A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
decidiu que a Justiça brasileira é competente para julgar o pedido de
recompensa no valor de US$ 25 milhões, apresentado pelo paranormal
Jucelino Nóbrega da Luz contra os EUA. A decisão do STJ permite o
prosseguimento do processo iniciado na 5ª Vara da Seção Judiciária de
Minas Gerais por Luz, que alega ter provas de ter comunicado ao governo
americano, com anos de antecedência, o local onde o ex-presidente do
Iraque seria encontrado após a invasão de seu país.
Por isso, teria direito aos US$ 25 milhões de recompensa
oferecidos pelo presidente dos EUA, George W. Bush, para quem apontasse
informações sobre o paradeiro do ex-líder iraquiano.
O STJ ainda afirma que a citação aos EUA deve ser dirigida, por
vias diplomáticas, ao Ministério das Relações Exteriores dos EUA, que
providenciará a respectiva comunicação ao destinatário, o governo
americano.
A ação original não foi julgada pela Justiça federal porque
esta entendeu que não era cabível tal pedido, que não seria de
competência da Justiça brasileira. Contra essa alegação, os advogados de
Luz recorreram ao STJ.
Luz diz que teria encaminhado cartas à embaixada dos EUA, ao
presidente Bush, ao Senado americano, ao cônsul dos EUA em São Paulo e
ao diretor do FBI comunicando e reiterando, entre 13 de setembro de 2001
- quase dois anos antes da invasão do Iraque pela coalizão militar
liderada pelos EUA - e 17 de julho de 2003, que aquele governo iria
enfrentar e vencer duas guerras.
"A primeira será contra o Afeganistão e a segunda será contra o
Iraque e essa vocês irão vencer e derrubar Saddam Hussein, que fugirá e
esconderá em "Ad Dawr", próximo de Tikrit - lá encontrarão um pôster da
Arca de Noé, ele estará escondido num buraco com 1,8 de comprimento e
65 centímetro de largura, coberto com gravetos e um tapete de borracha
num sítio da costa do rio Tigre. Haverá tijolos, lama (barro) e lixo
para disfarçar a entrada. Mas, na época, seu braço direito lhes dará
mais informações e estará escondido na França. Essa informação passarei
ao FBI e ao Presidente da República dos EUA", assinala a primeira
correspondência, enviada à embaixatriz americana à época e cujo teor
repete-se de forma aproximada nas posteriores.
Os advogados alegam ainda que os EUA não poderiam deixar de dar
credibilidade às informações prestadas pelo autor da ação, que não
seria um simples desconhecido àquele governo. Isso porque "o lamentável
incidente de 11 de setembro de 2001 (a derrubada das Torres Gêmeas em
Nova York) já havia sido informado por ele, em cartas enviadas ao então
presidente George Bush (pai do atual presidente dos EUA), em 26 de
setembro de 1989; a Bill Clinton, em 28 de outubro de 1998 e à ONU, na
pessoa do Sr. Hasan Ferdous, também em outubro de 1998".
Sobre esse atentado, Luz teria alertado também o então
presidente Fernando Henrique Cardoso. E o paranormal também afirma ter
notificado o embaixador da Espanha, em 10 de setembro de 1999, sobre o
ataque terrorista ocorrido em Madrid em 11 de março de 2004. O pedido
conclui ressaltando que pouco importa o fato de ser o autor paranormal
ou não. "O que importa é que prestou ao governo dos Estados Unidos da
América a informação por ele pretendida, e pela mesma é merecedor e
deverá receber a recompensa oferecida por aquele país", ressalva.
Os advogados de Luz afirmam ainda que as cartas referidas foram
enviadas com avisos de recebimento - os quais não foram confirmados
pelos Correios, fato questionado pelo autor por "pedidos de informação" à
empresa - e só não foram anexados os originais por razões de segurança.
Fonte: http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=154790
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