecimento da região ártica representa, na prática, a
impossibilidade de muitos animais de continuarem existindo e também
contribui de forma perceptível com o aumento do nível do mar, o que pode
inviabilizar a habitação de cidades de menor altitude e mesmo resultar
em mudanças na dinâmica do clima terrestre, fazendo com que determinados
eventos climáticos se tornem menos previsíveis.
Uma vez que a região ártica
sofre com o aquecimento e possui menor capacidade de produzir gelo, a
radiação solar deixa de ser refletida e passa a ser absorvida em maior
quantidade. Ou seja: a redução do gelo na região implica desdobramentos
das ordens mais diversas, que muitas vezes se interligam e corroboram
com mudanças a nível global.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114272-oceano-artico-ficara-sem-gelo-ate-2050-aponta-estudo.htm
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