Na Europa, o próximo inverno será o mais frio nos últimos 100 anos, predizem os serviços meteorológicos. Daqui a uns meses, chegarão as massas de ar ártico, que irão neutralizar os raios solares. Até que ponto serão certas tais previsões? A resposta mais exata será, provavelmente, dada nas próximas semanas, quando estiverem disponíveis novos dados.
Em
virtude disso, os habitantes do Velho Mundo terão que prover-se de
suéteres e japonas quentes. O meteorologista alemão Dominik Jung admite
que o inverno de 2013-2014 será marcado por um frio anormal. As
temperaturas mais baixas serão registradas em janeiro e fevereiro,
afastando a hipótese de um degelo em março. O esperado calor não deverá
chegar à Europa antes do mês de abril.
O
que isto revela é que o tempo não alegra corações dos habitantes da
Europa. No verão houve numerosos incêndios florestais na Grécia, na
Espanha e em Portugal. No inverno, mesmo nestes países podem aparecer
montões de neve. No ano passado, o intenso frio que afetou a Europa
acabou por ceifar centenas de vidas. Na Itália, os amontoamentos de neve
nas autoestradas causaram engarrafamentos de muitos quilômetros, o
cancelamento de voos aéreos e de partidas de futebol. Na Grã-Bretanha,
as nevadas paralisaram o tráfego praticamente em todo o país. Tudo isso e
muito mais teria sido consequência de alterações climáticas, afirmam
quase em uníssono os cientistas, alguns dos quais concordam com a
hipótese de aquecimento, aceitando os outros a teoria de esfriamento
global.
Há
quem diga que, em escala planetária, dentro de um ano, a temperatura
começará a baixar. Isto se deve ao aumento das temperaturas anuais na
Antártida. O esquema é simples: o sol abrasador tem provocado o degelo,
fazendo aumentar a superfície “escura” do oceano que, desta forma, vem
absorvendo o calor. Assim, o gelo se derrete mais intensamente. Dizem
ainda que a temperatura da corrente do Golfo está baixando, o que
acontece por causa dos icebergs em vias de degelo. Na sequência disso, a
corrente do Golfo traz cada vez menos calor para a Europa, explica a
perita em meteorologia Elena Ponkrtatenko:
“O
aquecimento global é precedido de períodos curtos de esfriamento. O
Ártico se torna mais quente, o que produz um “efeito de geladeira
aberta”: as enormes massas do ar ártico começam a penetrar a grandes
distâncias. O processo de derretimento provoca, por sua vez, o
esfriamento dos oceanos”.
Enquanto
isso, se mantém vaga a perspetiva de um frio nunca visto na parte
europeia da Rússia. O chefe dos Serviços Meteorológicos da Rússia, Roman
Wilfand, disse não partilhar os receios a esse respeito avançados por
seus colegas do Ocidente. “Até num inverno mais “quente” pode haver
períodos de esfriamento. Mas, em termos gerais, o inverno que se
aproxima será comum e até mais ameno, acrescentou. Para a segunda
quinzena de outubro e em novembro os especialistas prognosticam um tempo
habitual para essa estação de ano, enquanto o mês de dezembro, na
maioria das regiões russas, será mais quente do que no ano passado.
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