Estudo da Unesp mostra que calor é maior na periferia do município.
Diminuição da arborização ocasiona a formação de ilhas de calor.
Uma pesquisa inédita da Unesp de Rio Claro (SP) revelou que a diferença de temperatura na cidade pode chegar a 10 graus dependendo do local. O estudo faz um alerta para a diminuição das áreas verdes e consequente formação das ilhas de calor.
No fim da tarde, no Jardim Inocoop, a reportagem do Jornal Regional usou um termômetro e registrou 24 graus. A região tem poucas árvores e muito asfalto.
Já na Praça Central, que é mais arborizada, foram registrados dois graus a menos. “Isso significa que a cidade está com ‘febre’ e tem interferência na qualidade ambiental e da saúde da população”, disse a supervisora do Centro de Análise e Planejamento Ambiental (Ceapla), professora Magda Lombardo.
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Estudo da Unesp de Rio Claro mostra áreas com maior impacto ambiental
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A equipe do centro fez o levantamento a pedido do Jornal Regional. Com a ajuda de imagens de satélite, ela avaliou a oscilação de temperatura entre várias regiões da cidade, durante três dias e descobriu algo inédito. “Maior calor seria no Centro da cidade, mas em Rio Claro o maior calor foi na periferia pobre e sem vegetação”, explicou.
Em um único dia e na mesma hora chegou a fazer 17 graus na floresta e 27 no distrito industrial, uma região mais afastada e com poucas árvores.
Esse é um exemplo do fenômeno climático chamado "ilhas de calor", causado pelo crescimento urbano e pela diminuição de áreas verdes, comprovado por outro estudo da Unesp que mostra perda de 40% da área verde da cidade nos últimos 40 anos. “Tendo hoje um predomínio de área impermeabilizada, favorecendo o aumento de temperatura”, afirmou a pesquisadora do Ceapla Lucimari Rossetti.
Cor roxa mostra as áreas mais frias e a verde representa os locais mais quentes. (Foto: Reprodução/EPTV)
Fonte:http://g1.globo.com
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