O
surto de casos da variante Delta em Hong Kong em Janeiro terá surgido
numa loja de animais de estimação onde estavam hamsters infetados.
Um novo estudo publicado na Lancet, que ainda não foi revisto por pares, concluiu que os hamsters podem ter sido a causa de um recente surto da variante Delta da covid-19 em Hong Kong, transmitindo a doença aos seus donos.
A pesquisa vem confirmar a hipótese de que o surto, que já infetou pelo menos 50 pessoas e levou ao abate de mais de 2200 hamsters, teve origem numa loja de animais de estimação, revela o The Guardian.
Mesmo assim, os virologistas reforçam que apesar do comércio de animais de estimação poder ser um veículo de transmissão da covid-19, é pouco provável que os hamsters sejam uma ameaça para os seus donos.
Várias espécies de animais já apanharam covid-19, mas até agora só as martas tinham transmitido o vírus aos humanos. Os hamsters são particularmente vulneráveis à doença, pelo que têm sido um alvo de muitos estudos.
As preocupações de que os hamsters podem também ter a capacidade de infetar humanos surgiram pela primeira vez quando um funcionário de 23 anos na loja de animais Little Boss, em Hong Kong, testou positivo à covid-19 a 15 de Janeiro — tendo este sido o primeiro diagnóstico da variante Delta em três meses na cidade.
Uma cliente da loja também foi infetada e outros membros da sua família testaram positivo alguns dias depois. Para perceberem o que se passava, as autoridades de saúde testaram centenas de roedores na loja e e detetaram material genético virulento ou anticorpos em 15 dos 28 hamsters siberianos, mas nenhum dos animais tinha sintomas.
Os hamsters estavam todos infetados com a variante Delta e a natureza nas mutações sugere que a transmissão já estava a ocorrer há algum tempo, possivelmente desde meados de Novembro. Os animais foram importados dos Países Baixos em Dezembro e Janeiro.
“Tanto os resultados genéticos como epidemiológicos sugerem que houve dois eventos independentes de transmissão hamster-humano e que estes eventos podem levar à consequente transmissão entre humanos”, revela o virologista Leo Poon, que recomenda uma maior vigilância do comércio de animais de estimação.
Este foi o primeiro estudo a mostrar provas de que os hamsters podem ser infetados e que podem passar o vírus aos humanos, mas mesmo assim, o perito lembra que é muito mais provável apanharmos a doença através do contacto com uma pessoa e não com um animal de estimação.
https://zap.aeiou.pt/estudo-hamsters-coronavirus-humanos-462048
Um novo estudo publicado na Lancet, que ainda não foi revisto por pares, concluiu que os hamsters podem ter sido a causa de um recente surto da variante Delta da covid-19 em Hong Kong, transmitindo a doença aos seus donos.
A pesquisa vem confirmar a hipótese de que o surto, que já infetou pelo menos 50 pessoas e levou ao abate de mais de 2200 hamsters, teve origem numa loja de animais de estimação, revela o The Guardian.
Mesmo assim, os virologistas reforçam que apesar do comércio de animais de estimação poder ser um veículo de transmissão da covid-19, é pouco provável que os hamsters sejam uma ameaça para os seus donos.
Várias espécies de animais já apanharam covid-19, mas até agora só as martas tinham transmitido o vírus aos humanos. Os hamsters são particularmente vulneráveis à doença, pelo que têm sido um alvo de muitos estudos.
As preocupações de que os hamsters podem também ter a capacidade de infetar humanos surgiram pela primeira vez quando um funcionário de 23 anos na loja de animais Little Boss, em Hong Kong, testou positivo à covid-19 a 15 de Janeiro — tendo este sido o primeiro diagnóstico da variante Delta em três meses na cidade.
Uma cliente da loja também foi infetada e outros membros da sua família testaram positivo alguns dias depois. Para perceberem o que se passava, as autoridades de saúde testaram centenas de roedores na loja e e detetaram material genético virulento ou anticorpos em 15 dos 28 hamsters siberianos, mas nenhum dos animais tinha sintomas.
Os hamsters estavam todos infetados com a variante Delta e a natureza nas mutações sugere que a transmissão já estava a ocorrer há algum tempo, possivelmente desde meados de Novembro. Os animais foram importados dos Países Baixos em Dezembro e Janeiro.
“Tanto os resultados genéticos como epidemiológicos sugerem que houve dois eventos independentes de transmissão hamster-humano e que estes eventos podem levar à consequente transmissão entre humanos”, revela o virologista Leo Poon, que recomenda uma maior vigilância do comércio de animais de estimação.
Este foi o primeiro estudo a mostrar provas de que os hamsters podem ser infetados e que podem passar o vírus aos humanos, mas mesmo assim, o perito lembra que é muito mais provável apanharmos a doença através do contacto com uma pessoa e não com um animal de estimação.
https://zap.aeiou.pt/estudo-hamsters-coronavirus-humanos-462048
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