O ex-Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas Diogo Freitas do
Amaral considerou hoje que está para breve uma
nova ordem mundial e defendeu que ela seja
construída com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Ao
participar
num debate sobre direitos humanos promovido
pela Amnistia Internacional e pela Universidade Lusófona, o ex-ministro
dos Negócios
Estrangeiros fez um resumo da história da
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), aprovada pela ONU em
1948.
Referindo-se
à atualidade, admitiu que, «a pretexto da
luta contra a crise económica, [o mundo vive] outra vez uma fase baixa,
uma fase
difícil, quase de parêntesis» na DUDH, mas
recordou, citando a história, que «uma vez aprovados, estes textos
internacionais
acabam por triunfar» quando as circunstâncias
permitem «repensar tudo outra vez».
«O meu voto é de que nessa
nova
ordem mundial, em que não somos capazes de
adivinhar como vai ser, a DUDH continue a ser uma peça fundamental
porque é na
base do respeito da dignidade do homem que se
pode passar para um mundo melhor», disse à Lusa, no final da sua
intervenção.
Para
Freitas do Amaral, «a ordem mundial que
resultou do final da II Guerra Mundial, que se corporizou na ONU e na
DUDH, está a
chegar ao fim ou pelo menos está no fim de um
primeiro ciclo».
«O poder soviético desapareceu, está a emergir o
poder
chinês, os EUA estão a perder força e
influência, a Europa está mergulhada numa crise da qual não consegue
sair, ou pelo menos
até agora não conseguiu e já lá vão três ou
quatro anos, e por isso está tudo em causa», exemplificou o fundador do
CDS-PP.
Referindo-se
ainda ao «perigo nuclear no Irão e na Coreia
do Norte», afirmou que o mundo se sente «um pouco impotente para
resolver esses
grandes problemas».
«Estamos
precisados de entrar numa nova ordem mundial e já temos quase todos os
elementos necessários
para a construir, não vai tardar muito. Quer a
Europa resolva a sua crise, quer não; quer o Euro se mantenha, como eu
desejo,
quer expluda, vamos ter uma nova ordem
mundial muito em breve», antecipou.
Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/iol-push---sociedade/freitas-do-amaral-direitos-humanos-tvi24-nova-ordem-mundial-ultimas-noticias/1348792-6182.html
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