O presidente da China, Hu Jintao, determinou nesta terça-feira (12) à Marinha que se prepare para combater e a seguir modernizando suas forças, com o objetivo de garantir a segurança nacional, informou a agência oficial Xinhia (Nova China).
Jintao pediu à Marinha que acelere a modernização e desenvolva preparativos intensos para o combate militar, com o objetivo de "salvaguardar a segurança nacional e a paz mundial", destacou a agência oficial, no momento em que as ambições marítimas da China inquietam os vizinhos e os Estados Unidos.
Em 24 de novembro, o Ministério da Defesa da China tinha anunciado a realização de exercícios militares navais em águas do oceano Pacífico, após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgar no último dia 16 o aumento da presença militar americana na Austrália, o que irritou as autoridades de Pequim.
Em um breve comunicado, o ministério chinês esclareceu que os exercícios anunciados serão manobras de rotina, "não dirigidas contra nenhum país ou alvo em particular" - mas os analistas destacam a coincidência temporal dessas ações com as crescentes tensões da China com os Estados Unidos.
O Ministério da Defesa chinês não especificou o local exato das manobras, nem quantos navios participarão. A emissora de televisão japonesa NHK informou que seis navios da Marinha chinesa, entre eles um destróier antimísseis, foram detectados perto das ilhas de Okinawa, em direção ao Pacífico.
O Ministério da Defesa chinês não especificou o local exato das manobras, nem quantos navios participarão. A emissora de televisão japonesa NHK informou que seis navios da Marinha chinesa, entre eles um destróier antimísseis, foram detectados perto das ilhas de Okinawa, em direção ao Pacífico.
O analista chinês em assuntos militares Ni Lexiong confirmou ao jornal local South China Morning Post o descontentamento de Pequim com Washington.
- Pequim está muito descontente por ver os EUA envolvidos nas disputas territoriais no Mar da China Meridional, desafiando nossa soberania territorial em aliança com o Vietnã e Filipinas.
Na Austrália, uma das escalas da viagem, Obama anunciou que 2.500 marines (fuzileiros navais) americanos seriam destacados ao norte do país para ampliar a presença estratégica dos EUA no Pacífico ocidental.
O anúncio motivou críticas da China, que classificou a medida como inoportuna, num momento em que, segundo Pequim, todos os países devem trabalhar juntos para sair da crise econômica.
O mar da China Meridional, principal foco de tensões na região, abriga as ilhas Spratly e Paracel, reivindicadas pela China e outros países da área, junto ao que se acredita ser uma das maiores reservas mundiais de petróleo, ainda não exploradas. Filipinas e Vietnã, outros dois países que reivindicam parte desses arquipélagos, acusaram a China neste ano de aumentar as hostilidades na região.
O mar da China Meridional, principal foco de tensões na região, abriga as ilhas Spratly e Paracel, reivindicadas pela China e outros países da área, junto ao que se acredita ser uma das maiores reservas mundiais de petróleo, ainda não exploradas. Filipinas e Vietnã, outros dois países que reivindicam parte desses arquipélagos, acusaram a China neste ano de aumentar as hostilidades na região.
A China acusa os EUA de manterem uma "mentalidade da Guerra Fria" e pede às partes em conflito no mar da China Meridional que negociem diretamente com Pequim, sem internacionalizar a questão, o que não impediu que o assunto fosse levado por Obama à mesa multilateral de Bali na semana passada, na Cúpula da Ásia Oriental.
O ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, se reuniu no último 23 de novembro com a subsecretária de Estado americana, Wendy Sherman, a quem pediu que os dois países "devolvam as relações bilaterais ao caminho correto".
- China e EUA devem respeitar mutuamente seus respectivos interesses e lidar adequadamente com assuntos sensíveis.O ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, se reuniu no último 23 de novembro com a subsecretária de Estado americana, Wendy Sherman, a quem pediu que os dois países "devolvam as relações bilaterais ao caminho correto".
Analistas dizem que a iniciativa dos EUA é um desafio direto às tentativas da China para dominar a área, e é provável que reforçar os aliados dos EUA na disputa do Mar do Sul da China.
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