O Parlamento da Coreia do Norte aprovou nesta
segunda-feira a expansão do programa nuclear do país, dando maior ênfase
ao uso deste tipo de armamento em sua estratégia de defesa nacional.
A medida chega um dia após o partido que governa o país
fazer um chamado para que a capacidade bélica nuclear norte-coreana seja
"expandida e elevada quantitativamente e qualitativamente".
O país declarou estar em "estado de guerra" com o Sul -
levando o vizinho a indicar publicamente que irá dar uma "forte
resposta" a agressões promovidas pelo Norte.
Pyongyang começou a fazer as atuais ameaças contra Seul
após novas sanções contra Pyongyang terem sido aprovadas no Conselho de
Segurança da ONU em fevereiro, em resposta a testes nucleares
norte-coreanos.
Os Estados Unidos também foram alvo de ameaças devido aos exercícios militares conduzidos com os sul-coreanos anualmente.
'A vida da nação'
O Parlamento norte-coreano, conhecido como a Assembleia Suprema do Povo da Coreia do Norte, reuniu-se durante todo o dia nesta segunda-feira para sua sessão anual, que geralmente se concentra em decisões econômicas.
Mas a agência de notícias estatal KCNA disse que os
parlamentares "adotaram de forma unânime uma orientação que dá maior
ênfase às armas nucleares na defesa do país".
Segundo a agência, a lei aprovada classifica as armas
nucleares do país como um "meio de defesa" que servem ao propósito de
"administrar ataques retaliatórios às fortalezas de agressão até que o
mundo esteja desnuclearizado".
No domingo, após uma rara reunião de cúpula
emergencial, o Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia (o
principal partido da Coreia do Norte) descreveu as armas nucleares como
"a vida da nação".
"O Exército do Povo deve aperfeiçoar os métodos e as
operações de guerra na direção de aumentar o papel pivotal das forças
armadas nucleares em todos os aspectos que dizem respeito às estratégias
de guerra e de retaliação", diz o comunicado emitido pela reunião e
divulgado pela KCNA.
Embora o país tenha aumentado sua retórica de guerra e
ameaças nos últimos dias, poucos acreditam que a Coreia do Norte possa
realmente colocar em prática um conflito bélico de fato.
Mesmo assim, o governo sul-coreano diz levar as ameaças
do vizinho "muito a sério" e, em Washington, um porta-voz do presidente
americano, Barack Obama, disse que "apesar da forte retórica que
estamos ouvindo de Pyongyang, não estamos vendo mudanças na postura
militar norte-coreana, tais como mobilizações em grande escala e
posicionamento de forças".
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/parlamento-norte-coreano-aprova-expansao-de-programa-nuclear,f450b907071cd310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
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