De acordo com uma nova avaliação de biodiversidade feita pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), cerca de um em cada quatro espécies de mamíferos estão em risco de extinção.
Na última atualização de dados, os pesquisadores avaliaram o estado de 61.900 espécies de plantas e animais.
Recentemente, o rinoceronte negro da África ocidental foi oficialmente declarado extinto. As reavaliações de espécies de rinocerontes mostram que a subespécie da subespécie do rinoceronte branco na África central – chamado de rinoceronte branco do norte (Ceratotherium simum cottoni) está atualmente à beira da extinção e foi classificado como “possivelmente extinto em estado selvagem”.
Uma subespécie do rinoceronte de Java (Rhinoceros sondaicus annasmiticus) também está provavelmente extinta, após a caça do que provavelmente era o último animal no Vietnã em 2010. Enquanto isso não significa o fim do rinoceronte de Java, reduz as espécies a uma única população em declínio na ilha de Java.
A avaliação também mostrou que alarmantes 40% dos répteis terrestres de Madagascar estão ameaçados. Das 22 espécies de Madagascar atualmente identificadas como criticamente em perigo, encontram-se camaleões, lagartixas, lagartos e cobras, que representam agora um desafio para conservação.
Novas áreas de conservação designadas em Madagascar devem ajudar a preservar uma proporção significativa destas espécies criticamente ameaçadas, como o camaleão de Tarzan (Tarzan Calumma), o camaleão de nariz bizarro (Calumma hafahafa) e uma espécie de lagarto chamada limbless skink (Paracontias Fasika).
Outras descobertas incluem:
- Uma arraia que se pensava ser uma única espécie é, na verdade, duas: a arraia do recife (Manta Alfredi) e a arraia gigante (Manta birostris), ambas classificadas como vulneráveis. Considerada a maior arraia viva, a gigante pode crescer em mais de 7 metros de diâmetro;
- Cinco das oito espécies de atum estão nas categorias ameaçadas ou quase ameaçadas;
- Vinte e seis anfíbios foram recentemente adicionados à Lista Vermelha da IUCN, incluindo os sapos venenosos Ranitomeya benedicta, listado como vulnerável, e Ranitomeya summersi, atualmente classificado como ameaçado de extinção;
- As plantas estão ainda sub-representadas na Lista Vermelha da IUCN. O trabalho atual em andamento para aumentar o conhecimento de plantas inclui uma revisão de todas as coníferas, com resultados mostrando que a Glyptostrobus pensilis, por exemplo, passou do estado de ameaçada ao de criticamente ameaçada, sendo a principal causa disso a perda de habitat conforme a agricultura se expande.[LiveScience]
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