As inundações e os terramotos são os desastres naturais que representam o maior risco para os habitantes de todo o mundo, de acordo com um estudo realizado pela seguradora suíça Swiss Re.
O estudo mostra que 308 milhões de pessoas poderão ser afectadas por grandes inundações devido ao aumento dos níveis de água nos rios, indicou o grupo suíço em comunicado. Cerca de 280 milhões de pessoas poderão ser atingidas por terramotos severos.
O estudo - que abrange 616 centros urbanos em todo o mundo - avalia os riscos ligados a cinco tipos de desastres naturais, incluindo tsunamis e tempestades, estabelece uma distinção entre o impacto humano, o número de dias de trabalho perdidos e o impacto da perda de produtividade nas economias nacionais.
Segundo o modelo da Swiss Re, as cidades da Ásia são as mais vulneráveis a nível humano. Na região de Tóquio - com Yokohama à frente - até 29 milhões de pessoas podem ser atingidas por terramotos. Tóquio-Yokohama também alcança o topo do ranking em termos de dias de trabalho perdidos, seguido por Osaka-Kobe e Nagoya.
A região holandesa de Amsterdão-Roterdão está em quinto lugar entre as cidades potencialmente mais expostas em termos de perda de produtividade, enquanto Los Angeles e Nova Iorque estão, respectivamente, em sexto e sétimo lugar. Paris França ocupa a nona posição.
Quando a infraestrutura de uma cidade é danificada, a ponto de as pessoas não poderem ir para o trabalho, desastres naturais podem afectar de forma significativa a economia local e nacional.
De acordo com este estudo, um terramoto devastador em Los Angeles (EUA) poderia afetar tantas pessoas como em Jacarta (Indonésia), mas a queda no valor devido aos dias de trabalho perdidos seria 25 vezes maior.
Em algumas regiões, um desastre natural pode ter consequências graves para a economia nacional, mesmo quando o impacto se limita ao nível da própria cidade.
Para a Swiss Re, o estudo destaca a necessidade de entender o que faz as cidades mais resilientes e que decisões devem ser tomadas nos planos do investimento e infraestruturas, com o objectivo de reduzir as perdas humanas e económicas.
Actualmente, 1,7 mil milhões de pessoas vivem em centros urbanos, o que representa cerca de um quarto da população mundial. Em 2050, cerca de 6,3 bilhões de pessoas poderão viver nas cidades.
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=657192
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