Uma nova investigação levada a cabo por cientistas do
Instituto Alfred Wegener, na Alemanha, sugere que as mudanças climáticas
podem destruir mais espécies de peixes do que se pensavam
anteriormente.
Se as temperaturas globais subirem cinco graus Celsius, um cenário
muito negro para o aquecimento global, 60% de todas as espécies de
peixes podiam ser extintas até 2100, de acordo com o novo estudo, cujos
resultados foram publicados na revista científica Science.
Se o Homem conseguir manter o objetivo definido no Acordo de Paris de
manter o aquecimento em torno do 1,5 graus Celsius, ficariam em risco
cerca de 10% dos peixes.
“Podemos dizer que 1,5 graus Celsius não é o paraíso, mas haverá mudanças” para a vida marinha, começou por dizer Hans-Otto Pörtner, do instituo alemão.
Contudo, a Humanidade ainda pode travar esta tendência. “Podemos
limitar estas mudanças se conseguirmos travar as alterações climáticas.
Os peixes são tão importantes para a nutrição humana e, por isso, o
estudo é um forte argumento para proteger os nosso ecossistema e
ambientes naturais”.
Tal como frisa o portal New Scientist,
estes números não são animadores, uma vez que investigações anteriores
concluíam que os peixes são resilientes às alterações climáticas.
O novo estudo, importa frisar, coloca na equação as larvas, embriões
e outros estados iniciais no ciclo de vida dos peixes, fase em que
estes animais são muito mais vulneráveis a temperaturas altas. “[O
estudo] lança luz sobre uma fase da vida [dos peixes] que tem sido
amplamente ignorada”, rematou Hans-Otto Pörtner.
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