A Coreia do Norte ameaçou nesta terça-feira anular o
acordo de cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia (1950-53) e deu
como motivo a intenção dos Estados Unidos de impor novas sanções da ONU
ao regime por seu recente teste nuclear.
Em uma nota da agência estatal de notícias KCNA,
o exército norte-coreano ameaçou também cortar os laços com a Coreia do
Sul na aldeia de Panmunjom, situada na fronteira entre os dois países e
utilizada para manter encontros entre as duas partes.
Em 12 de fevereiro, o regime norte-coreano realizou seu
terceiro teste nuclear subterrâneo, após os de 2006 e 2009, o que causou
reprovação da comunidade internacional e provavelmente levará à
aplicação de novas sanções por parte do Conselho de Segurança da ONU,
que se reúne hoje.
O anúncio ocorreu em um momento no qual a imprensa
sul-coreana e americana afirmam que os Estados Unidos e China,
tradicional aliada de Pyongyang, teriam chegado a um acordo sobre uma
minuta com as sanções.
Com o comunicado, o regime comunista aumenta mais um
pouco sua agressividade e retórica belicista contra Seul e Washington e
eleva o ambiente de tensão na península. Após o teste nuclear de
fevereiro, Pyongyang ameaçou com a "destruição total" a Coreia do Sul
caso o país seguisse adiante com manobras militares conjuntas com os
Estados Unidos, iniciadas na região em 1º de março e que irá até 30 de
abril.
A guerra entre as Coreias terminou com um armistício, e
não um tratado de paz, assinado na aldeia de Panmunjom. Os Estados
Unidos, que lideraram uma coalizão da ONU que atuou ao lado de Seul na
disputa, mantêm até hoje 28,5 mil soldados na Coreia do Sul.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/coreia-do-norte-ameaca-encerrar-armisticio-assinado-em-1953,ed79416fc883d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
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